sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

A polêmica do curso

O período de entressafra do futebol, quando os jogadores estão em férias, é um desafio para os veículos de comunicação. Afinal, sem a bola rolando, é preciso se esforçar para preencher os espaços esportivos de rádios, tevês, jornais e internet. A movimentação tímida dos clubes em termos de contratações também não tem ajudado. Talvez isso explique o porquê de um assunto se arrastar, há dias, no noticiário esportivo. "A polêmica do curso" é como se poderia denominar o fato em questão. Ela envolve o técnico do Grêmio, Renato, que já é polêmico por natureza. Renato não está participando do curso que a CBF instituiu para os técnicos de futebol receberem a licença "Pro", a maior existente no país. O técnico  negou-se a sacrificar dez dias de suas férias para frequentar o curso, que tem entre seus participantes nomes como Mano Menezes e Roger Machado. A partir daí, a imprensa, tanto a do Rio Grande do Sul como a do centro do país, tem criticado, e por vezes ironizado, a postura de Renato. Os mais catastrofistas afirmam que ele poderá perder o direito de ficar na área técnica nos jogos do Grêmio em 2019. Na verdade, Renato tem a possibilidade de realizar uma segunda edição do curso, em fevereiro, o que deverá, efetivamente, acontecer, livrando-o de qualquer transtorno. Renato não abre mão de aproveitar suas férias integralmente, o que é um direito que lhe assiste. As críticas ao técnico têm sido desproporcionais ao fato, que não possui a dimensão que lhe estão querendo atribuir. Não haverá nenhum prejuízo ou punição ao técnico pela atitude que tomou, o que irá frustrar, mais uma vez, os seus opositores.