sábado, 24 de novembro de 2018

Papelão

Era para ser a maior decisão de Libertadores de todos os tempos. Um jogo gigantesco entre River Plate e Boca Juniors, dois rivais históricos que protagonizam um dos maiores clássicos do mundo. Esse era o cenário para o jogo de hoje no Monumental de Nunez, o segundo é definitivo entre os dois clubes pelo título da Libertadores depois do empate em 2 x 2 na Bombonera, há três semanas. Nada disso se confirmou. O jogo não aconteceu, e tudo o que se tem, até agora, é um papelão de repercussão internacional. O comportamento da torcida do River Plate, que atacou o ônibus que transportava a delegação do Boca Juniors, ferindo jogadores, fez com que a partida tivesse seu horário transferido das 17 h para às 19h15min e, posteriormente, fosse adiada para amanhã. Em princípio, o jogo será realizado às 17 h de amanhã, mas ainda há dúvidas se isso irá acontecer. A prefeitura de Buenos Aires, após os incidentes, decidiu determinar a interdição do estádio. O River Plate está confiante de que a interdição será levantada, e o jogo se realizará. Seja como for, todos esses fatos já geraram um anticlímax em relação a um jogo tão esperado. Por fatos como esses é que é ridículo a Conmebol mimetizar a Champions League fazendo a decisão da Libertadores, a partir de 2019, ser disputada em jogo único, num estádio escolhido previamente. Não basta copiar a forma, se o conteúdo é tão diferente. Se futebolisticamente a América do Sul nada fica a dever para a Europa, pois até a abastece com seus principais valores, em termos de civilidade ainda está muito atrás.