sábado, 16 de julho de 2011

O fracasso da Argentina

Não há outra definição possível para o que aconteceu com a Argentina na Copa América que não seja a de um rotundo fracasso. Depois de uma primeira fase em que só empatou com a Bolívia, após sair perdendo, não passou de um 0 x 0 com a Colômbia, e goleou a Costa Rica, que estava representada por sua equipe sub-23, coube à Argentina enfrentar o Uruguai pelas quartas de final. Havia muito em jogo para a Argentina. Como anfitriã da competição, nada menos que o título seria aceito. O adversário, porém, era um tradicional rival, que divide com a própria Argentina a condição de maior vencedor da competição, com 14 títulos para cada lado. Cada equipe tinha seus trunfos. Pelo lado argentino, o melhor jogador do mundo, Messi. No Uruguai, Forlán, o melhor jogador da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, e o perigoso atacante Luís Suárez. Ao longo de um jogo inteiro, mais a prorrogação, a Argentina não conseguiu vencer o Uruguai, mesmo estando boa parte do tempo com um homem a mais. Messi, novamente, foi uma pálida figura, enquanto, no Uruguai, Muslera, Forlán e Suárez tiveram grandes atuações. Na disputa dos tiros livres da marca do pênalti, era natural que o Uruguai estivesse mais tranquilo, afinal, a responsabilidade estava inteiramente sobre os ombros da Argentina. O Uruguai venceu as cobranças por 5 x 4. Assim, é do Uruguai a chance de se tornar o líder isolado em número de títulos da Copa América, caso venha a vencer a competição. Seu adversário nas semifinais será o Peru que, em outra surpresa do dia de hoje, ganhou da Colômbia por 2 x 0, com dois belos gols, ápós um jogo fraco, que acabou em 0 x 0. O grande astro da Colômbia, Falcão Garcia, desperdiçou um pênalti, cobrando para fora, quando o placar ainda estava zerado. Dessa forma, as coisas vão se encaminhando para uma possível decisão entre Seleção Brasileira e Uruguai. Porém, depois do que aconteceu hoje, é bom a Seleção não facilitar contra o Paraguai, para não ser a responsável por outra zebra na competição. Enquanto isso, a Argentina, que esperava quebrar o jejum, segue com seus 18 anos sem títulos, e Messi, mais uma vez, frustrou as expectativas de todos jogando pela equipe de seu país. O sofrimento argentino no futebol parece longe do fim.