quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Panorama desolador

Os jogos de ontem pela Copa do Brasil e a decisão da Libertadores deixaram claro que o panorama do futebol brasileiro e sul-americano, no momento, é desolador. Em todos eles, a pobreza técnica foi uma marca presente. No caso da Copa do Brasil, três grandes clubes sofreram eliminações para outros de menor porte. A hipótese de que São Paulo, Fluminense e Inter, eliminados por Bragantino, América-RN e Ceará, respectivamente, tivessem "amolecido" seus jogos, para saírem fora da competição e ingressarem na Copa Sul-Americana, logo ganhou corpo. No caso do Inter a suspeita é mais robusta, pois, depois de ter perdido o primeiro jogo para o Ceará, escalou um  time misto para a segunda partida. As eliminações de São Paulo e Fluminense, no entanto, foram mais constrangedoras, pois haviam vencido o primeiro jogo, e faziam a segunda partida em casa com toda a vantagem para confirmarem suas classificações. Seja como for, com facilitações ou não, esses resultados apenas confirmam a má fase vivida pelo futebol no país, já evidenciada pela pífia performance da Seleção Brasileira na Copa do Mundo. Como pode o Fluminense, depois de golear o América-RN por 3 x 0 na Arena das Dunas, perder para o mesmo adversário, no Maracanã, por 5 x 2? O que dizer, também, do São Paulo, que vencera o Bragantino, fora de casa, por 2 x 1, e, em pleno Morumbi, perdeu por 3 x 1? Como explicar que o Inter, somados os dois jogos, tenha levado cinco gols do Ceará e marcado apenas dois, 2 x 1 no Beira-Rio e 3 x 1, ontem, no Castelão? A decisão da Libertadores, também  não foi melhor. Ela reunia os dois piores dentre os 16 clubes que passaram da fase de grupos da Libertadores para as etapas eliminatórias. Depois de um empate em 1 x 1 no primeiro jogo, no Defensores del Chaco, o San Lorenzo venceu o Nacional, do Paraguai, no Nuevo Gasometro, com um gol de pênalti. No jogo, sobrou emoção, mas faltou futebol. Por tudo que se viu nos jogos de quarta-feira, vai ser preciso muito trabalho para que o futebol sul-americano, e o brasileiro, em particular, retorne ao seus melhores tempos.