sábado, 12 de junho de 2021

Simulacro

O país vive uma grande farsa. Finge-se que o Brasil está vivendo na normalidade democrática, que as instituições estão em pleno funcionamento. Na verdade, não hâ governo, o Poder Legislativo está atrelado aos interesses do presidente genocida, e o Judiciário encena ser independente, sem cumprir, verdadeiramente, o seu papel. Enquanto o tempo transcorre, o negacionista Jair Bolsonaro leva um país no rumo de 500 mil mortos por covid-19. Legislativo e Judiciário afetam indignação com esse quadro, mas nada fazem de prático para que ele seja alterado. Na Câmara dos Deputados repousam mais de 100 pedidos de impeachment, e o Supremo Tribunal Federal, afora uns rugidos, nada realiza de efetivo para retirar o ex-capitão do cargo, sendo que há motivos mais do que suficientes, juridicamente, para isso. Confiante na impunidade, Bolsonaro zomba das instituições permanentemente, desafia os cientistas com o seu negacionismo, sai às ruas sem máscara, insiste em promover medicamentos sabidamente ineficazes contra a covid-19, diz que há supernotificaçào de casos da doença, age contra a compra de vacinas. Tudo isso faz com que o Brasil perca um número muito maior de vidas para a pandemia, numa atitude deliberadamente genocida. Se a democracia no Brasil não fosse meramente formal, um simulacro, Bolsonaro já teria sido removido do cargo. Se tudo seguir dessa forma, Bolsonaro completará seu mandato, e concorrerá à reeleição para, caso a obtenha, ter mais quatro anos que lhe possibilitarão terminar o processo de destruição do país. O povo precisa ir para as ruas, forçando a mudança desse panorama. Fora Bolsonaro!