quinta-feira, 22 de maio de 2014

Repetição

A cada ano, um fato se repete no Rio Grande do Sul, em relação ao Campeonato Brasileiro. Invariavelmente, o Inter é apontado, pela crônica esportiva local, como um dos favoritos ao título. O Grêmio, por sua vez, é visto com reservas por muitos, e apontado até, por alguns, como um dos participantes do Brasileirão que correm riscos de rebaixamento. Como expressa o dito popular, no entanto, a teoria, na prática, é outra, e, com a bola rolando, as previsões insistem em não se confirmar. Nas últimas oito edições da competição, o Grêmio ficou cinco vezes entre os quatro primeiros colocados, enquanto o Inter fez campanhas bem mais modestas. Nos dois últimos anos, essa diferença foi flagrante. Em 2012, o Grêmio foi 3º colocado, o Inter, 11º. Em 2013, o Grêmio foi vice-campeão, o Inter ficou em 15º lugar, correndo riscos de rebaixamento até a última rodada. Eis que chega 2014, e se verifica a repetição das previsões, que, mais uma vez, não se confirmam. Bastaram seis rodadas para que o Inter, até então líder da competição, caísse para o 4º lugar, ao empatar com o Coritiba em 1 x 1, no Couto Pereira,  e o Grêmio, ao vencer o Botafogo por 2 x 1, no Alfredo Jaconi, subisse para o 2º, com o mesmo número de pontos que o líder Cruzeiro, para quem perde, apenas, no saldo de gols. Poucas vezes se viu teimosia tão grande, tamanha insistência em impor conceitos que se chocam com a realidade. Como se costuma dizer, o papel aceita tudo. Pena, para tais teóricos, que o futebol, dentro de campo, seja indiferente às suas análises.