sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Sicupira

O futebol brasileiro, em termos midiáticos, vive, basicamente, do que acontece nos doze grandes clubes do país, situados nos estados de Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Os grandes ídolos, reverenciados pelo Brasil afora, surgem ou se afirmam nesses clubes. Porém, em outros estados, também, há jogadores que marcam época, com a camiseta de outros clubes. Esse é o caso de Sicupira, maior goleador da história do Athletico Paranaense, com 156 gols, que faleceu, hoje, aos 77 anos. Sicupira era meia atacante, ou ponta-de-lança, como se costumava dizer na época. Jogou, também por outros clubes, incluindo Corinthians e Botafogo, mas foi no Athletico que viveu seus maiores momentos. Em 1970, foi campeão paranaense, quebrando um jejum de doze anos sem o clube conquistar o título da competição. Com idas e vindas, Sicupira jogou no Athetico de 1968 até 1976. Não ganhou outros títulos pois o Coritiba tornou-se hegemônico naquela época, enfileirando conquistas, mas garantiu um lugar no coração dos torcedores.Logo após parar, tornou-se comentarista, e mostrou-se competente na função. Primava pela simpatia e elegância. Vai fazer muita falta.

A queda de Gaciba

Um desfecho inevitável, que até demorou para acontecer. Assim pode ser definida a demissão do Presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba, ocorrida hoje. Desde que assumiu o cargo, em 2019, Gaciba esteve sobre fogo cruzado de clubes e imprensa, pelas péssimas arbitragens e pelo desempenho fraco do VAR. A gota d'água, que determinou a queda de Gaciba, foi o absurdo pênalti marcado para o Flamengo, ontem à noite, contra o Bahia, no Maracanã. Gaciba fez uma administração corporativista, que nào afastava os árbitros que erravam, nem os submetia a uma reciclagem. O substituto de Gaciba até o final do ano será o, até então, Vice-presidente da Comissão de Arbitragem, Alício Pena Júnior. Uma nova composição do orgão será feita no ano que vem. Alício tinha divergências em relação a várias decisões de Gaciba. Espera-se que isso se reflita numa melhora da arbitragem brasileira, cujo nível está muito baixo.