quinta-feira, 6 de abril de 2017

Classificação encaminhada

Um gol marcado pelo contestado Valdivia, numa falta de longa distância, deixou o Inter com a classificação encaminhada para as semifinais do Campeonato Gaúcho. Hoje, á noite, no Beira-Rio, o Inter venceu o Cruzeiro por 3 x 1, pelas quartas de final, e leva uma grande vantagem para o segundo jogo, domingo, em Gravataí. No entanto, ao contrário do que possa parecer, o jogo não foi fácil para o Inter. O primeiro tempo foi equilibrado, e o gol de Brenner não resultou num predomínio do Inter em campo, pois o Cruzeiro continuou mostrando um bom futebol. No segundo tempo, ao marcar seu segundo gol, o Inter deu a impressão de que poderia vencer com facilidade, o que não aconteceu, pois o Cruzeiro foi para cima e conseguiu descontar. O placar de 2 x 1 ainda daria boas condições de classificação para o Cruzeiro, no segundo jogo. Porém, o gol de Valdivia, numa falha do goleiro Deivity, no final do jogo mudou essa perspectiva, e o Inter ficou a um passo da classificação para as semifinais.

O fim de um factóide jurídico

O encerramento do "caso Victor Ramos", hoje ocorrido em Lausanne, na Suíça, é o fim de um factóide jurídico. Desde o início, era por demais evidente que o Inter não tinha nenhuma chance de obter êxito em sua tentativa de reverter nos tribunais um rebaixamento justíssimo, determinado dentro de campo. O Inter nada mais fez do que requentar uma questão que já havia sido julgada, igualmente sem êxito para o proponente da ação, o Bahia, em março de 2016. A alegação de que o zagueiro Victor Ramos, então no Vitória, estava inscrito irregularmente no Campeonato Baiano foi refutada, e o clube, inclusive, foi o campeão da competição. Ao ser rebaixado, em dezembro do mesmo ano, o Inter resolveu reavivar a questão. Como seria de se esperar, não obteve êxito, pois o STJD nem sequer julgou o caso, decidindo pelo seu arquivamento. Como última tentativa, o Inter recorreu ao Tribunal Arbitral do Esporte, em Lausanne, na Suíça. Hoje, o tribunal se declarou incompetente para julgar o caso que, assim, está definitivamente encerrado. A decisão do tribunal foi óbvia, pois ele não poderia revisar uma ação que não teve julgado o seu mérito no Brasil, já que fora arquivada. Uma série de disparates jurídicos foram sendo apresentados pelos advogados do Inter, na tentativa de iludir seu torcedor quanto a possibilidade de reverter a queda do clube para a Segunda Divisão. O Inter é useiro e vezeiro em se utilizar de manobras diversionistas para amenizar o impacto de seus fracassos em campo. O mais lamentável de tudo é que, novamente, a "isenta" imprensa esportiva do Rio Grande do Sul serviu de linha auxiliar do clube na propagação desse engodo. Agora, é definitivo, o Inter vai disputar a Segunda Divisão, como merece um clube que perdeu metade dos jogos que disputou no Campeonato Brasileiro de 2016.