Privatizações

O neoliberalismo, com suas receitas de "liberdade econômica", só produz miséria. Um de seus pilares são as privatizações de empresas estatais, patrimônio público que é sucateado para servir aos interesses do grande capital. Serviços públicos como fornecimento de energia elétrica e abastecimento de água, essenciais para a vida da população, jamais poderiam ser privatizados, pois representam direitos fundamentais que o Estado deve garantir, não podem visar lucro. A privatização da CEEE-Companhia Estadual de Energia Elétrica, no Rio Grande do Sul, vendida para o Grupo Equatorial, em pouco tempo revelou-se um desastre. Basta que ocorra uma chuva mais forte para que a falta de luz atinja milhares de residências e pontos comerciais. O temporal de terça-feira no Estado fez com que muitos estejam sem luz até agora, 72 horas depois. Nada semelhante aconteceu quando a CEEE era estatal. No grande temporal de 29 de janeiro de 2016, a falta de luz durou 36 horas. A empresa, historicamente, sempre fora ágil e eficiente no serviço de retorno do fornecimento de energia. Não é mais assim. Desde que foi privatizada, seus serviços tornaram-se lentos e péssimos. Diante do que está acontecendo no Rio Grande do Sul, com a empresa prometendo a normalização dos serviços até domingo á noite, cinco dias depois do ocorrido, um governador como o falecido Leonel Brizola já teria dado um basta, e encampado a CEEE Equatorial. A resposta a um descalabro como esse tem de ser dada nas urnas. Os que ainda estão sofrendo pelos péssimos serviços da CEEE Equatorial precisam lembrar, na hora de votar, do quanto são desastrosas as privatizações. A esquerda, com o seu zelo pelo patrimônio público, é a única solução.