quarta-feira, 12 de julho de 2017

Um factóide de Moro

A condenação do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva a nove anos e meio de prisão, determinada, hoje, pelo juiz Sérgio Moro, não vai dar vem nada. Ela é, apenas, um factóide de Moro, que precisa mostrar trabalho para a Rede Globo e seus fãs coxinhas. A própria sentença de Moro deixa isso claro, ao não ordenar a prisão imediata de Lula, permitindo-lhe aguardar em liberdade o resultado da apelação. Em todo o seu tempo de perseguição ao ex-presidente, Moro jamais encontrou provas que possam resultar na sua condenação. A atitude que Moro tomou hoje tem o único condão de manter intacto o seu prestígio junto aos fãs. Moro sabe que sua sentença será reformada em outra instância, provavelmente pelo mesmo TRF4 que inocentou o ex-tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, das acusações que sofreu. A diferença é que Vaccari chegou a ser preso. Lula não o será. Assim, quando tudo chegar ao final, e Lula for absolvido, Moro irá posar de herói, pois terá "feito a sua parte", e seus fãs colocarão a culpa do desfecho contrário às suas pretensões no Poder Judiciário. Moro poderá, então, até articular uma carreira política, posando de paladino da ética. Os inimigos de Lula não devem desperdiçar os seus foguetes. Seus apoiadores não tem razão para se preocupar. Simples assim.

Crime consumado

A reforma trabalhista foi aprovada no Senado. Um crime consumado. Conquistas históricas dos trabalhadores foram destruídas. As relações de trabalho voltaram para um estágio medieval e escravocrata. Os sonhos há muito tempo acalentados pela plutocracia brasileira se tornaram realidade. No Brasil atual, nada é tão ruim que não possa piorar. Cada dia apresenta fatos piores que o do dia anterior. O país mergulha, aceleradamente, num poço sem fundo. Não há perspectivas de melhora. O quadro que se apresenta diante dos brasileiros não se resolverá pelas vias normais. Cabe à população abandonar sua letargia e tomar as rédeas da ação politica. Só o rugido das ruas pode salvar o Brasil.