segunda-feira, 26 de abril de 2021

A saída de Ariel Holan

Depois de apenas doze jogos, com quatro vitórias, três empates e cinco derrotas, o argentino Ariel Holan não é mais o técnico do Santos. A saída de Ariel Holan se deu por vontade própria, pois ele pediu demissão. Afora os maus resultados, e as poucas perspectivas de melhora, pois o Santos se desfez de jogadores importantes e não tem recursos para fazer contratações, pesaram na decisão do técnico os protestos e pichações de torcedores, que culminaram com foguetes jogados na frente de sua casa, depois da derrota de ontem, por 2 x 0, para o Corinthians, na Vila Belmiro. O curto período de Ariel Holan no Santos deveria servir de reflexão sobre a contratação de técnicos estrangeiros por clubes brasileiros. O argentino é um bom técnico, mas foi trazido por um clube que vendeu Lucas Veríssimo, Diego Pituca e, agora, Soteldo, ficará sem Sandri por muito tempo, em função de uma grave lesão, e não tem dinheiro para buscar reposições. O torcedor não quer saber de nada disso, e protesta cada vez pelos tropeços. Diante desse panorama poucou promissor, Ariel Holan preferiu sair. A contratação de técnicos estrangeiros virou um modismo no Brasil. O único que, efetivamente, deu certo, foi o português Jorge Jesus, no Flamengo, que tinha um grupo de jogadores extraordinários ao seu dispor. O que possibilita o êxito de um técnico não é a sua nacionalidade, mas as condições de trabalho que lhe são proporcionadas.