terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Unanimidade

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, estabeleceu um critério para a escolha do novo técnico da Seleção Brasileira. Ednaldo deseja que o novo técnico seja uma unanimidade, já que pretende fazer a reaproximação da Seleção com o povo. Por essa razão, o português Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, estaria sendo descartado, pois tem um temperamento explosivo durante os jogos e atritos com a imprensa. O presidente da CBF gostaria de contratar um técnico da "primeira prateleira" da Europa, e os nomes cogitados são os de Carlo Ancelotti, Zinedine Zidane, Luís Henrique e José Mourinho. Caso não consiga um europeu desse nível, Ednaldo não recorrerá à segunda prateleira do Velho Continente, e buscará, então, um técnico brasileiro. Porém, Ednaldo entende que nenhum técnico brasileiro alcançaria essa unanimidade, condição que, alega, Tite tinha ao ser escolhido. A unanimidade em torno de Tite, quando de sua contratação em 2016, é verdadeira, mas isso de nada serviu em termos de resultados, pois o técnico fracassou em duas Copas do Mundo seguidas. Pior aconteceu com Vanderlei Luxemburgo, outro que era unanimidade quando foi contratado, e que foi demitido durante as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002. Contratar um técnico que gerasse um consenso em torno de sua escolha seria bom, mas não é garantia de bons resultados. A contratação de um técnico estrangeiro não é mais do que um pensamento mágico. A Seleção deve ser treinada, sempre, por um técnico brasileiro. Foi assim que ela se tornou a mais vitoriosa das seleções. A vinda de um técnico de fora seria, apenas, ceder a um modismo.