segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Campanha violenta

O segundo turno das eleições para prefeito de Porto Alegre tinha tudo para ser insosso, pois os dois candidatos são da mesma vertente ideológica, e seus partidos atuavam coligados na atual administração. Porém o embate entre Nélson Marchezan Júnior  (PSDB) e Sebastião Melo  (PMDB) tem sido muito tenso. Melo tem feito uma campanha com fortes ataques contra Marchezan Júnior. Nos diversos debates realizados com os candidatos, o clima tem sido muito tenso. Agora, com a morte, provavelmente por suicídio, do coordenador geral de campanha de Melo, Plínio Zalewski, e ataques a sede municipal do PSDB, o nível de belicosidade em torno dos dois candidatos parece muito alto. Poucas vezes se viu um quadro tão desalentador numa eleição, pois nenhum dos candidatos representa uma opção inovadora para a cidade. Uma campanha violenta é apenas o reflexo da deterioração política que o país vive. Com candidatos ruins, de discursos ocos, num clima de disputa marcado pela beligerância, o futuro de Porto Alegre não é nada promissor.