sábado, 27 de abril de 2013

Morte anunciada

O Grêmio empatou em 1 x 1 com o Juventude, hoje à tarde, no Alfredo Jaconi, sendo derrotado nos tiros livres da marca do pênalti por 5 x 4, e foi eliminado da Taça Farroupilha, encerrando sua participação no Campeonato Gaúcho. Nada mais previsível. Um time que vinha de uma única vitória nos últimos sete jogos obtida com um gol contra, que finaliza pouco durante as partidas, que jogando em casa contra um adversário modestíssimo, o São Luiz, não conseguiu balançar as redes, mesmo contando com um homem a mais na maior parte do segundo tempo, que não se indigna com os maus resultados, permanecendo passivo em campo, não poderia ter alcançado melhor sorte. Sim, é verdade que o Grêmio jogou relativamente bem, hoje. Foi superior ao Juventude. Teve um gol legítimo de Vargas, aos 21 minutos do primeiro tempo, absurda e injustificadamente anulado. Porém, no jogo anterior, contra o São Luiz, um pênalti claro em favor do adversário deixou de ser marcado, e, na partida com o Fluminense, também na Arena, um gol de Rhayner foi erradamente anulado. Caso esses erros de arbitragem não tivessem ocorrido, o Grêmio teria sido eliminado do Gauchão com um jogo de antecedência, e já estaria fora da Libertadores. As razões da eliminação do Grêmio não estão fora do clube, e, sim, dentro dele. O trabalho do técnico Vanderlei Luxemburgo é ruim. Luxemburgo indica jogadores ultrapassados, como Dida e Cris, escala mal, substitui ainda pior, não dá padrão de jogo ao time. O Grêmio não tem jogadas ensaiadas, toca demasiada e improdutivamente a bola, abusando de passes laterais e, mesmo dispondo de grandes atacantes, chuta muito pouco ao gol. O time também carece da presença de um motivador no vestiário. Luxemburgo, sabidamente, não tem esse perfil. O preparador físico Paulo Paixão, que poderia cumprir esse papel, foi entregue de bandeja para o Inter, para que Luxemburgo mantivesse junto de si o seu amigo Antônio Melo. Não precisa ser adivinho para prever que o Grêmio também não terá vida longa na Libertadores. A campanha na primeira fase da competição já demonstra isso. O Grêmio tem um bom grupo de jogadores, isso ninguém nega. Para que desse grupo se forme um grande time, contudo, é preciso alterar o comando. Se nada for mudado, o Grêmio continuará indo do nada para lugar nenhum, como vem fazendo há 12 anos, prolongando, ainda mais, o sofrimento do seu torcedor.