terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Penúria permanente

O vice-presidente de futebol do Grêmio, Odorico Roman, disse que o clube precisa arrecadar R$ 60 milhões em vendas de jogadores durante o ano de 2017 para cumprir com o orçamento. Como a venda de Walace só levou R$ 20 milhões para os cofres do clube, faltam R$ 40 milhões, o que tornará necessário realizar outras vendas até o final do ano. Após a declaração de Roman, o presidente do Inter, Marcelo Medeiros, revelou que o clube também precisa de R$ 60 milhões em vendas de jogadores para fechar o seu orçamento. Afinal, o que explica essa penúria permanente dos dois clubes? Grêmio e Inter recebem polpudas verbas de tevê pelos direitos de transmissão de seus jogos, e possuem quadros sociais numerosos que lhes proporcionam uma expressiva receita fixa. Por quê, então, estão sempre premidos por dívidas? Não há como fugir da ideia de que isso é resultado de más administrações. A falta de critério na contratação de jogadores, certamente, é uma parte da explicação. Contratações como as de Kléber Gladiador pelo Grêmio, e Anderson, no Inter, ambas com salários altíssimos e período de duração longo, são extremamente lesivas aos cofres dos clubes. Seja como for, algo precisa ser feito. Não há razões objetivas, fora da incompetência administrativa, para que Grêmio é Inter não alcancem a saúde financeira.