sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Fato ultrajante

Uma acontecimento tomou conta dos noticiários, no dia de hoje. O secretário de Cultura do governo Bolsonaro, Roberto Alvim, fez uma postagem em que usou uma declaração de Joseph Goebbels, a segunda figura mais proeminente do nazismo, ao som de uma música de Richard Wagner, o compositor preferido de Hitler. A repercussão, como não poderia deixar de ser, foi imediata. A comunidade judaica, políticos, pessoas representativas da sociedade, e diversas instituições, protestaram veementemente contra o fato ultrajante, e exigiram a saída de Alvim, o que ocorreu pouco depois, por decisão do presidente Jair Bolsonaro. O ex-capitão não fez isso porque essa fosse a sua vontade, mas pela pressão da comunidade judaica. Alvim, para quem não lembra, foi o mesmo que, há pouco tempo, insultou Fernanda Montenegro, a maior atriz brasileira. A fala nazista de Alvim foi notícia em vários veículos de imprensa no mundo todo, ajudando a desgastar ainda mais a imagem do país. O que ainda falta acontecer para que se ponha fim ao governo Bolsonaro? Um ministro da Educação que comete erros ortográficos em série, um secretário de Cultura que reproduz falas nazistas! O Brasil é motivo de constrangimento para a imprensa internacional, que não consegue entender  como o país chegou nessa situação. O país vive um desgoverno absoluto. A economia não reage, o patrimônio público está sendo liquidado em privatizações, o futuro dos trabalhadores foi destruído com a Reforma da Previdência, que se somou ao desmonte trabalhista no governo Temer. A esquerda parece estar, ainda, numa condição de perplexidade, sem apresentar uma saída, as "elites" do país fazem parte do grande acordo que colocou um energúmeno no poder. A cada dia, um novo absurdo, uma afronta à dignidade dos brasileiros. Como pode um povo se sujeitar a isso sem protestar? Bolsonaro e toda a sua trupe de idiotas tem de ser varridos do poder, o quanto antes. A mobilização para que isso se concretize tem se ser feita o mais rapidamente possível. Não é questão de ideologia, mas de sobrevivência de um país.