segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Linha auxiliar

Uma figura bizarra chamou a atenção no debate entre candidatos a presidente realizado pelo SBT no sábado. O candidato Padre Kelmon (PTB), agiu como linha auxiliar de Jair Bolsonaro (PL), chegando a provocar risadas em pessoas presentes ao estúdio. Kelmon afirma ser padre de um rito oriental da Igreja Católica, mas essa informação é contestada. Surgiu como substituto de Roberto Jefferson, cuja candidatura foi indeferida. O curioso é que um candidato tão ridículo quanto Kelmon, com um percentual de intenção de votos de 0%, seja convidado para debates, enquanto nomes da esquerda na mesma condição fiquem de fora. Com isso, pautas da direita, espectro político de Kelmon, são divulgadas, enquanto assuntos da esquerda não recebem o mesmo tratamento. A presença de um candidato como Kelmon nos debates é um achincalhe aos mesmos, retirando deles a esperada condição de seriedade, e transformando-os em espetáculos circenses de mau gosto. Para eleições futuras, a estrutura dos debates precisa ser repensada, sob pena deles perderem credibilidade.