terça-feira, 4 de março de 2014

O anticlímax da Copa

Nem nas minhas projeções mais pessimistas eu poderia esperar algo como o que se vê hoje, quando faltam apenas 100 dias para o início da Copa do Mundo, no Brasil. O clima de entusiasmo em relação à competição, praticamente, inexiste, e vive-se um anticlímax. As críticas feitas pela imprensa à escolha do Brasil como sede da competição, que imaginei que refluiíssem quando sua realização se aproximasse, permaneceram candentes. Os protestos continuam ocorrendo em todo o país, na linha do "Não vai ter Copa", "Nós queremos hospitais padrão Fifa", e outros. Sim, é verdade que as obras, como se esperava, foram, e muito, superfaturadas, que o atraso na conclusão dos estádios é vergonhoso, e que as construções de mobilidade urbana, em sua maioria, não ficarão prontas antes da Copa. Porém, mesmo se levando tudo isso em conta, é preciso lembrar que o Brasil vai sediar, pela segunda vez em sua história, a maior competição do futebol mundial. A primeira Copa realizada no Brasil foi há 64 anos, logo, assistir a competição em seu país será uma experiência inédita para a maioria dos brasileiros. Pela primeira vez, todos os campeões da história da Copa do Mundo estarão presentes numa mesma edição da competição. Só isso já serve para fazer da Copa de 2014 um espetáculo singular. Faltando, apenas, 100 dias para o início da disputa, os críticos sistemáticos e os ranzinzas de plantão bem poderiam mudar seu comportamento, para que todos nos empenhássemos em fazer da Copa de 2014 um acontecimento exitoso. Sediar uma Copa é um privilégio, não um castigo.