domingo, 24 de janeiro de 2021

Efeito Novelleto

O que aconteceu, hoje, no Beira-Rio, não foi casual. O Grêmio perdeu para o Inter por 2 x 1, de virada, pelo Campeonato Brasileiro,com um pênalti inexistente marcado aos 53 minutos do segundo tempo. O árbitro era Luís Flávio de Oliveira (SP), o mesmo que, em 2018, pela mesma competição, marcou um pênalti, também inexistente, em favor do Bahia, aos 48 minutos do segundo tempo, resultando na derrota do Grêmio por 1 x 0. Foi uma coincidência que ele tenha apitado os dois jogos? Claro que não. O árbitro foi escolhido a dedo. O Gre-Nal era, sem sombra de dúvida, o jogo mais importante da rodada. Sendo assim, deveria ter o melhor árbitro do país para o apitar. Atualmente, quem goza desse conceito é Raphael Claus (SP). Por que, então, não foi ele o escolhido? Porque se está diante de um jogo de cartas marcadas. O que se está vendo é o "efeito Novelleto". Em que consiste, exatamente, isso? Na influência direta de um dos vice-presidentes da CBF, Francisco Novelleto Neto, sobre a arbitragem. Novelleto foi presidente da Federação Gaúcha de Futebol por 13 anos, e é torcedor fanático do Inter. Agora, num cargo de alcance federal, não quer perder a chance de ajudar o seu clube do coração, como fez nos longos anos em âmbito estadual. O sonho de Novelleto é presidir a CBF. Se um dia isso vier a acontecer, só restará ao Grêmio pedir licenciamento do futebol pelo tempo em que ele permanecer no cargo.