sábado, 15 de outubro de 2016

Candidaturas

Estão definidas as candidaturas ao cargo de presidente do Grêmio, cuja primeira etapa da eleição, no Conselho Deliberativo, ocorrerá ainda no mês de outubro. Como já era esperado, o presidente Romildo Bolzan Júnior concorrerá á reeleição. Com a mudança estatutária recentemente aprovada, caso vença, ficará mais três anos no cargo, não dois como ocorria até o atual mandato. O candidato que concorrerá pela oposição será Raul Mendes da Rocha, ex-jogador do clube nos anos 80. Chama a atenção, na chapa de Raul, o nome de Fábio Koff Júnior, filho do padrinho político de Romildo no Grêmio, o ex-presidente do clube, Fábio Koff. Na eleição para a renovação de metade do Conselho Deliberativo, há poucas semanas, a chapa que apoiava a atual administração foi vitoriosa. Esse dado, e o fato de que a oposição só anunciou um candidato na última hora, depois da recusa de nomes mais conhecidos, indicam que Romildo deverá ser reeleito, o que é preocupante. No futebol, razão de ser do clube, Romildo, até agora, só colheu fracassos. Sendo assim, dar-lhe mais três anos de mandato é uma temeridade. Por sinal, essa modificação estatutária é mais um dos atentados ao bom senso que tem caracterizado a política do Grêmio nos últimos anos, a exemplo do que aconteceu quando as eleições para presidente, que ocorriam no período de férias do futebol, foram antecipadas, realizando-se paralelamente às competições, desfocando o clube do seu objetivo primordial, que é a conquista de títulos. Não há razão para que o mandato de presidente tenha sido ampliado, nem para que a eleição deixasse de ser realizada após o encerramento dos jogos oficiais do ano. As pretensas vantagens de tais mudanças são mínimas, e os prejuízos causados por elas ao clube são por demais evidentes.