sábado, 19 de março de 2011

Empate insosso

A impressão que se tinha, ao assistir a Inter 0 x 0 Novo Hamburgo, na tarde de sábado, no Beira-Rio, é de que os dois times poderiam jogar por dias a fio sem que marcassem nenhum gol. O Inter, com um misto quente que incluía titulares como Lauro, Rodrigo e Guiñazu, um convalescente Rafael Sóbis, e um dos reforços de 2011, Cavenagh, além do "xodò" da torcida, Andrézinho, pouco fez durante todo o jogo, mostrando pouco ímpeto para romper a retranca proposta pelo Novo Hamburgo. Ficou, inclusive, a impressão de que se o Novo Hamburgo não se mostrasse tão satisfeito com o empate e ousasse um pouco mais, poderia obter a vitória. A consequência de tudo isso não poderia ser outra. Durante o jogo, a cada passe errado, a torcida do Inter demonstrava sua impaciência, com vaias. Com o término da partida, as vaias tornaram-se mais intensas. No decorrer do jogo, a torcida expressou, também, sua insatisfação com o técnico Celso Roth, dirigindo-lhe o tradicional coro de "burro, burro". A verdade é que o Inter só tem ido bem, nos últimos jogos, quando enfrenta adversários fraquíssimos, como o Ypiranga de Erechim e o Jorge Wilstermann, ocasiões em que aplicou goleadas. Porém, quando enfrenta adversários modestos, mas bem organizados e com alguma qualidade, patina. Foi assim com o Caxias no domingo passado, em Caxias do Sul, quando só não perdeu por ter sido auxiliado por erros de arbitragem e, agora, contra o Novo Hamburgo. A soma de pífias atuações do time com a insatisfação crescente da torcida em relação ao técnico apenas reforçam a previsão que já fiz em meus comentários na Rádio 1300 AM, isto é, que Celso Roth não ficará no cargo além do mês de abril.

O pré-sal é nosso

Se nos anos 50, foi preciso lançar a campanha "O petróleo é nosso", para defender os interesses do país em relação às suas reservas petrolíferas, fato que culminou com a criação da Petrobrás, estamos, agora, diante de fato semelhante. As mesmas forças que se opunham a criação da Petrobrás no passado, voltam com seu discurso entreguista e americanófilo para defender a participação dos Estados Unidos na exploração do petróleo brasileiro situado na camada do pré-sal. Consumidores ávidos de petróleo, os americanos já voltam seus olhos para o pré-sal brasileiro com indisfarçável interesse. O pré-sal é um patrimônio dos brasileiros. Sua descoberta, num período em que já se avista o esgotamento das reservas mundiais de petróleo num futuro não muito distante, é extremamente estratégica para o país. Assim sendo, todo o processo de sua exploração tem de ser comandado e coordenado pelo Brasil. Já vai longe o tempo em que o país dependia do conhecimento e da tecnologia de outros países para levar adiante tarefas como essa. Ainda que os entreguistas de plantão digam o contrário, possuímos recursos materiais e humanos para dar conta da empreitada, sem recorrer a auxílios que visam apenas apropriar-se de nossas riquezas naturais. O pré-sal irá gerar uma formidável massa de recursos, que devem ser aplicados em benefício do povo brasileiro. Afinal, o pré-sal é nosso.