segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O jargão da direita

A direita tem um jargão todo próprio, que se repete, cansativamente, a cada eleição. São palavras aparentemente bonitas, que expressariam conceitos pretensamente positivos, mas que não passam de embalagem vistosa para vender um mau produto. Termos como "modernidade", "competitividade" e "produtividade", recheiam o discurso de todo o candidato de direita. Comecemos pela "modernidade". Os candidatos direitistas se autoproclamam modernos, em contraposição aos adversários mais à esquerda, que, segundo eles, representam o "atraso". Criticam o "inchaço" do Estado, e se propõem a torná-lo mais "ágil e eficiente". Na verdade, são defensores do Estado mínimo e da "supremacia do mercado". Uma vez no poder, colocariam o Estado a serviço dos interesses privados, com iniciativas como a "flexibilização' das leis trabalhistas, e a adoção de "medidas impopulares" para ajustar a economia do país. A "flexibilização" das leis trabalhistas nada mais é do que um meio de facilitar e baratear as demissões. Defender "medidas impopulares", que cortem na carne dos trabalhadores, é fácil para maganos que estão com a vida ganha. A "competitividade" é obtida com a desvalorização da moeda, a fim de aumentar os ganhos dos exportadores. O aumento da "produtividade" se dá com salários mais baixos e facilitação das demissões. Ainda há incautos que se deixam seduzir pelo marquetagem de direita e seus candidatos engomadinhos. No entanto, a maioria já aprendeu que as ideias defendidas por eles levam a vaca para o brejo.. Eles continuam tentando chegar ao poder, mas, mais uma vez, vão ficar na vontade, e morrerão na praia.