segunda-feira, 14 de setembro de 2020

A rejeição de uma proposta absurda

O Supremo Tribunal Federal confirmou, hoje, a rejeição da implantação do voto impresso nas próximas eleições. Prevista numa pequena reforma eleitoral em 2015, a medida teve sua aplicação suspensa em 2018 e, agora, com o julgamento do mérito, foi, definitivamente, abandonada. Afora ser tecnicamente de difícil execução, e financeiramente dispendiosa, a impressão do voto eletrônico é um despropósito. Os defensores da proposta, invariavelmente, são pessoas politicamente de direita que acusam a urna eletrônica de ser propensa a fraudes. Sabidamente, ocorre o contrário. A urna eletrônica é uma grande invenção brasileira, que dotou as eleições de uma confiabilidade muito maior quanto aos seus resultados, o que desagrada a quem não preza a democracia. Ao tomar a decisão de hoje, o STF praticou a rejeição de uma proposta absurda, cuja única consequência seria a de tumultuar o processo eleitoral.