terça-feira, 7 de dezembro de 2021

A frase do ministro

A desvalorização da vida por quem deveria zelar por ela. Assim pode ser definida a frase do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que disse: "As vezes é melhor perder a vida do que a liberdade". A declaração de Queiroga foi dada para justificar a não adoção do passaporte vacinal para viajantes que ingressem no país, conforme recomendação da Anvisa. O ministro afirmou, ainda, que não se pode discriminar pessoas, separando-as em vacinadas ou não. As posições de Queiroga são inaceitáveis para quem, pelo cargo que ocupa, tem de cuidar, prioritariamente, da saúde das pessoas e da preservação de vidas. Afora isso, são cientificamente insustentáveis. Como médico, Queiroga desonra sua classe ao privilegiar interesses políticos em detrimento das recomendações científicas. A única preocupação de Queiroga é agradar seu chefe, o presidente genocida Jair Bolsonaro. Sabedor de que dois outros médicos que ocuparam o mesmo cargo, Luiz Henrique Mandetta e Nélson Teich, foram demitidos por Bolsonaro por baterem de frente com suas absurdas posições, Queiroga sujeita-se a tudo para não ver seu período no ministério se encerrar da mesma forma. A população brasileira é a grande vítima dessa postura, pois fica desprotegida por um ministro da Saúde que coloca em risco suas vidas, em vez de as proteger.