sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Postura inadequada

As recentes declarações do Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, mais um integrante do governo envolvido em denúncias de corrupção e ameaçado de perder o cargo, talvez expliquem, ao menos em parte, o porquê de tamanho  descalabro no primeiro escalão do poder federal. Depois de dizer que só sairia do ministério abatido à bala, Lupi, dois dias depois, pediu desculpas à presidente Dilma Roussef por sua agressividade e disse que a ama. Ora, tanto uma como outra declaração são absolutamente inadequadas para quem ocupa um cargo tão importante. Entre os tantos requisitos para que alguém ocupe um cargo relevante deve estar, por certo, o de saber manter uma postura condizente com sua posição. A maneira pouco protocolar de se expressar do ministro Lupi faz pensar que uma das razões para tantos acusações de malfeitos envolvendo ministros é a de que os escolhidos para tais cargos não possuem o nível moral e comportamental que funções dessa envergadura naturalmente exigem. A maneira como se expressou o ministro nas duas ocasiões faz com que nos sintamos constrangidos, ao constatarmos que se trata de uma autoridade do governo. O sistema de preenchimento de cargos nas diversas esferas de governo, hoje em dia, está submetido, apenas, às injunções políticas, sem levar em conta a qualificação pessoal dos indicados. O resultado está aos olhos de todos.