segunda-feira, 27 de junho de 2011

Reconhecimento externo

Há um ditado que expressa que "santo de casa não faz milagre". Muitas vezes os méritos de pessoas ou instituições não são reconhecidos pelos que lhe são mais próximos. Esse reconhecimento, quando acontece, vem de longe, daqueles que, livres das amarras do preconceito, da inveja, e de interesses contrariados, são capazes de comprovar a eficiência de um trabalho. Parece ser esse o caso da indicação do brasileiro José Graziano da Silva para diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). Graziano assumirá o cargo no início de 2012 e nele permanecerá até 31 de julho de 2015. Engenheiro agrônomo, Graziano foi o encarregado, no governo Lula, de implantar o Programa Fome Zero, cuja meta era ser o principal projeto de transferência de renda no Brasil. O programa foi massacrado impiedosamente pela grande imprensa, mas, como se pode ver agora, muito mais por ranço ideológico. Afinal, se o Fome Zero fosse tão ruim e mal executado como afirmavam os veículos mais poderosos da imprensa brasileira, o responsável pelo programa não seria eleito para um cargo tão relevante como o de diretor-geral da FAO. A tarefa de Graziano no novo cargo não será fácil, pois ele terá o desafio de erradicar ou reduzir a fome no mundo em um momento de alimentos caros que colocam a vida de milhões de pessoas em risco..Conforme dados da ONU, o mundo tem cerca de 1 bilhão de pessoas famintas. As 92 pessoas que votaram em Graziano levaram em conta a experiência do Brasil em ações de combate á fome. Para frustração dos detratores do governo Lula na imprensa brasileira, é mais uma prova da eficiência de várias medidas de sua administração. Para se ter uma idéia da relevância do fato, basta dizer que José Graziano da Silva será o primeiro latino-americano a exercer o cargo. Mais uma vez, o reconhecimento veio do exterior. Por aqui, a cegueira ideológica, a inveja, e os interesses mesquinhos, impedem que isso aconteça. Graziano declarou que está convencido de que erradicar a fome é uma meta razoável e alcançável. Os que nele votaram, por certo, também acreditam. Enquanto isso, setores da imprensa brasileira preocupam-se mais em fustigar o governo com denúncias de desvios éticos. Graziano estará à frente de um organismo que tem um orçamento de 1 bilhão de dólares e já disse que a sua prioridade será o combate à fome. Resta desejar boa sorte para o futuro diretor-geral da FAO.