quinta-feira, 12 de maio de 2022

A defesa das eleições

As manifestações feitas hoje pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Édson Fachin, sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas e do processo de aferição dos votos, ocorrem num momento de grande tensão institucional. O presidente genocida Jair Bolsonaro e ministros militares seguem colocando em dúvida a lisura das eleições e desejando participar da fiscalizaçào do pleito de outubro. Fachin deu um recado claro aos militares, ao dizer que a fiscalização das eleições é feita por forças desarmadas. O ex-capitão e seus auxiliares fardados tentam, de maneira explícita, desacreditar as eleições, e deixar no ar a ideia de que, caso sejam derrotados no pleito, não irào acatar o veredito das urnas. Há uma ameaça muito clara de golpe contra a ordem democrática. Um pronunciamento vigoroso contra essa tentativa de desacreditar as eleições e a Justiça Eleitoral já se fazia necessário há muito tempo. Faltando cinco meses para o pleito, é preciso rechaçar a tentativa de golpe que está em curso. As urnas eletrônicas brasileiras são extremamente confiáveis. Colocar em dúvida a legitimidade do resultado das eleições é a cópia, por parte de Bolsonaro, do mesmo estratagema fracassado de Donald Trump nos Estados Unidos. A razão também é a mesma, a de saber que será derrotado na eleição. Por isso, é imprescindível que se faça a defesa das eleições, e do estado democrático de direito, de forma enfática. O Brasil está em contagem regressiva para livrar-se do pior governo de sua história. Não se pode permitir que um golpe impeça que a vontade do eleitor brasileiro se expresse de maneira soberana.