quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

A ensandecida perseguição contra um simbolo

O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva sofreu mais uma condenação a 12 amos de prisão, dessa vez pelo processo referente a sua suposta posse de um sítio em Atibaia (SP). Não há razão para fazer referência ao teor das acusações contra Lula, pois ele é sobejamente conhecido. A inconsistência das acusações contra Lula e o seu viés político são por demais evidentes. Lula é vítima de um conluio entre figuras dos meios político, militar, jurídico e da imprensa cujo objetivo é destruir a sua imagem. As absurdas condenações a longos períodos de prisão, que, somados, superam a sua expectativa de vida, é um meio de impedir que, livre e com seus direitos políticos restituídos, Lula volte a ser presidente, fato que seria inexorável. O que se vê é a ensandecida perseguição contra um símbolo. Sim, Lula é alvo do ódio incontido de fascistas que não digerem o fato de que ele é o presidente mais popular da história do país, e de que, se concorresse novamente ao cargo, ganharia de qualquer oponente, com facilidade. A nova condenação de Lula não aconteceu, nesse momento, por acaso. A mobilização para que Lula seja indicado para o Prêmio Nobel da Paz vem crescendo. Caso a honraria seja concedida a Lula, isso constituiria um revés impossível de ser digerido por seus inimigos. Porém, condenado ou não, com ou sem o recebimento do Prêmio Nobel, Lula já tem o seu lugar na história, enquanto seus perseguidores sequer irão merecer, com o avanço do tempo, uma nota de rodapé. Não há abuso jurídico ou esforço retórico que possam arranhar a imagem de Lula. Vivo ou morto, preso ou solto, Lula será sempre uma presença indelével no cenário político brasileiro.