segunda-feira, 23 de maio de 2022

A renúncia de Dória

O ex-governador do Estado de São Paulo, João Dória Júnior (PSDB), abriu mão de sua pré-candidatura a presidente. A renúncia de Dória já era esperada. Embora tenha ganho as prévias internas que escolheram o candidato do PSDB, Dória vinha sendo esvaziado pelo próprio partido. O presidente nacional do PDSB, Bruno Araújo, preferiu coligar-se a outros partidos e apoiar a pré-candidata do MDB, senadora Simone Tebet (MS). No entender de Araújo, Simone é melhor alternativa para uma terceira via, a tão propalada opção à polarização entre Luís Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro. Araújo adotou esse posicionamento porque Dória apresenta um baixo índice nas pesquisas de intenção de voto, e tem uma alta taxa de rejeição. Num primeiro momento, Dória pensou em judicializar a questão, alegando desrespeito ao resultado das prévias. Porém, pelo visto, Dória rendeu-se ao óbvio, isto é, de que a continuidade de sua pré-candidatura era inviável. No entanto, com ou sem Dória, a terceira via não deverá se mostrar factível. Por mais que muitos não aceitem, a eleição vai mesmo ficar polarizada entre Lula e Bolsonaro.