quarta-feira, 27 de junho de 2012

Título encaminhado

Nada está decidido, é verdade, mas já é possível dizer que o título da Libertadores está encaminhado para o Corinthians. O time brasileiro não se intimidou com a Bombonera, sofreu um gol mas soube reagir, e colocou em campo, no segundo tempo, um jogador com a marca de uma estrela ascendente. Romarinho, vindo do Bragantino, foi o autor dos dois golaços que, no domingo, deram ao Corinthians a sua primeira vitória no Campeonato Brasileiro e, como se não bastasse, de virada sobre o seu maior rival, o Palmeiras. Pois, hoje, Romarinho entrou em campo e, no seu primeiro toque na bola fez o gol de empate para o Corinthians e arrefeceu o ânimo do Boca Juniors. Tendo passado sem derrota pela temível Bombonera, o Corinthians tem tudo para, no Pacaembu, impor-se ao adversário e conquistar o título da Libertadores. Uma conquista que, caso se confirme, será meritória, pois terá sido obtida de forma invicta. A campanha do Corinthians até aqui, é ótima. Marcou 20 gols e sofreu apenas quatro. Ainda que se saiba que o Boca joga fora de casa com a mesma naturalidade de quando está em seu estádio, o resultado da partida de hoje, somado ao fato de que o time do Corinthians é superior em qualidade, estão a indicar que a taça deverá ficar no Brasil.

Uma classificação sem brilho

A Espanha é a primeira finalista da Eurocopa de 2012. Prossegue, assim, com seu magnífico desempenho nos últimos anos, pois é a atual detentora do título da competição e também da Copa do Mundo. Um avanço notável para uma equipe que era conhecida por sempre "morrer na praia". Se os resultados são bons, o futebol mostrado pela Espanha, contudo, está longe de empolgar, e seu estilo de jogo, de trocas de passes que parecem intermináveis, começa a se tornar chato para o espectador. A Espanha chuta pouco ao gol, e assim, seus escores costumam ser minguados. Hoje, jogando contra Portugal, não passou de um 0 x 0, no tempo normal e na prorrogação, obtendo a classificação, apenas, na cobrança de tiros livres da marca do pênalti. Como vem alcançando êxito com essa forma de jogar, a Espanha, por certo, não irá abandoná-la tão cedo. A partida de hoje, todavia, mostrou que os adversários já sabem como enfrentar a equipe espanhola. Faltou a Portugal, somente, uma maior ambição ofensiva para que conseguisse derrotar a Espanha. Na decisão de domingo, seja contra a Alemanha ou contra a Itália, a Espanha terá de jogar muito mais do que contra Portugal se quiser manter sua hegemonia continental. Seu futebol ainda é eficiente, mas carece de brilho.