quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Debate final

Na noite de hoje foram realizados os últimos debates televisivos entre os candidatos a prefeito das capitais e  cidades de maior porte. Trata-se da última chance do eleitor ratificar ou rever sua intenção de voto. O modelo dos debates, com suas regras rígidas, sem que haja a possibilidade de um confronto direto entre todos os candidatos, está longe do ideal, mas é melhor assim do que não realizá-los. No caso específico de Porto Alegre, um dado que merece ser ressaltado é que todos os candidatos, sem exceção, mostraram ter preparo e conhecimento para participar do processo eleitoral. Não há nenhum concorrente folclórico, do tipo que agride o idioma ou mostra total desconhecimento sobre os temas abordados. Em relação ao desempenho de cada um, o formato do debate não favorece a que alguém "roube a cena", pois as intervenções são com tempo limitado. O que se pode notar é a maior ou menor segurança com que cada um se pronuncia. Nesse aspecto, dois candidatos chamaram a atenção. O atual prefeito, José Fortunati (PDT), parecia ser o mais tranquilo, certamente respaldado pelas pesquisas que apontam a possibilidade de que ele vença a eleição ainda no primeiro turno. Adão Villaverde (PT), a exemplo do que já se percebia nos programas eleitorais, mostrou-se tímido e um tanto nervoso. Em relação aos demais concorrentes, Manuela D'Ávila (PCdoB) não chegou a se destacar, Roberto Robaina (PSOL) assumiu o papel de franco atirador e foi o mais agressivo, Jocelin Azambuja (PSL) mostrou firmeza em suas intervenções e Wambert di Lorenzo (PSDB) pareceu o mais vago em suas propostas. Em geral, todos mostraram conhecimento sobre as questões abordadas. Particularmente, independentemente de quem venha a ser eleito, desejo que a disputa vá para o segundo turno, pois isso possibilita uma escolha mais amadurecida por parte do eleitorado.