segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

A iniqüidade do capitalismo

Os adeptos do capitalismo dizem que é o sistema econômico que mais gera riquezas. A questão fundamental, no entanto, não é essa. Afinal, de nada adianta gerar riqueza se houver má distribuição da mesma e uma enorme desigualdade social. Levantamentos recentemente divulgados dão conta de que 87% de toda riqueza gerada no mundo em 2017 ficou com apenas 1% da população. No Brasil, cinco pessoas possuem a mesma renda de metade dos habitantes do país. Será que é preciso apresentar qualquer outro argumento para evidenciar a iniqüidade do capitalismo? Só os muito ingênuos ou irremediavelmente burros podem acreditar que o capitalismo seja compatível com uma sociedade justa e democrática. A desigualdade é inerente ao capitalismo, que dela se nutre. Os únicos beneficiários desse regime econômico são as grandes empresas e os bancos. As políticas de "austeridade" defendidas pelos governos de direita resultam em maiores índices de desemprego, salários aviltados, ampliação do fosso social, aumento da violência, transferência de patrimônio público para mãos privadas, deterioração dos serviços essenciais para a população. O culto á "meritocracia" e ao "empreendedorismo" nada mais é do que um discurso bem embalado para justificar o darwinismo social, onde os mais fortes submetem os menos favorecidos de forma cruel e implacável. Os defensores do "mercado" sonham com uma sociedade sem empregos formais e garantias trabalhistas, onde as pessoas tenham de trabalhar a vida inteira, por valores irrisórios, e sem direito à aposentadoria. Onde viceja o capitalismo, fenece a esperança de um mundo melhor.