segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Ficou melhor para o Grêmio

No sorteio das quartas de final da Copa do Brasil, realizado, hoje, na sede da CBF, o Grêmio ficou, teoricamente, em melhor condição que o Inter. O Grêmio vai jogar contra o Fluminense, e a segunda partida será na Arena. O Inter enfrentará o Palmeiras, e o segundo jogo ocorrerá no Allianz Parque. A vantagem do Grêmio sobre o seu maior rival é dupla. Afora realizar o segundo jogo em casa, o Grêmio irá se defrontar com um adversário menos qualificado que o do Inter. Embora estejam separados por apenas um ponto no Campeonato Brasileiro, Fluminense e Palmeiras vivem momentos distintos na competição. Enquanto o Fluminense, que tem 33 pontos, vem caindo na tabela a cada rodada, o Palmeiras, com 34 pontos, vem subindo posições. No momento, o Fluminense é 7º colocado, e o Palmeiras, 4º. A torcida de Grêmio e Inter era para que o sorteio lhes apontasse como adversários o Vasco e o Figueirense. No entanto, como expressa o ditado, o raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Grêmio e Inter já haviam tido sorte nas oitavas de final, quando lhe couberam como adversários, respectivamente, Coritiba e Ituano. Porém, embora sejam difíceis, os confrontos contra Fluminense e Palmeiras estão longe de assustar a dupla Gre-Nal. Se ambos  se classificarem, haverá grenais nas semifinais, pois os dois grupos terão de cruzar entre si. Portanto, nesse ano, ainda não será possível uma decisão da Copa do Brasil entre Grêmio e Inter. O sonho de realizar uma decisão caseira, como Atlético Mineiro e Cruzeiro fizeram em 2014, terá de ficar mais para a frente.

domingo, 30 de agosto de 2015

Goleada surpreendente

O Inter foi goleado pelo Avaí por 3 x 0, na manhã de hoje, na Ressacada, pelo Campeonato Brasileiro. A goleada, sem dúvida, foi surpreendente, pois o Avaí estava na zona de rebaixamento, e o Inter permanecia invicto com o técnico Argel Fucks. A arbitragem deixou de marcar um pênalti claro em favor do Inter, no início do jogo, mas isso, por si só, não explica um placar tão elástico. Até então, o Inter só havia sofrido um gol sob o comando de Argel. Na verdade, o número de jogos do Inter com o novo técnico ainda era muito reduzido para que se fizessem projeções tão otimistas como as que se viam na imprensa esportiva do Rio Grande do Sul. Há técnicos que chegam em um clube e emendam algumas vitórias, mas logo vem o decréscimo do time e o retorno aos maus resultados anteriores à sua contratação. Foi assim, nesse mesmo Brasileirão, com Celso Roth, no Vasco, e Vanderlei Luxemburgo, no Cruzeiro. Se alguém ainda tinha ilusões quanto às chances do Inter na competição, elas devem ter se desfeito. Ao Inter nada mais resta do que apostar suas fichas na Copa do Brasil, pois, na principal disputa do país, restou-lhe, apenas, cumprir tabela, sem nada aspirar.

Tropeço indigesto

O Grêmio empatou em 0 x 0 com o Coritiba, na Arena, na manhã de hoje, pelo Campeonato Brasileiro. Foi um tropeço, inegavelmente, e dos mais indigestos. Afinal, dos três primeiros colocados do Brasileirão o Grêmio foi o único a jogar em casa, e contra o adversário mais fraco, um integrante da zona de rebaixamento. No entanto, só empatou, enquanto Corinthians e Atlético Mineiro, na condição de visitantes, venceram seus jogos. Com isso, a distância do Grêmio para os dois aumentou, tornando a possibilidade da conquista do título mais distante. Nos últimos anos, o Grêmio tem sempre chegado entre os primeiros colocados da competição, mas não conquista o título por desperdiçar pontos preciosos contra adversários pequenos e médios. O Grêmio ainda está invicto na Arena, mas os empates contra Sport e Coritiba tiraram do clube pontos irrecuperáveis. A campanha do Grêmio, na média, é muito boa, e a classificação para a Libertadores deverá se confirmar sem maiores problemas. Porém, um grande clube vive de títulos. O torcedor do Grêmio não aguenta mais as boas campanhas sem que taças sejam conquistadas. Ainda que o intenso calor de um jogo pela manhã, somado ao cansaço acumulado pelo excesso de partidas, sejam fatores consideráveis para o resultado de hoje, uma torcida que leva 46 mil pessoas ao estádio merecia ser brindada com uma vitória. Um amor tão grande do torcedor por seu clube impõe, para que seja devidamente retribuído, o retorno às grandes conquistas. O jejum de títulos já se prolongou por tempo demasiado, não pode continuar.

sábado, 29 de agosto de 2015

A volta de Lula

O que vinha sendo especulado há muito tempo começa a ganhar contornos mais concretos, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá se candidatar novamente ao cargo em 2018. A volta de Lula é um fantasma que atormenta a oposição, pois ele é uma liderança popular inegável. Em entrevista a uma rádio de Minas Gerais, Lula afirmou que, se for necessário, vai disputar as eleições presidenciais de 2018. Lula revelou que, a partir de agora, terá uma atividade política mais intensa, viajando pelo país. Embora tenha declarado que não pode dizer se será candidato ou não, Lula destacou que se a oposição pensa que vai ganhar, que não vai ter disputa, e que o PT está acabado, ele irá concorrer, e trabalhar para que ela não ganhe as eleições. Caso venha a se confirmar, a candidatura de Lula dará uma dimensão extraordinária para a eleição de 2018. Mesmo com o baixo índice de popularidade do governo, e os constantes ataques contra Lula por parte da imprensa de direita, suas possibilidades eleitorais nunca podem ser desprezadas.O desprestígio do governo e do PT é episódico, a força de Lula junto ao eleitorado é permanente. Afora isso, faltam, ainda, três anos para as eleições, e muitas mudanças podem ocorrer, nesse período, no humor da opinião pública, ou seja, a rejeição momentânea ao PT pode não permanecer até lá. A oposição deve estar perdendo o sono com a intenção de Lula, pois, até, hoje, não conseguiu formar uma liderança com a mesma expressão política. Os que apostavam no fim do ciclo do PT no poder, agora, por via de artifícios golpistas, ou pelas urnas, nas próximas eleições, correm o risco de ter de adiar os seus planos para bem mais adiante.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Desejo oculto

Desde ontem, com a definição da classificação de Grêmio e Inter para as quartas de final da Copa do Brasil, um show de cinismo tomou conta da imprensa esportiva do Rio Grande do Sul. Antes de especificá-lo, façamos algumas considerações obrigatórias. A imprensa esportiva gaúcha sempre foi constituída por uma maioria ampla de profissionais identificados com o Inter. Esse fato pode ser facilmente constatado por qualquer pessoa que passe alguns dias no Rio Grande do Sul e tome conhecimento da cobertura esportiva local. Evidentemente, essa postura não é assumida oficialmente. Se alguém lhes aponta a parcialidade flagrante, os profissionais falsamente isentos transferem para o acusador a pecha de fanático, e assumem a condição de vítimas. Bem, vamos, então, ao show de cinismo referido acima. A maior parte da crônica esportiva gaúcha diz torcer para que o sorteio dos enfrentamentos das quartas de final da Copa do Brasil, que será realizado na próxima segunda-feira, estabeleça o confronto entre Grêmio e Inter. O argumento que embasa essa preferência é de que isso garantiria a classificação de pelos menos um dos dois para as semifinais, ao passo que, caso enfrentem adversários diferentes, ambos poderiam ser eliminados já na próxima fase. Essa justificativa é risível, pois nada garante que, chegando um deles nas semifinais, vá conseguir ultrapassar essa fase e se classificar para a decisão. Se a intenção fosse, verdadeiramente, escolher a melhor hipótese para os interesses do futebol gaúcho, essa seria, sem dúvida, a de que Grêmio e Inter fossem sorteados para enfrentar Vasco e Figueirense, os dois times mais fracos dentre os que restaram na competição, o que praticamente garantiria a classificação de ambos para as semifinais. O que há, no caso, é um desejo oculto de quem defende a realização de grenais já na próxima fase, de que o Inter tenha uma chance, o quanto antes, de obter uma revanche da goleada de 5 x 0 que sofreu do Grêmio há 19 dias. O histórico e humilhante resultado ficou entalado na garganta de muitos cronistas "isentos", que não suportam a ideia de ver o Grêmio disputando com chances de obter o título tanto o Campeonato Brasileiro como a Copa do Brasil. A desclassificação do Inter na Libertadores, com cuja conquista já contavam, somado à goleada no Gre-Nal, transformou a vida desses cronistas num tormento. Sua vontade, perceptível, embora não declarada, é de que a atual boa fase do Grêmio tenha fim, e que o Inter ainda possa se reerguer em 2015. O único problema para a realização dessa aspiração é a de que ela depende da sorte, portanto, é aleatória. Se fosse no âmbito meramente estadual, tudo estaria resolvido, já que a Federação Gaúcha de Futebol é um feudo do Inter. No plano nacional, os "isentos" profissionais da imprensa esportiva gaúcha sofrem bem mais para verem suas pretensões se realizarem.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Confirmações

Grêmio e Inter venceram seus jogos de hoje à noite pelas oitavas de final da Copa do Brasil, contra Coritiba e Ituano, respectivamente, e estão classificados para as quartas de final da competição. Os resultados foram confirmações das expectativas que existiam quanto aos confrontos, desde que eles ficaram definidos, por sorteio. A dupla Gre-Nal já havia vencido os primeiros jogos, e encaminhado a classificação. O Inter jogou mais cedo, no Novelli Júnior, e marcou um gol aos 5 minutos de partida, o que, na prática, inviabilizou qualquer chance de reversão por parte do Ituano. O Ituano ainda conseguiu o empate, mas, quando ensaiava a possibilidade de uma virada, o Inter marcou o seu segundo gol, e estabeleceu o placar final de 2 x 1. O Grêmio, um pouco mais tarde, na Arena, venceu o Coritiba por 3 x 1. O jogo, ao contrário do que o placar possa indicar, não foi fácil. O primeiro gol do Grêmio só aconteceu aos 37 minutos do primeiro tempo, e, logo depois, numa falha de Marcelo Oliveira, o Coritiba chegou ao empate. No segundo tempo, o Grêmio conseguiu o desempate, mas nem isso trouxe tranquilidade total. O Coritiba seguiu combativo e, próximo ao final do jogo, ainda chutou uma bola no travessão. A tranquilidade absoluta só veio com o terceiro gol, aos 49 minutos do segundo tempo, com um pênalti marcado equivocadamente, pois a falta ocorreu fora da área. Durante todo o jogo, o Coritiba abusou da rispidez, que não foi devidamente coibida pelo árbitro, ainda que dois de seus jogadores tenham sido expulsos, e não esmoreceu em nenhum momento da partida. Depois do jogo, o técnico do Coritiba, Ney  Franco, disse que essa combatividade foi uma orientação sua para o time, pois estava jogando com os reservas contra o Grêmio titular. Como sabe que no domingo, em novo jogo entre os dois clubes, pelo Campeonato Brasileiro, o Grêmio irá com o mesmo time que jogou hoje, enquanto o Coritiba estará com o seu time titular, que foi poupado hoje, Ney Franco quer tirar proveito de um possível cansaço do Grêmio. Superada essa fase, Grêmio e Inter aguardarão, agora, o sorteio que, na próxima segunda-feira, apontará os seus adversários nas quartas de final. Esses jogos, no entanto, só serão realizados no final de setembro. Até lá, sete rodadas do Brasileirão serão jogadas, e a sorte dos dois clubes nessa competição começará a ficar mais encaminhada, o que poderá influenciar, de alguma forma, o seu rendimento na Copa do Brasil.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Crime chocante

O assassinato de uma repórter e um cinegrafista, durante uma transmissão ao vivo, nos Estados Unidos, é mais um capítulo das mortes violentas por armas de fogo naquele país. Um crime chocante, por ser testemunhado ao vivo por telespectadores. O assassino, ex-funcionário da mesma emissora de TV da repórter e do cinegrafista, morreu horas depois, num hospital, em decorrência de ferimentos autoinfligidos numa tentativa de suicídio. A mulher que estava sendo entrevistada no momento do ataque, recebeu um tiro nas costas, mas foi operada e sobreviveu. Esse crime, como tantos outros do gênero que ocorrem com frequência nos Estados Unidos, mostram as consequências da liberalidade com que aquele país trata o porte e uso de armas. O Brasil, com o Estatuto do Desarmamento, adotou um posicionamento muito adequado em relação ao assunto. No entanto, muitas pessoas defendem abertamente a liberação do porte de armas para a população como uma forma do cidadão "se defender". Demagógica e irrefletidamente, argumentam que enquanto os bandidos estão armados, as pessoas não tem possibilidade de se defender por não poderem fazer o mesmo. Raciocínio rasteiro. Pessoas comuns não estão habilitadas a usar armas, algo que exige preparo técnico e, principalmente, psicológico. Será que os defensores dessa tese não aprendem com o exemplo americano? A absoluta facilidade com que qualquer pessoa pode adquirir uma arma nos Estados Unidos faz com que, com uma constância inquietante, ocorram chacinas, nas quais inocentes são vítimas de indivíduos desequilibrados. Os americanos insistem em não tomar medidas práticas a respeito, pela enorme resistência cultural que possuem a que se restrinja o acesso às armas. O preço que tem pago por isso é alto, com o desperdício de vidas. Saudemos a legislação brasileira nessa questão. Uma população armada é uma ameaça a si própria. Desequilibrados ou não, os que cometem crimes como o assassinato dos dois profissionais de imprensa só o fazem pela facilitação do acesso às armas. Não copiemos o mau exemplo dos Estados Unidos. O Estatuto do Desarmamento não deve ser revogado. Ele é um exemplo de bom senso.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Um estranho no ninho

A busca da governabilidade leva, muitas vezes, à coalizões exóticas e concessões estapafúrdias no campo político, mas para tudo existe um limite. A escolha de Joaquim Levy para ministro da Fazenda do governo da presidente Dilma Rousseff foi uma demasia. Com a gravidade da crise econômica que se abateu sobre o país, Dilma Rousseff procurou, com a nomeação de Levy, provavelmente, "acalmar o mercado", mas a iniciativa, como não poderia deixar de ser, já se mostra fracassada. Comenta-se que já se cogita da saída de Levy, e de sua substituição pelo atual ministro do Planejamento, Nélson Barbosa. A alegação é a de que Levy não tem "traquejo político". Na verdade, Levy é um estranho no ninho do governo. Seus conceitos são neoliberais, e os remédios que prescreve para a economia são os costumeiramente utilizados pela direita, ou seja, "austeridade", corte de gastos públicos, redução dos direitos trabalhistas, contenção dos salários. Seu figurino se adaptaria exemplarmente a uma administração do PSDB, mas nada tem a ver com um governo encabeçado pelo PT. A nomeação de Levy teve efeitos bem mais modestos junto ao mercado do que os pretendidos. A frequente revogação de medidas defendidas pelo ministro apenas evidencia que ele é um corpo estranho no governo. O melhor que poderia acontecer para o Brasil seria a sua queda. Um governo não pode administrar pensando em controlar insatisfações de quem quer que seja. Tem de governar de acordo com seus postulados e convicções. Se Levy sair do cargo, não deixará saudades.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Modismos alimentares

A revista "Veja", quando deixa de lado o seu panfletarismo rastaquera de direita, até é capaz de publicar algum material interessante. Esse é o caso da entrevista das "páginas amarelas" de sua mais recente edição. Nela, o filósofo americano Alan Levinovitz se debruça sobre um dos fenômenos sociais da atualidade, os modismos alimentares. Particularmente, me inquieta a escalada cada vez maior do proselitismo em torno da "alimentação saudável", cuja consequência é restringir, de forma crescente, as opções das pessoas à mesa. De uma hora para outra surgem "estudos científicos" sustentando os males para a saúde de certos alimentos ou aditivos. Assim, ganham corpo comportamentos alimentares como o vegetarianismo e as mais diversas dietas restritivas. Uma afirmação corrente nos dias de hoje é a de que "os seres humanos são o que comem". Levinovitz desfaz essa ideia, que, declara, com razão, é apenas acreditar em mágica. Ela leva à conclusão absurda de que alguém pode ser melhor ou pior dependendo do que come. Muitas pessoas se sentem culpadas por não comerem bem, o que, para Levinovitz, é ridículo. Os que lêem esse texto já devem ter percebido, por exemplo, a apologia que se faz, ultimamente, de produtos sem glúten ou lactose. No caso do glúten, esclarece Levinovitz, ele tem de ser evitado pelas pessoas portadoras da doença celíaca, que representam, aproximadamente, 1% da população. Fora desse grupo específico, só 3% a 5% das outras pessoas poderá desenvolver reações ao glúten. Portanto, todos os demais não tem nenhuma necessidade de evitar a ingestão da substância. Levinovitz rebate outros mitos em torno do assunto. O filósofo reconhece que o consumo excessivo de açúcar é um problema sério, mas revela que não há nenhuma comprovação científica da necessidade de eliminá-lo totalmente da dieta. Outra abordagem feita por Levinovitz é em torno dos que retiram carnes de sua dieta por serem contra a violência e o abate de animais. O fato de os animais serem mortos para servirem de alimento, destaca Levinovitz, não significa que eles farão mal ao organismo, pois maldade moral não se converte em prejuízo à saúde. Da mesma forma, Levinovitz salienta que dizer que alimentos orgânicos ajudam a prevenir o câncer não passa de um mantra religioso. Essa afirmação remonta ao conceito de que, num passado distante, tudo era natural, e todos eram mais saudáveis, o que não é verdade. Por fim, Levinovitz garante que a indústria alimentícia não é ameaçada por tais modismos, já que as mesmas empresas que vendem itens orgânicos são as que comerciam os que não se enquadram nessa classificação. Portanto, relaxe em sua preocupação com o que come. Afinal, como bem destaca Levinovitz em meio à sua entrevista, comer não é só um  hábito para ser saudável e manter o peso, é, também, divertir-se com amigos, desfrutar cultura e história. "Não podemos transformar os alimentos em remédios", afirma Levinovitz. Não é preciso pensar muito para concordar com a assertiva.

domingo, 23 de agosto de 2015

Sequência positiva

O Inter venceu o Atlético Paranaense por 2 x 0, hoje, no Beira-Rio, pelo Campeonato Brasileiro. Com isso, o Inter consegue uma sequência positiva, pois, nos últimos quatro jogos, somando o Brasileirão e a Copa do Brasil, obteve três vitórias e um empate, e não sofreu gols. A tarefa do Inter foi facilitada pelo fato de o Atlético Paranaense ter poupado jogadores. Aos dois minutos de jogo, Valdívia já abria o placar, o que prenunciava uma vitória larga do Inter, mas o primeiro tempo terminou sem a marcação de outros gols. No segundo tempo, o Inter teve um pênalti a seu favor, mas, como já ocorreu outras vezes nesse ano, D'Alessandro errou a cobrança. Ainda assim, o Inter ampliou o placar, com um gol de Paulão. As perspectivas do Inter na competição são modestas, mas os bons resultados voltaram, e isso sempre torna o ambiente melhor e acalma o torcedor.

Péssima atuação

O Grêmio empatou em 0 x 0 com a Ponte Preta, hoje, no Moisés Lucarelli, pelo Campeonato Brasileiro. Um resultado ruim, embora obtido fora de casa, pois foi contra um clube de menor porte, e fez o Grêmio se distanciar de Corinthians e Atlético Mineiro, que venceram seus jogos. Porém, o pior de tudo foi a atuação do Grêmio, de péssima qualidade. Diante de um adversário modesto, o Grêmio se mostrou um time descompactado e submetido à marcação. As chances de gol da Ponte Preta se sucediam, inclusive com duas bolas na trave, e o Grêmio não concluía. Mesmo assim, já próximo do final do jogo, o Grêmio perdeu um gol feito, que poderia lhe dar a vitória. A chance, no entanto, foi desperdiçada por Braian Rodriguez, de quem não se pode esperar nada. Várias desculpas foram apresentadas pelo técnico e jogadores do Grêmio para o mau desempenho. O calor de mais de 30 graus, a condição do gramado, muito duro, e o horário do jogo, às 11 horas da manhã. Seja como for, o rendimento do Grêmio ficou muito abaixo de qualquer expectativa, e pontos preciosos deixaram de ser ganhos, podendo fazer falta para que objetivos mais ambiciosos sejam alcançados no Brasileirão.

sábado, 22 de agosto de 2015

Os 50 anos da Jovem Guarda

Na data de hoje, há 50 anos, entrava no ar pela TV Record, de São Paulo, o programa "Jovem Guarda", apresentado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa. O nome do programa, exibido aos domingos à tarde, acabaria por ser, também, o de um movimento musical que marcou época e deixou saudades. O maior expoente da Jovem Guarda foi Roberto Carlos, que seria denominado de "Rei da Juventude" e é, ainda hoje, o maior astro da música brasileira. Porém, o movimento teve muitos integrantes, que gravaram vários sucessos. Foi assim com "Pobre Menina" e "Devolva-me", da dupla Leno e Lilian, "A volta", com Os Vips, "Pobre rapaz", com Wanderley Cardoso, "Coruja", com Deni e Dino, "Coração de Papel", com Sérgio Reis que, mais tarde, se tornaria cantor sertanejo, "Coisinha Estúpida", com George Friedman e Valdirene. Os parceiros de Roberto no programa também emplacaram seus sucessos, como é o caso de Erasmo com "Gatinha Manhosa" e "Sentado à beira do caminho", e Wanderléa com "Prova de Fogo" e "Pare o Casamento". Curiosamente, após o final da Jovem Guarda a maioria de seus integrantes não conseguiu permanecer em evidência. Apenas Roberto Carlos soube redirecionar sua carreira, mantendo-se sempre no topo. Como, em geral, ocorre com os movimentos musicais, a Jovem Guarda teve duração curta. A rigor, durou três anos. Com nítida influência da música jovem do exterior, Beatles principalmente, tantos nas composições quanto nas roupas e no visual de seus integrantes, o movimento teve seu estilo definido como "iê, iê, iê". Suas letras, hoje, soam ingênuas, mas embalaram uma geração que ainda encarava a vida com romantismo. Um contraste com a frieza e a aridez das relações nos dias de hoje. O tempo passa muito rápido, e não volta, mas ficam as suas marcas e lembranças. A Jovem Guarda é uma doce recordação para todos que a testemunharam. Seus cinquenta anos merecem ser comemorados, para ser rememorada por muitos e apresentada para os que não a conhecem.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Turbulência

Desde que o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff começou, em 1º de janeiro, o Brasil vive num estado de permanente turbulência. A inconformidade da oposição com a derrota nas urnas, os desdobramentos do "petrolão", a campanha sem tréguas da imprensa conservadora contra o governo, e a crise econômica, criaram um cenário de instabilidade, como há muio tempo não se via. Grupos saem à rua para pedir o impeachment de Dilma, outros fazem o mesmo para apoiá-la. Há quem defenda a renúncia da presidente. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, até pouco tempo o grande fantasma contra o governo, se vê acuado por denúncias de corrupção, e já há quem defenda o seu afastamento do cargo. O noticiário político transformou-se numa montanha russa, com seus principais personagens oscilando entre altos e baixos, na esteira de revelações que surgem  a cada dia. As instituições democráticas brasileiras nunca foram postas tão à prova como agora. Como se sabe, a democracia brasileira ainda é muito incipiente, tem apenas 30 anos contínuos, a partir de 1985, quando terminou a ditadura militar. Porém, ela tem demonstrado vigor nesse momento de instabilidade. Sejam quais forem os problemas que se apresentem no panorama político do país, o importante é que a normalidade institucional seja mantida. Crises devem ser superadas, não servir de mote para retrocessos e rupturas. Não é hora de aventuras. Até mesmo a imprensa internacional desaprova a ideia do impeachment. Está mais do que na hora de romper com a escalada de radicalização que se criou entre esquerda e direita no Brasil. Essa disputa tem de ocorrer nas urnas. Fora delas, cabe acatar os resultados por elas estabelecido, e, tanto em caso de vitória quanto de derrota, preparar-se para a próxima eleição.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Vitória tranquila

O Inter venceu o Ituano por 2 x 0, hoje à noite, no Beira-Rio, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Foi uma vitória tranquila, como se esperava. Afinal, coube ao Inter o confronto mais fraco dessa fase, pois o Ituano é o único dos remanescentes da competição que não disputa nenhuma das divisões do Campeonato Brasileiro. O jogo se resolveu logo para o Inter, pois os dois gols foram marcados muito cedo. Com isso, o Inter até poderia ter ampliado o placar, o que tornaria o segundo jogo apenas uma formalidade, mas o resultado se manteve até o final. Seja como for, a vantagem é muito ampla, e o Inter está virtualmente classificado para as quartas de final. Nesse momento de turbulência que vive o Inter, essa situação é tudo de que o clube precisava. A vitória acalma o ambiente, injeta confiança no futuro, e dá tempo ao novo técnico, Argel Fucks, para estruturar o seu trabalho. As perspectivas do Inter para o restante do ano parecem bem claras. Não há muito o que buscar no Brasileirão, pois o título é impossível, uma classificação para a Libertadores é quase utópica e a possibilidade de rebaixamento ainda é distante. Na Copa do Brasil, no entanto, o formulismo permite que o Inter possa sonhar com o título. Não é provável, mas é possível.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Boa fase

O Grêmio venceu o Coritiba por 1 x 0, hoje à noite, no Couto Pereira, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. A exemplo do que ocorrera domingo contra o Joinville, pelo Campeonato Brasileiro, o Grêmio jogou mal no primeiro tempo e foi dominado pelo adversário. No segundo tempo, também da mesma forma que no jogo anterior, o time melhorou de produção, tomou conta da partida, e acabou vencendo. Esses fatos caracterizam uma boa fase, em que os bons resultados são alcançados mesmo quando as atuações ficam abaixo do esperado. Em comum aos dois jogos, também, está a troca, no intervalo, de Pedro Rocha por Fernandinho. Pedro Rocha vive uma má fase, e Fernandinho tem entrado e sido um fator de desequilíbrio em favor do Grêmio, o que permite projetar a sua titularidade para breve. Com a vitória de hoje o Grêmio praticamente garantiu a classificação para as quartas de final, pois o segundo jogo contra o Coritiba será na Arena, e até mesmo um empate o levará adiante na competição. Com boa campanha em duas competições paralelas, o Grêmio tem grandes chances de acabar com o seu jejum de grandes títulos, que já dura longos e exasperantes 14 anos.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

A era das celebridades

Vivemos num tempo em que a busca da fama se tornou uma obsessão. Todos parecem querer se tornar uma "celebridade", da noite para o dia, ainda que essa condição seja obtida, apenas, pela maciça exposição de seu nome e imagem na "mídia", independentemente do fato de ter feito algo meritório para tanto. Não é à toa que, décadas atrás, o artista pop Andy Warhol já previa que um dia todos teriam os seus 15 minutos de fama. Na "era das celebridades", ser famoso é o que importa. Um exemplo bem característico disso ocorre com a ex-modelo gaúcha Andressa Urach. Circulando e trabalhando nos circuitos da moda e da mídia, Andressa não era, ainda, uma pessoa famosa, na acepção da palavra, embora estivesse disposta a pagar qualquer preço para atingir esse status. Ela tornou-se, efetivamente, conhecida em todo o Brasil, quando ficou entre a vida e a morte após aplicações de hidrogel em seu corpo. Adepta de cirurgias plásticas e intervenções estéticas de todo o tipo com o intuito de se tornar cada vez mais atraente, Andressa Urach quase pagou com a própria vida por tais excessos. Passado o dramático episódio, Andressa tornou-se notícia novamente por ter se convertido e se tornado evangélica, renegando a vida libertina que tivera até então. A partir de sua conversão, Andressa estaria fazendo um mea-culpa em relação ao passado, renegando sua busca pela fama a qualquer preço e a vida sexualmente promíscua, passando a manter-se casta, e usando roupas mais comportadas. Até aí, nada demais, casos semelhantes já ocorreram e se poderia, somente, questionar a sinceridade de tal mudança. Porém, Andressa não parou por aí, A ex-modelo está lançando uma biografia explosiva, onde revela, entre outros fatos, que perdeu sua virgindade com um meio-irmão, que já foi prostituta, que transou com jogadores da Seleção Brasileira e galãs de tevê, que inventou um romance lésbico "fake" para manter-se em evidência na mídia e, até mesmo, que sentia prazer em ter suas partes íntimas lambidas por um cachorro. Com um livro de tal conteúdo, Andressa não parece convencer em estar renegando a sua busca da celebrização a qualquer preço. Pelo contrário. Com tantas revelações escandalosas, Andressa está abraçando a ideia de que falem do seu nome, ainda que seja de modo negativo. Andressa pode ter mudado, ou não, o seu comportamento, a partir de sua alegada adesão à religião, mas sua aspiração de fama a qualquer custo, pelo visto, não se modificou.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Protestos

Enfim, ontem tivemos o dia de protestos, marcado com grande antecedência e amplamente divulgado, com o intuito de pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff. As manifestações ocorreram em todas as capitais do país, e em vários outros municípios. O barulho feito em torno de tais atos nas redes sociais, somado ao fato de as pesquisas apontarem uma baixíssima popularidade de Dilma Rousseff, levavam a crer que teríamos milhões de pessoas saindo às ruas, estabelecendo, de modo inequívoco, o desejo do povo brasileiro de destituí-la do cargo. Não foi o que se viu. Os mesmos veículos de comunicação que não escondem sua simpatia pelo impeachment foram obrigados a reconhecer que o número de pessoas presente ontem nas ruas foi muito abaixo do projetado. Esse foi o terceiro protesto com igual finalidade realizado nos últimos cinco meses. A repetição, em tão curto espaço de tempo, em vez de reforçar seu conteúdo, contribuiu para banalizá-lo. Não há dúvida de que o governo enfrenta problemas, e que muitas pessoas estão insatisfeitas, mas daí para um clamor majoritário das ruas solicitando a sua deposição vai uma distância muito grande. A avaliação é de que o número de participantes dos protestos de ontem foi um pouco maior do que em relação aos de abril, mas bem menor do que os de março. Não há nada de surpreendente nisso. As manifestações de março foram as primeiras, e atraíram pela novidade. Os atos de abril, por estarem, ainda, muito próximos dos realizados no mês anterior, ficaram um tanto esvaziados. Agora, transcorridos mais quatro meses, o interesse despertado foi um pouco maior. Um novo protesto foi marcado para o dia 7 de setembro, mas é improvável, pelo já exposto, que obtenha uma adesão maciça. Em resumo, as manifestações pró-impeachment representam a vontade de grupos bem identificados e da imprensa conservadora, e não traduzem o sentimento majoritário do povo brasileiro. O melhor a fazer seria tais grupos e seus apoiadores na imprensa acatarem o resultado legítimo das urnas, e esperarem a próxima eleição para terem, ou não, as suas aspirações atendidas. Democracia se faz respeitando as regras do jogo, não insuflando golpes.

domingo, 16 de agosto de 2015

Bom indício

O Grêmio venceu o Joinville por 2 x 1, de virada, hoje, na Arena, pelo Campeonato Brasileiro. A atuação do Grêmio não foi boa, e a vitória ocorreu com sofrimento, o que é um bom indício, pois quando um time vence mesmo sem jogar bem as chances de obter êxito numa competição aumentam muito. Vindo de duas vitórias espetaculares, contra Inter e Atlético Mineiro, o Grêmio foi surpreendido por um gol do Joinville logo no início do jogo. O time se mostrou perdido no primeiro tempo, sendo envolvido pelo adversário, que teve mais duas chances claras de gol. Na volta do intervalo, com a saída de Pedro Rocha para a entrada de Fernandinho, o Grêmio reagiu na partida. Ainda assim, a vitória custou a acontecer. O empate só veio aos 15 minutos, e o gol da virada aos 39. Mesmo num dia em que o time não jogou bem no aspecto coletivo, apareceram alguns destaques individuais. Os principais foram Galhardo, que teve sua regularidade premiada com o gol da vitória, numa belíssima cobrança de falta, e Fernandinho, que deu um novo ímpeto ofensivo ao Grêmio. O destaque negativo foi, mais uma vez, Pedro Rocha. Pelo terceiro jogo consecutivo, ele esteve tecnicamente mal. A tendência é que a troca feita hoje, durante o jogo, aconteça, também, na escalação, com Fernandinho se tornando titular. Seja como for, o Grêmio ganhou, o que era indispensável para que se mantivesse firme no G4. A classificação para a Libertadores e, até mesmo, a disputa do título são possibilidades cada vez mais concretas para o Grêmio.

sábado, 15 de agosto de 2015

O drama do Vasco

Um dos grandes clubes brasileiros, com a quarta maior torcida do país, o Vasco se encaminha para mais um rebaixamento no Campeonato Brasileiro, que seria o terceiro num espaço de apenas sete anos. O drama do Vasco se ampliou com a derrota por 1 x 0 para o Coritiba, hoje no Maracanã. Foi o segundo jogo consecutivo do Vasco como mandante contra um intewgrante da zona de rebaixamento, e neles o clube conseguiu apenas um ponto. Por mais que não se queira acreditar na queda do Vasco, a matemática insiste em demonstrar o contrário. Para que se salvasse de uma nova ida para a Segunda Divisão, o Vasco teria de, a partir de agora, fazer uma campanha de recuperação extraordinária, o que é altamente improvável. Para um clube que está retornando à Primeira Divisão em 2015, uma nova queda seria desastrosa. Grande como é, o Vasco não pode virar um clube "iôiô" , alternando subidas e quedas. O título de campeão estadual, ganho este ano depois de 13 de jejum, pode ter iludido o Vasco sobre suas possibilidades numa competição de nível mais elevado. Com a realidade amarga dos maus resultados, vieram a troca de técnico e a contratação de novos reforços que vão se acumulando a cada semana. Hoje, como não poderia deixar de ser diante de tantos resultados negativos acumulados, o técnico Celso Roth, o segundo do clube no Brasileirão, foi demitido. A tarefa para o próximo técnico, seja ele quem for, será hercúlea. Não será fácil salvar o Vasco. Porém, mesmo com tanta tendência de que o pior aconteça, vale torcer para que o clube consiga a façanha de evitar uma nova queda, pois ela não interessa a ninguém. Cada vez que um clube grande cai, o campeonato perde em brilho, pois em seu lugar entrará um de menor expressão. Rivalidades locais à parte, não é bom que o Vasco caia. Caso isso aconteça novamente, o clube mergulharia numa crise sem precedentes. O Fluminense, em 2009, conseguiu salvar-se com uma campanha impecável na reta final. Tomara que o Vasco encontre forças para fazer o mesmo.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

O desafio de Argel

Conforme vinha sendo especulado, Argel Fucks é o novo técnico do Inter. Os entraves para o acerto entre as partes foram superados, e Argel conseguiu fazer prevalecer sua vontade, assinando contrato até o final de 2016. Argel é uma aposta, e não um nome famoso como pretendia, inicialmente, o presidente do Inter, Vitório Píffero. Embora já trabalhe como técnico há um tempo considerável, o Inter é o seu primeiro clube grande. Será, portanto, uma prova de fogo para Argel, que terá de mostrar se tem condições de dar vôos mais altos em sua carreira. Seu estilo é o do técnico motivador, sanguíneo, como o Inter dizia desejar. Assim, será um contraste com o modo de ser do ex-técnico do Inter, Diego Aguirre, bem mais contido nas suas reações. Seja como for, o futebol exige muito mais do que palavras de ordem e recursos motivacionais. Será necessário que Argel demonstre qualidades no aspecto tático. O novo técnico do Inter terá de provar, também, ser capaz de treinar um grupo com jogadores famosos e caros, algo que, até hoje, não enfrentou em sua carreira. O desafio de Argel, como se vê, não é pequeno, mas, por isso mesmo, é muito estimulante para quem pretende subir na carreira. A chance foi dada, só resta Argel saber aproveitá-la.

Afirmação

A vitória do Grêmio por 2 x 0 sobre o Atlético Mineiro, ontem, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro, é a afirmação de um time, um atestado de maioridade. Depois da goleada histórica de 5 x 0 no Gre-Nal, havia dúvidas, por parte de alguns, sobre se havia sido um feito isolado ou se o time era verdadeiramente capaz de manter uma campanha entre os primeiros da tabela. Agora, com uma vitória consistente sobre o clube que liderava o Brasileirão até a rodada anterior, e considerado pela maioria o favorito da competição, o Grêmio se credencia não só para obter uma classificação para a Libertadores, mas, até mesmo, para o título. O Grêmio soube conduzir a partida, marcou seus dois gols em belos contra-ataques muito bem construídos, e mostrou que está com um time encaixado. Mais uma vez, a grande atuação coletiva favoreceu o aparecimento de destaques individuais. Como no Gre-Nal, todos jogaram bem, mas o melhor de todos foi Giuliano. Ele foi o autor dos passes certeiros para os gols. O ceticismo que cercava o Grêmio quanto às suas possibilidades na disputa vai se dissipando. Como o Grêmio terá, agora, uma sequência de jogos contra adversários pequenos e médios, a possibilidade de atingir a liderança deixou de ser uma miragem, e tornou-se palpável. O jogo de ontem deixou claro que o Grêmio já pode se considerar um candidato ao título.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Vitória providencial

O Inter venceu o Fluminense por 1 x 0, hoje à noite, no Beira-Rio, pelo Campeonato Brasileiro. Foi uma vitória providencial. Após a goleada histórica de 5 x 0 sofrida para o Grêmio, e da enorme crise que se instalou no clube, uma nova derrota teria efeitos desastrosos. O jogo foi de baixíssimo nível técnico, e o Inter não fez por merecer a vitória, mas, em termos práticos, ter ganho a partida é o que importa. O 0 x 0 seria o resultado mais justo pelo que produziram os dois times, e o gol só saiu próximo ao final da partida, de maneira fortuita, com uma bola que iria para fora, chutada por Vitinho, batendo no rosto do goleiro Diego Cavalieri e tomando o caminho das redes. Colaborou para a vitória do Inter, também, o descritério da arbitragem, que expulsou Marcos Júnior, do Fluminense, por uma falta cometida, e, num lance muito mais violento de Alex, do Inter, minutos depois, não tomou a mesma medida. Seja como for, o Inter venceu, o que ajuda a acalmar o ambiente. Agora, resta a expectativa para saber quem será o seu novo técnico, o que deverá ser definido, provavelmente, amanhã.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Argumentos golpistas

Obcecada com a ideia de retirar o PT do poder, o que tenta há anos sem sucesso, a revista "Veja" traz, em sua mais recente edição, uma entrevista com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado nas eleições presidenciais de 2014. Tanto as perguntas formuladas pela revista quanto as respostas do senador deixam clara a defesa da ideia do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os argumentos golpistas são disfarçados por uma pretensa defesa da lei e da Constituição. Aécio chega ao ponto de afirmar que golpe é tentar impedir o desfecho do impeachment no âmbito da Constituição. Conversa fiada. Os argumentos de Aécio e de "Veja" são golpistas, inegavelmente. Travestida de seriedade, a entrevista mais parece um fuxico de comadres que desejam derrubar o governo a qualquer custo. Chega-se ao ponto de ser sugerida a adoção do parlamentarismo como uma "saída para a crise", quando a intenção, apenas, é transformar a presidente Dilma numa rainha da Inglaterra, retirando-lhe os poderes. Num dos trechos da entrevista, Aécio declara que o caminho mais curto para diminuir a corrupção é tirar o PT do governo. Na sua última resposta, o senador é mais claro, ainda, sobre suas intenções, e afirma que quem tem condições de tirar o país da crise é o PSDB. Acrescentou que acredita que, em breve, o partido será chamado a assumir sua responsabilidade de tirar o Brasil "desse poço sem fundo em que o PT nos enfiou". "Estamos preparados para isso", concluiu. Pelo visto, Aécio sofre de amnésia, pois esquece que a corrupção é uma prática comum ao seu partido. Afinal, o primeiro "mensalão", até hoje não julgado, foi do PSDB. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, também do PSDB, como Aécio, comprou parlamentares para obter a aprovação da reeleição para cargos executivos, medida tomada em benefício próprio. Aécio e "Veja" são lobos em pele de cordeiro, fingindo-se de paladinos da ética e da democracia para fomentarem um golpe. Como tantas outras tentativas torpes, praticadas pela revista, de inviabilizar governos legitimamente eleitos, essa também irá fracassar.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Metendo os pés pelas mãos

Poucas vezes se viu alguém tão desastrado em suas ações quanto o presidente do Inter, Vitório Píffero. Escudado em feitos do passado, Píffero retornou ao cargo, que já exercera em dois mandatos sucessivos de 2010 a 2013. Nesse período, obteve o segundo título de Libertadores do clube, em 2010. Anteriormente, como vice-presidente de futebol na administração de Fernando Carvalho, foi campeão da América e do Mundial de Clubes em 2006. Essas conquistas criaram no próprio Piffero, e em muitos torcedores, a ideia de um superdirigente, capaz de obter grandes glórias sempre que estivesse no poder. Após Giovanni Luigi, seu sucessor, também ter cumprido dois mandatos consecutivos, Piffero voltou à presidência do Inter com uma consagradora vitória nas urnas, derrotando o candidato da situação, Marcelo Medeiros. Afinal, Luigi só conquistara campeonatos gaúchos, e os torcedores sonhavam com feitos maiores, que Píffero, por suas conquistas anteriores, estaria apto a obter.. A memória das pessoas, nestas horas, costuma ser seletiva, e os que votaram em Píffero certamente esqueceram que ele era o presidente do clube quando, em 2010, o Inter viveu o maior vexame da sua história, sendo derrotado por 2 x 0 pelo Mazembe, do Congo, nas semifinais do Mundial de Clubes. Píffero tem algumas características pouco desejáveis num dirigente, pois é boquirroto e arrogante. Afora isso, sua ideia de como administrar o Inter é fruto de uma visão mitômana, calcada na contratação de técnicos e jogadores de grande fama, o que implica no pagamento de altos salários. Esses traços de personalidade parecem ter se exacerbado e, nessa sua volta ao poder, Píffero vem metendo os pés pelas mãos. Contratou um técnico que não desejava, trouxe jogadores caros, cujo retrospecto recente era ruim, e que acabaram dando lugar a jovens que já pertenciam ao clube. Após a eliminação na Libertadores, competição que elegera como prioritária, decidiu-se pela demissão do técnico Diego Aguirre, de quem jamais gostou, mas fez isso faltando apenas três dias para um Gre-Nal, na casa do adversário. A goleada histórica de 5 x 0 para o Grêmio mostra o tamanho da insensatez de Píffero. Ainda assim, o presidente do Inter não se emenda. Recusa-se, em princípio, a contratar um técnico emergente, ou apenas provisório, até o fim do ano. Píffero quer um técnico famoso. Sua "ficha um", segundo sua própria expressão, Muricy Ramalho, já disse que não voltará ao trabalho em 2015. Mano Menezes, outro nome de impacto, já afirmou que não trabalhará com Píffero, pois ele já havia dito anteriormente que o técnico não lhe agradava. Diante da escassez de outros grandes nomes no mercado brasileiro, Píffero volta-se, agora, para a tentativa de contratar o argentino Jorge Sampaoli, técnico campeão da Copa América pelo Chile. A delicada situação financeira do clube e as perspectivas pouco alentadoras nas competições que ainda restam ao Inter em 2015, recomendariam a contratação de um técnico mais afeito a contornar crises do que um "figurão" de salário alto. Porém, Píffero desconhece o que seja bom senso. O vexatório 5 x 0 de ontem tem tudo para não ser um fato isolado. Com mais um ano e meio de mandato pela frente, Píffero ainda tem muito tempo pela frente para cometer novas trapalhadas, e colher os resultados correspondentes.

domingo, 9 de agosto de 2015

Goleada histórica

O Grêmio goleou o Inter por 5 x 0, hoje, na Arena, pelo Campeonato Brasileiro. Não se trata, apenas, de um chavão, foi, verdadeiramente, uma goleada histórica. Afinal, o Grêmio até já fez placares maiores em Grenais, mas 5 x 0, exatamente, aconteceu pela segunda vez. A outra havia sido em julho de 1910, no segundo Gre-Nal da história. O jogo de hoje, portanto, será lembrado por várias gerações de torcedores dos dois clubes. Foi um passeio do Grêmio, que se deu ao luxo de desperdiçar um pênalti quando a partida ainda estava empatada em 0 x 0. A atuação do time, coletiva e individualmente, foi muito boa. Ninguém jogou mal. Marcelo Grohe não teve maior trabalho. Galhardo não brilhou mas foi eficiente. Geromel manteve seu nível alto de desempenho. Erazo superou as desconfianças sobre o seu futebol e foi impecável. Marcelo Oliveira mostrou o quanto sua ausência pesa para o time, e retornou com muito boa atuação. Edinho, outro que gerava insegurança nos torcedores, cumpriu muito bem o seu papel. Maicon não apareceu aos olhos da torcida, mas teve uma atuação muito segura. Giuliano sofreu o pênalti, cuja cobrança foi desperdiçada por Douglas, e marcou o golaço que deu início à vitória. Douglas, mesmo errando o pênalti, jogou em alto nível. Luan foi o melhor em campo. Pedro Rocha, tecnicamente, foi o jogador mais discreto, mas colaborou com o coletivo. Fernandinho entrou no segundo tempo e teve grande atuação. Maxi Rodriguez e Bobô tiveram pouco tempo para mostrar seu futebol. No Inter, ao contrário, quase ninguém se salvou. Até o ótimo goleiro Alisson esteve abaixo do seu nível habitual, e falhou no segundo gol do Grêmio, marcado por Luan. William parece ter perdido o seu bom futebol em algum lugar. Réver esteve mal, culminando por fazer um gol contra. Juan em nada lembrou o grande jogador de outras partidas. Ernando, mais uma vez improvisado como lateral esquerdo, não produziu bem. Rodrigo Dourado também não foi o mesmo bom jogador de jornadas anteriores. Wellington Martins teve uma atuação modesta. Ânderson foi o pior jogador em campo. Valdívia foi o único que, pelo menos, tentou jogar. Eduardo Sasha e Lisandro López estiveram apagados. Alex entrou no segundo tempo, mas pouco acrescentou, o mesmo acontecendo com Nílton. Vitinho teve pouco tempo para jogar. Foi cinco, e poderia ser seis, não fosse o pênalti cobrado para fora. Com a goleada, o Grêmio reafirma sua condição de maior vencedor de Grenais em Brasileirões. A arbitragem de fora do Rio Grande do Sul muito colabora para isso. Sem os árbitros gaúchos e seus "erros humanos", o Inter não tem vida fácil. Fez bem o Grêmio em solicitar arbitragem inteiramente de fora. A atuação do árbitro Dewson de Freitas, do Pará, foi irrepreensível.

sábado, 8 de agosto de 2015

Sem credibilidade

O episódio do falso extrato do banco suíço BSI atribuído ao senador Romário de Souza Faria (PSB-RJ) como sendo de uma conta sua não declarada, é a confirmação de que a revista "Veja" é uma publicação sem credibilidade. A linha editorial praticada por "Veja" é o que pode haver de pior no jornalismo. Panfletária, reacionária, entreguista, demofóbica. Confrontada com a falsidade do conteúdo que publicara,"Veja" reconheceu seu erro e pediu desculpas ao senador, mas a própria revista admitiu que isso não é o suficiente para dar o caso por encerrado. "Veja" revelou que está revisando o processo que resultou na publicação do extrato e se cercando de cuidados para que esse tipo de erro nunca mais se repita, e alegou ter agido sem "nenhuma má-fé". Ressaltou que seus repórteres continuarão tentando descobrir de que maneira e com que objetivo o extrato do banco foi adulterado e que as autoridades suíças serão de grande valia nessa tarefa. As consequências práticas do mau jornalismo praticado por "Veja" nesse episódio, no entanto, não irão tardar. Tanto o BSI quanto Romário deverão acionar a revista judicialmente. Como a própria "Veja" admitiu, o reconhecimento do erro e o pedido de desculpas não são suficientes para dar o assunto por encerrado. Dessa vez, espera-se,"Veja" terá de responder pela sua conduta irresponsável. Está mais do que na hora. Liberdade de expressão não é sinônimo de leviandade.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

A volta da Copa Sul-Minas

Há algumas semanas, vem sendo discutida a volta da Copa Sul-Minas, competição de breve mas exitosa existência no início da década passada, que foi extinta após a "bancada da bola" salvar a pele do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, então alvo de uma CPI, o que resultou em novo incentivo aos anacrônicos campeonatos estaduais, que rumavam para o desaparecimento. Várias reuniões já foram feitas sobre o assunto, e outras ainda serão realizadas, mas tudo parece bem encaminhado. A partir do próximo encontro, talvez já se tenha uma definição mais clara sobre número de participantes e de datas e demais detalhes estruturais da competição. Embora o nome de Copa Sul-Minas, o torneio contará com dois clubes cariocas, Flamengo e Fluminense. Particularmente, acho que o ideal seria que o Campeonato Brasileiro, que tem o mesmo número de participantes e de rodadas do que o Inglês, o Francês, o Espanhol e o Italiano, fosse realizado, a exemplo dessas disputas, durante nove meses, e não em seis e meio, como ocorre atualmente, o que obriga a que se façam vários jogos em meios de semana. Para isso, os campeonatos estaduais, de baixíssimo nível técnico e sem atratividade, deveriam ser extintos. Na ausência da solução ideal, a Copa Sul-Minas surge como uma interessante alternativa. Nesse caso, os estaduais prosseguiriam com sua existência, mas os grandes clubes que estivessem na Sul-Minas se fariam representar neles por times sub-23. Os campeonatos estaduais, tais como hoje se apresentam, só servem aos interesses dos presidentes de federações e de seus puxa-sacos na imprensa. Os clubes grandes fazem muito bem em tentar livrar-se desse estorvo.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

A queda de Diego Aguirre

A notícia de que Diego Aguirre não era mais o técnico do Inter caiu como uma bomba no final da manhã de hoje. Ninguém esperava por isso três dias antes de um Gre-Nal. Sabia-se que, após a eliminação na Libertadores, Diego Aguirre não teria vida longa no Inter. A ocasião escolhida para a sua saída, no entanto, é que causa espanto. Por que, por exemplo, a demissão não se deu após o empate em 0 x 0 com a Chapecoense, no último domingo, em pleno Beira-Rio? O que teria acontecido para que, em meio a uma semana de Gre-Nal, o Inter decidisse dispensar Diego Aguirre e colocar um técnico interino para treinar o time contra o seu maior rival? Por mais que muitos não aceitem essa hipótese, a goleada do River Plate sobre o Tigres, ontem à noite, pode ter sido a gota que faltava para transbordar o copo da insatisfação do Inter com o trabalho de Diego Aguirre. Afinal, nos dois jogos da decisão da Libertadores, o River Plate não foi incomodado pelo Tigres, conduzindo as partidas de acordo com os seus interesses e conquistando o título. Caiu por terra, portanto, o argumento de que o Inter fora desclassificado pelo Tigres, nas semifinais, por ter se deparado com um adversário superior. Diante do River Plate, um time tecnicamente inferior ao Inter, o Tigres foi incapaz de se impor como mandante, não saindo de um empate em 0 x 0, e, na condição de visitante, foi goleado por 3 x 0.. O jogo de ontem demonstrou que as razões do fracasso estavam muito mais no próprio Inter do que em grandes méritos do Tigres. Nos dois jogos, o Inter cometeu erros de escalação e apresentou um preparo físico deficiente. Na segunda partida, acrescentou a um quadro já preocupante uma inexplicável apatia. Pelo que se viu nos empates contra a Ponte Preta e a Chapecoense, estava mais do que claro que Diego Aguirre não conseguiria dar a volta por cima. Ele vinha se mostrando inseguro, como alguém que não sabia porque perdera, e que, por isso mesmo, não tinha ideia de qual era o caminho a ser seguido para obter o retorno das vitórias. Com a queda de Diego Aguirre, fica, agora, a expectativa pelo nome do novo técnico. Mano Menezes e Oswaldo de Oliveira aparecem como os mais cotados, o que é coerente com a linha seguida pelo grupo político que comanda o Inter, que é a de apostar em técnicos e jogadores com nome no mercado.. Por outro lado, a responsabilidade do Grêmio ficou aumentada para o Gre-Nal. O fato de jogar no seu estádio, com maioria de torcida, contra um adversário em crise e com um técnico interino, coloca nos ombros do Grêmio todo o peso da busca por uma vitória. Ao Inter, caberá o papel de franco atirador, o que, num momento conturbado como o que está sendo vivido pelo clube, pode ser extremamente conveniente.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

O peso da tradição

A conquista do título da Libertadores pelo River Plate, obtida hoje à noite com uma goleada de 3 x 0 sobre o Tigres, é uma prova de que a tradição ainda pesa no futebol. Na fase de grupos da competição, o Tigres fez o dobro do número de pontos do River Plate, 14 contra 7. Aliás, os dois estavam no mesmo grupo. Com isso, o clube mexicano teve a segunda melhor campanha entre os 16 classificados para as oitavas de final, e o argentino, a pior. No entanto, como, a partir daí, os confrontos, até à decisão, eram eliminatórios, o retrospecto não teve maior peso. Nas semifinais, o Tigres confirmou a qualidade do seu time, eliminando o Inter, e dando a ideia, para alguns, de que seria favorito diante do River Plate. Porém, o River Plate foi crescendo ao longo da competição, e soube ser pragmático, pois, tanto nas semifinais, contra o Guarani (PAR), quanto na decisão, diante do Tigres, empatou jogando como visitante e ganhou quando foi o mandante. O River Plate não tem um grande time, mas a força da sua tradição e a proverbial garra do futebol argentino fizeram a diferença em seu favor. Pela terceira vez um clube mexicano decidiu a Libertadores, mas o título ainda não veio. Por sua vez, o River Plate conquistou o seu terceiro título da competição, abrilhantando ainda mais uma trajetória histórica gloriosa.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Sorteio

O sorteio dos confrontos das oitavas de final da Copa do Brasil, realizado hoje pela manhã, mostrou, mais uma vez que, em matéria de sorte, é difícil superar o Inter. Coube-lhe, simplesmente, o mais fraco entre todos os 16 clubes remanescentes na competição, o Ituano. Para se ter uma ideia da fragilidade do Ituano, basta dizer que ele é o único a não disputar, no momento, nenhum dos campeonatos brasileiros das quatro divisões existentes. A única desvantagem do Inter será fazer o segundo jogo do confronto fora de casa, mas, dada a distância técnica dos dois times, isso não deverá ter maior significado. Por sua vez, o Grêmio enfrentará o Coritiba. Embora muitos considerem que o Grêmio é amplo favorito, já que faz boa campanha no Campeonato Brasileiro enquanto o Coritiba está na zona de rebaixamento, o retrospecto recente desmente essa ideia. Nos três últimos jogos disputados entre os dois clubes, válidos pelo Brasileirão, o Grêmio perdeu todos. Como vantagem, o Grêmio tem o fato de que irá jogar a segunda partida em casa. Nos demais confrontos, há maior equilíbrio em três: Cruzeiro x Palmeiras, Flamengo x Vasco, Corinthians x Santos. Atlético Mineiro, São Paulo e Fluminense, que enfrentarão, respectivamente, Figueirense, Ceará e Paysandu, são grandes favoritos. Em 2015, há uma interessante novidade no regulamento, a de que também as quartas de final serão definidas por sorteio, sem confrontos cruzados pré-estabelecidos, como ocorria até então. Pelos jogos definidos hoje, três grandes clubes, pelo menos, já serão eliminados na próxima fase, o que torna a disputa mais emocionante e atrativa. Destaque-se, ainda, que dos clubes que permanecem na Copa do Brasil, só Paysandu e Ituano nunca disputaram uma decisão da competição. Para quem gosta de futebol, portanto, vem aí um prato cheio.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

A aposta no pior

O ambiente político no Brasil está tenso e deteriorado. Ocupantes de importantes cargos, como é o caso do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), veículos de imprensa, e frequentadores de redes sociais, flertam, abertamente, com o golpismo. Muitos defendem o impeachment da presidente Dilma Rousseff, num claro desrespeito à decisão das urnas. A apuração de crimes de corrupção é necessária, evidentemente, mas a interminável Operação Lava Jato mantém o país mergulhado num rol imenso de denúncias, suposições, acusações, delações, revelações, que ocupam a maior parte do noticiário. Enquanto isso, o país parece em segundo plano. Diante do quadro que está colocado, tentemos imaginar a situação na sua face mais radical. O que aconteceria se Dilma Rousseff fosse deposta de seu cargo? A atual oposição assumiria o poder, ganhando no "tapetão" o mandato que as urnas lhe negaram? Caso isso ocorra, com o país vivendo uma forte contração econômica, os novos ocupantes do poder seriam capazes de levá-lo a um novo estágio de prosperidade, de modo imediato? Tudo se resolveria como numa mágica? Obviamente, não. A defesa do golpismo é fruto de um modo deturpado de se fazer política, onde interesses pessoais e paroquiais se sobrepõem às mais altas aspirações da cidadania. O governo precisa se fortificar, não pode permanecer cerceado, mas mesmo que, na pior das hipóteses, se arrastasse enfraquecido até o final do mandato de Dilma, isso seria melhor do que a ruptura causada por um impeachment. O golpe não serve à ninguém, nem mesmo aos que o defendem. O melhor a se fazer é respeitar a normalidade institucional, com a continuidade do governo. Mudança de governo se dá é pelo voto. A aposta no pior, agravando um quadro difícil para se adonar do poder, é  irresponsável. Na tentativa de beneficiar alguns, acaba por vitimar a todos.

domingo, 2 de agosto de 2015

Repetição

O Inter empatou em 0 x 0 com a Chapecoense, hoje à tarde, no Beira-Rio, pelo Campeonato Brasileiro. O jogo foi uma repetição da partida anterior, contra a Ponte Preta. O mesmo resultado, chances de gol para os dois lados, mas em número maior para o adversário, e o goleiro do Inter, Alisson, como melhor jogador em campo. Se no jogo do Moisés Lucarelli havia a desculpa de o trauma da desclassificação na Libertadores ser muito recente, na partida de hoje o argumento não é mais aceitável. O agravante em mais essa atuação insatisfatória é que, dessa vez, o jogo foi no Beira-Rio. Nem mesmo jogando diante de sua torcida, contra um adversário modesto, ainda que bem ajustado, o Inter foi capaz de superar-se. O time não encontra soluções em campo. A entrevista do técnico do Inter, Diego Aguirre, após a partida, revelou uma análise equivocada do que aconteceu em campo, pois ele considerou que o time teve uma boa atuação, o que não aconteceu. Diego Aguirre dá a impressão de estar inseguro, sem saber quais as soluções que poderá encontrar para que o Inter jogue um bom futebol. Com mais esse resultado insatisfatório, ele deverá ter sua continuidade no cargo condicionada ao Gre-Nal, na Arena, no próximo domingo. Se perder o jogo, sua permanência será, praticamente, insustentável.

sábado, 1 de agosto de 2015

Momento preocupante

O Grêmio perdeu por 1 x 0 para o Fluminense, hoje, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro A derrota revela um momento preocupante do time. As vitórias começaram a escassear, os resultados negativos estão se tornando incomodamente frequentes. Se é verdade que o Grêmio tinha desfalques, pois não contou com Marcelo Grohe e Giuliano, o Fluminense estava sem seu melhor jogador, Fred. A partida transcorreu equilibrada, com o Grêmio até tendo um controle maior das ações. Porém, defeitos crônicos do time voltaram a aparecer. O principal deles, a excessiva troca de passes sem que haja conclusões ao gol. A falta de um centroavante goleador fica mais exasperante a cada jogo. Afora isso, o técnico Roger Machado, de grande contribuição ao time até agora, começa a deixar evidentes algumas limitações. Roger escala mal e substitui ainda pior. Sua escolha por Tiago como reserva imediato de Marcelo Grohe, em detrimento de Bruno Grassi, foi um equívoco cujos efeitos negativos se aprofundam a cada jogo. Tiago foi o responsável direto pelo gol de empate do Sport, em plena Arena, que roubou pontos preciosos do Grêmio, e, hoje, teve outra atuação desastrada e insegura. A substituição de Luan por Braian Rodriguez, no segundo tempo, só pode ser fruto do desespero, pois não tem nenhuma justificativa lógica. Mesmo com todos os senões, no entanto, o Grêmio poderia ter evitado a derrota. No final da partida, Pedro Rocha, de péssima atuação, perdeu um gol feito. No mesmo lance, Edinho sofreu um pênalti claríssimo de Wellington Paulista, que, como acontece historicamente com o Grêmio, não foi marcado. A tabela, nessa reta final de primeiro turno do Brasileirão é extremamente ingrata com o Grêmio. Seus próximos adversários serão o Inter, na Arena, e o Atlético Mineiro, no Mineirão. Com os recentes tropeços, o Grêmio já caiu para o 7º lugar na classificação. A necessidade de reação é imediata, pois, caso contrário, as primeiras colocações se tornarão, apenas, uma miragem.