sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Contrastes

Nada pode ser mais contrastante que o final de ano dos torcedores de Grêmio e Inter. O término do Campeonato Brasileiro foi melancólico para o Grêmio, que, dos 12 últimos pontos disputados, ganhou apenas um. Com isso, terminou o Brasileirão num modesto 7º lugar, e ficou de fora da Libertadores depois de disputá-la nos dois últimos anos. Com o Inter, tudo foi diferente, pois, dos últimos 15 pontos disputados na competição, ganhou 13, e classificou-se para a principal competição sul-americana de forma direta, sem ter de enfrentar a fase prévia. O mais estranho é que esses desempenhos dos dois clubes aconteceram imediatamente após uma goleada do Grêmio sobre o Inter por 4 x 1. A velha afirmativa do conselheiro do Inter, Ibsen Pinheiro, de que vitória em Gre-Nal arruma a casa do vencedor e desarruma a do derrotado, dessa vez, não se confirmou. O Inter, que irá escolher o seu novo presidente amanhã, promete não economizar para formar um time forte, capaz de lutar pelo título da Libertadores. O Grêmio, que empossou Romildo Bolzan como presidente para o biênio 2015/2016 na quarta-feira, só aponta para corte de gastos, saída de grandes jogadores e pouquíssimas contratações. Para um clube que vive uma exasperante escassez de títulos há muitos anos, o panorama não poderia ser mais desolador. Há um ditado que expressa que não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe. No caso do Grêmio, até a sabedoria popular, pelo visto, está sendo contrariada.