terça-feira, 13 de setembro de 2011

Miss Universo

Os concurso de misses soam um tanto anacrônicos nos dias de hoje. Muito prestigiados no passado, parecem, no entanto, algo datado. As críticas contra tais concursos de beleza vão desde uma certa cafonice até o de que espelham uma visão machista da mulher, valorizando-a mais pelos atributos físicos do que por outros predicados. Deixando essas questões de lado, a vitória da angolana Leila Lopes no concurso Miss Universo 2011, realizado, pela primeira vez, no Brasil, merece ser saudada. Leila é líndissima, mas o fato de ser negra e originária de um país muito pobre, tornam seu triunfo ainda mais expressivo. A idéia de que tais concursos privilegiariam determinados padrões de beleza e favoreceriam candidatas de países mais ricos e influentes cai por terra diante de um resultado como esse. A vitória de Leila  é a prova de que a beleza está presente em todas as etnias e servirá para uma afirmação das mulheres negras, sempre tão menosprezadas. Leila venceu 88 candidatas dos mais diferentes países, para obter o título de Miss Universo. Angola, ex-colônia de Portugal, com muitos problemas sociais, por certo, deve estar orgulhosa do feito de sua filha agora ilustre. Num mundo que ainda convive com o racismo, enrustido ou explícito, a vitória de Leila é mais um passo na busca de uma humanidade sem preconceitos ou sectarismos de qualquer espécie. Uma humanidade que substitua a intolerância pela fraternidade entre os povos..