sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Patrono

O Conselho Deliberativo do Grêmio aprovou, na noite de ontem, uma justa proposição. Luís Carlos Silveira Martins, o Cacalo, tornou-se patrono do Grêmio, uma alta distinção de que é plenamente merecedor. Cacalo junta-se a Aurélio de Lima Py (1946), Fernando Kroeff (1960), e Hélio Dourado (2014), que também receberam a mesma honraria. A escolha de Cacalo para patrono do Grêmio é, mais do que meritória, emblemática. Numa época em que clubes se transformam em empresas ou SAF's, entregando a paixão dos torcedores nas mãos de donos e grupos econômicos, Cacalo é a representação do dirigente raiz, abnegado, que se doa ao clube por amor. Maior vice-presidente de futebol da história do Grêmio, Cacalo colecionou títulos. O único que não obteve foi o de campeão mundial, que escapou por pouco. Por isso mesmo, a proposição para que se tornasse patrono teve o apoio de nomes como os ex-jogadores Renato, atual técnico do Grêmio, Danrlei, Baidek, Adílson, Dinho, Luís Carlos Goiano, Carlos Miguel, Paulo Nunes, Iúra e Raul, ex-profissionais do clube como Felipão e Paulo Paixão, dirigentes de hoje e outras épocas, conselheiros, jornalistas e torcedores. São homens como Cacalo, um dirigente sem remuneração movido pela paixão, que construíram a grandeza do Grêmio, e não executivos bem pagos sem nenhuma vinculação afetiva com o clube.