sábado, 1 de dezembro de 2012

A véspera da despedida

O dia de hoje marca a véspera do último jogo do Estádio Olímpico. Durante toda a semana, a imprensa do Rio Grande do Sul destacou o fato. Hoje, até mesmo o "Jornal Nacional" fez menção ao assunto, dizendo tratar-se de um dos estádios mais tradicionais do Brasil. Ao longo da semana, torcedores do Grêmio compareceram em peso ao Olímpico para registrar imagens do estádio e assistir aos treinos do time. Na manhã desse sábado, mesmo com chuva, 15 mil pessoas compareceram ao último treino do Grêmio antes do Gre-Nal de amanhã. Isso mesmo. A última partida do Olímpico será um Gre-Nal, o maior jogo do Rio Grande do Sul. Um jogo sob medida para fechar com chave de ouro os 58 anos de história do Olímpico. Foram 58 anos gloriosos. Para se ter uma ideia, o Grêmio ganhou 29 dos seus 36 títulos de campeão gaúcho no Olímpico. Antes dele, em 51 anos de existência, o Grêmio só tinha conquistado sete títulos estaduais. No Olímpico, entre 1956 e 1968, o Grêmio só não ganhou o Campeonato Gaúcho em 1961. Depois de um período de supremacia do Inter, a partir da inauguração do Beira-Rio, o Grêmio ampliou seu estádio. A partir de 1980, o estádio, com sua capacidade aumentada, tornou-se Olímpico Monumental. Em 1981, o Grêmio começaria uma nova hegemonia, sendo campeão brasileiro, abrindo uma série de títulos como o da Libertadores e do Mundial de Clubes em 1983, o hexacampeonato gaúcho de 1985 a 1990, as Copas do Brasil de 1989, 1994, 1997 e 2001, a Recopa Sul Americana de 1996. Em 1995, conquistou a Libertadores pela segunda vez. Agora, o Grêmio irá para o terceiro estádio da sua história, a Arena. Foram títulos escassos na Baixada e muitas conquistas no Olímpico. Caberá ao Grêmio, na Arena, dar continuidade aos muitos êxitos alcançados no Olímpico, iniciando uma nova era de supremacia do clube. Por enquanto, na torcida, ficará um enorme sentimento de saudade pelos grandes momentos vividos nos 58 anos de seu querido e glorioso estádio, cuja trajetória está por se encerrar.