segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Pobreza técnica

As tradicionais premiações entregues ao final de cada edição do Campeonato Brasileiro, revelaram, em 2016, a pobreza técnica que caracteriza o futebol do país na atualidade. A "Bola de Prata", promovida pelos canais ESPN, e a premiação oficial da competição, realizada pela CBF, apresentaram uma seleção final com maioria acentuada de jogadores do Palmeiras, o que é natural pela grande campanha que o clube realizou na conquista do título, mas a listagem, em si, não apresenta nomes de um nível superior de qualidade. Com exceção de Gabriel Jesus, nenhum dos jogadores premiados exibe a condição de craque. Na "Bola de Prata", por exemplo, ao longo dos 46 anos de existência do prêmio, foram agraciados jogadores como Renato, Zico, Ancheta, Figueroa, Paulo Isidoro, Falcão, Marinho Chagas, Leão, Paulo César Caju, entre outros. Na seleção de 2016, aparecem nomes como o do goleiro Jailson, do Palmeiras, que, aos 35 anos, participou pela primeira vez de um Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão. Os volantes Tche-Tche e Moisés, também do Palmeiras, eram dois ilustres desconhecidos até pouco tempo. Marinho, que teve um excelente desempenho pelo Vitória, esteve em alguns clubes grandes, e não se firmou. O Campeonato Brasileiro, pelo número de grandes clubes que dele participam, é, sempre emocionante. Porém, se há emoção, falta qualidade. Seja como for, parabéns aos jogadores premiados, com destaque para o zagueiro Geromel, do Grêmio, ganhador da Bola de Prata pelo segundo ano consecutivo.