domingo, 28 de maio de 2017

Erros que se repetem

Não é á toa que o Grêmio não ganha o Campeonato Brasileiro há 21 anos. Aliás, o Grêmio nunca venceu a competição depois que ela adotou a fórmula de pontos corridos. O clube é vítima de erros que se repetem, cometidos por sucessivas diretorias. O maior deles é a priorização de competições, fazendo com que times reservas sejam escalados em determinados jogos, causando a perda de pontos que farão falta no final. A decisão de escalar um time inteiramente reserva contra o Sport, hoje, na Ilha do Retiro, é um exemplo disso. Não havia nada que justificasse a medida. O fato de o Grêmio estar envolvido em três disputas simultâneas não implicava na necessidade de poupar jogadores em partida alguma, pois após o jogo contra o Zamora, na quinta-feira passada, a Libertadores só será retomada em julho. Também na Copa do Brasil haverá uma pausa. Depois de jogar contra o Fluminense, na próxima quarta-feira, o Grêmio só voltará á competição, caso se classifique para a fase seguinte, no final de junho. Dessa forma, daqui a alguns dias, o Grêmio teria apenas o Brasileirão para se dedicar por um bom tempo. O Grêmio, no entanto, ignorou essas evidências e colocou um time reserva contra o Sport. Chegou a estar ganhando por 2 x 0, mas acabou perdendo por 4 x 3. Assim, desperdiçou pontos preciosos, que lhe farão muita falta, contra um adversário fraco e que estava desfalcado do seu melhor jogador. Perder um jogo depois de ter aberto dois gols de vantagem no placar é algo muito doloroso para o torcedor. Ainda mais que, se vencesse, o Grêmio seria líder isolado, com dois pontos a mais que os segundos colocados. Ao que parece, o Grêmio desdenha da mais importante competição do futebol brasileiro, preferindo as disputas de jogos eliminatórios. Uma postura medíocre, inaceitável para um clube da grandeza do Grêmio.

Mudança obrigatória

Era cogitação, virou imposição. Com a derrota por 1 x 0 para o Paysandu, ontem, no Mangueirão, pelo Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão, a saída do técnico Antônio Carlos Zago é uma mudança obrigatória a ser feita pelo Inter. Mais do que perder, o Inter jogou muito mal. Afora isso, o Paysandu mostrou-se um time muito fraco e ainda assim, venceu o jogo. Manter Zago como técnico não vai levar o Inter a lugar nenhum. O Inter não evolui. Seu aproveitamento no Campeonato Gaúcho foi de apenas 49%. Por mais atenuantes que pudessem ser dadas para os constantes tropeços, como o fato de que o Inter teve de montar um time novo, e, em função disso, fez muitas contratações e dispensas, nada explica um rendimento tão baixo. Nos últimos dez jogos, por exemplo, o Inter só ganhou um. Os bons resultados contra clubes grandes, como Grêmio e Corinthians, e a estreia com goleada fora de casa, contra o Londrina, na Segunda Divisão, deram algum fôlego ao trabalho de Zago. O empate em pleno Beira-Rio contra o ABC e a derrota de ontem para o Paysandu, no entanto, somados ao desempenho geral do técnico até aqui, tornam inviável a sua permanência. Um recomeço se fará necessário para o Inter, pois o trabalho realizado desde o início do ano não deu os frutos esperados.