quarta-feira, 17 de março de 2021

O reacionarismo do Sul

O Brasil está dominado por um processo de imbecilização coletiva. Só isso pode explicar que 50% da população ainda seja contrária a um processo de impeachment contra o presidente genocida Jair Bolsonaro. Por mais que o país esteja na maior crise sanitária de sua história, com o número de mortes diárias por covid-19 aumentando e se aproximando de três mil, Bolsonaro mantém um sólido contingente de apoiadores. Dentro desse contexto, se destaca o reacionarismo do Sul do país. Historicamente conservadores e racistas, os estados sulistas são os que mais reprovam a possibilidade de impeachment, 59%. Com uma economia fortemente assentada no agronegócio, o Sul é um foco do que há de mais repulsivo no ser humano. Setores de sua sociedade são repositórios de machismo, homofobia, misoginia, racismo. Por aí se explica esse apoio a uma figura tão repulsiva quanto Bolsonaro. Explica, mas não torna aceitável. Sempre pródigos nos autoelogios, atribuindo-se uma pretensa superioridade sobre brasileiros de outras regiões, os sulistas são, hoje, um motivo de vergonha para os cidadãos honrados do país.