quinta-feira, 30 de junho de 2011

Ringo Starr no Brasil

Depois de Paul McCartney, que já esteve algumas vezes no Brasil, será a vez de Ringo Starr vir ao país. Ringo fará shows em seis cidades brasileiras, começando por Porto Alegre, no dia 10 de novembro. Não poderia haver notícia melhor para os beatlemaníacos como eu e outros tantos. Em termos de shows, Porto Alegre tem vivido tempos inigualáveis. Depois da vinda de Paul McCartney, em novembro de 2010, teremos, em 2011, a volta de Eric Clapton, dez anos depois de seu primeiro show por aqui, e Ringo se apresentando em Porto Alegre pela primeira vez. São artistas de notável qualidade, cujo brilho nem o tempo é capaz de afetar. Os sexagenários Paul e Clapton, e o septuagenário Ringo, continuam empolgando as platéias onde quer que se apresentem. Em termos musicais, por certo, Porto Alegre está vivendo a sua época de ouro, trazendo para cá artistas que se julgava que jamais passariam por aqui. Usufruir disso é sem dúvida, um privilégio do qual não se pode abrir mão. Welcome Ringo!

Renato

Renato não é mais o técnico do Grêmio. Se pediu para sair, como vem sendo divulgado, ou foi demitido, tanto faz. Desde o início, ficou claro que o presidente do Grêmio, Paulo Odone não tinha em Renato o técnico dos seus sonhos. Odone é adepto da idéia de que existe um futebol à moda gaúcha, feito de superação, garra, sacríficio e, principalmente, marcação forte e cuidados defensivos. Renato é a antítese de tudo isso. Afora isso, Renato tem um estilo descontraído, folgazão, na linha "chopinho em Ipanema e Leblon", como disse o próprio presidente em sua entrevista após o jogo contra o Avaí. Também isso não combina com Odone, um homem vaidoso e apreciador da hierarquia. Odone se viu obrigado a manter Renato, contratado pela administração anterior, porque o técnico pegou o Grêmio na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro de 2010 e o classificou para a Libertadores, sem contar que é o maior ídolo da história do clube. Tudo que o presidente esperava era que se criasse uma oportunidade para a saída de Renato, o que acabou acontecendo com o desastroso empate em 2 x 2 com o Avaí, em pleno estádio Olímpico. Todos imaginavam uma vitória fácil do Grêmio, quem sabe, até, por goleada, mas ela não veio. Pior, aos 4 minutos do primeiro tempo, o Avaí fez 1 x 0. O Grêmio, a partir daí, mostrou-se um time confuso, sem esquema, cada um jogando por si, com atuações individuais calamitosas, como foi o caso, especialmente, de Lúcio e William Magrão. No segundo tempo, mesmo ficando com um jogador a mais em campo, o Grêmio sofreu o segundo gol, numa falha grotesca de Fábio Rockembach. A entrada de Miralles, que fez sua estréia, melhorou um pouco a produção do time que, no entanto, conseguiu apenas o empate, nos acréscimos, contra o lanterna do Brasileirão. O desfecho não poderia ser outro senão a saída de Renato, que não estava conseguindo fazer o time reagir. A culpa da diretoria por tudo o que vem acontecendo com o Grêmio dentro de campo em 2011 também é evidente, pois não deu a Renato um material humano qualificado, deixando de repor perdas como as de Paulão e Jonas, e não contratando reforços no início do ano. Porém, tudo isso é passado. O Grêmio precisa seguir em frente e, para isso, é muito importante a definição do novo técnico. Dentre os nomes que vem sendo cogitados, Celso Roth seria uma escolha absurda, e Adílson Batista uma insanidade. O melhor, entre os especulados, é Cuca, ainda que não tenha conquistado grandes títulos. Já quanto a Renato, no coração do torcedor nada mudou. Sua relação com a torcida e o clube segue indestrutível, como bem demonstraram suas lágrimas na entrevista de despedida. Renato é, e continuará sendo, o maior ídolo da história do Grêmio.