segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Chapa encaminhada

Em função do calendário eleitoral, ainda não há nenhuma candidatura registrada para o pleito presidencial, em outubro. Porém, uma chapa parece estar encaminhada, a que reuniria Luís Inácio Lula da Silva para presidente e Geraldo Alckmin como vice. Pelo menos esse é a posição do senador Randolfe Rodrigues (REDE/AP) e do ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB). Randolfe acha que Alckmin tem condições de ajudar Lula a fazer uma ampla coalizão de forças capaz de derrotar o presidente Jair Bolsonaro. França entende que a chapa está 99,9% certa, e descarta a possibilidade de que Alckmin possa voltar-se contra Lula, como Michel Temer fez com Dilma Rousseff. O ex-governador paulista declarou que Lula é muito mais hábil politicamente que Dilma, e que jamais seria derrubado por um impeachment. Ainda sem partido depois que deixou o PSDB, Alckmin deverá ingressar no PSB, sigla de França. Em termos dos seus próximos movimentos na política, especula-se que Randolfe possa concorrer a governador do Amapá, enquanto França deseja pleitear o mesmo cargo em São Paulo, por considerar que têm mais chances de vitória que Fernando Haddad (PT). Se Randolfe e França estiverem certos, e a chapa Lula/Alckmin for confirmada, as chances de vitória do ex-presidente, que já são muito grandes, se ampliarão ainda mais, pois a presença do ex-governador possibilitará quebrar resistências de setores refratários ao PT. Resta saber o quanto Lula está disposto a ceder nessa aliança. O Brasil precisa de um governo comprometido com mudanças, para poder consertar a destruição do país promovida por Bolsonaro. Para isso ser feito, interesses e privilégios das classes dominantes terão de ser contrariados. O diálogo com diferentes segmentos da sociedade será importante, mas o compromisso maior tem de ser com os menos favorecidos e as minorias perseguidas.