quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Uma comunicação nem um pouco social

A chamada "grande imprensa" reage ferozmente a qualquer tentativa de reforma da mídia no país, mas ela é necessária, e inadiável. A Comunicação Social praticada no país, não faz jus ao nome. A área de comunicação, no Brasil, não é nem um pouco social. Os veículos de imprensa estão submetidos aos interesses financeiros e políticos de seus proprietários, em detrimento dos anseios da população. Muitos dos procedimentos dos meios de comunicação brasileiros ferem a legislação do setor. Um exemplo disso é o que fazem algumas redes de televisão que vendem espaços de sua programação para terceiros, o que é vedado pela lei. Há, também o descumprimento dos percentuais obrigatórios de conteúdo jornalístico e de produções locais. Toda a vez que é levantada a ideia de se fazer uma reforma midiática no país, os barões da imprensa reagem com a alegação de "ameaça á liberdade de expressão". Conversa fiada. A reforma é necessária justamente para que os meios de comunicação sejam um recurso de expressão da sociedade, e não um mero instrumento a serviço das oligarquias brasileiras. A ex-prefeita de São Paulo, Luíza Erundina, declarou, recentemente, que a reforma midiática é mais urgente, para o Brasil, do que a agrária. Erundina tem toda a razão. O governo vem empurrando essa questão com a barriga faz tempo. Está na hora dele enfrentar a chiadeira dos veículos de comunicação, e promover essa mudança tão fundamental para o país.