domingo, 30 de setembro de 2018

A enésima ajuda do apito amigo

O Inter, ao longo da sua história, foi muitas vezes beneficiado por erros de arbitragem. No Campeonato Brasileiro desse ano, no entanto, isso se agudizou. Os erros em favor do Inter se repetem a cada rodada. Hoje, no jogo contra o Vitória, no Beira-Rio, ocorreu a enésima ajuda do apito amigo para o Inter no Brasileirão. O gol da vitória do Inter por 2 x 1 resultou de uma absurda marcação de pênalti, em que um jogador do Vitória coloca a mão na bola visivelmente fora da área. Há poucos dias, o Inter arrancou um empate com o Corinthians, no Itaquerão, com um gol em que quatro jogadores estavam impedidos. Dessa forma, não há como deixar de destacar o fato de que muitos dos pontos que o Inter obteve na competição, onde está em segundo lugar, no momento, foram alcançados por erros grosseiros de arbitragem. Essa situação mancha a disputa, na medida em que desequilibra a relação do Inter com os demais competidores. Em campo, o Inter apresentou, novamente, um futebol fraco e sem imposição, mesmo jogando contra um adversário frágil, que luta apenas para fugir do rebaixamento. Num campeonato que apresenta uma luta pelo título acirrada entre pelo menos cinco clubes, os constantes erros de arbitragem em benefício do Inter, alteram deslealmente a disputa. Os erros são tantos e tão grosseiros que não podem mais ser relativizados. Eles não são apenas um detalhe da campanha do Inter, constituem um fator decisivo para que o clube se mantenha nas primeiras posições. Os demais clubes deveriam se rebelar contra tal situação. Uma disputa tão emocionante como a que ocorre esse ano, não pode ser conspurcada por decisões da arbitragem que beneficiam tão escancaradamente um dos postulantes à conquista do título.

sábado, 29 de setembro de 2018

Vitória no último momento

Um golaço quando o 0 x 0 parecia definitivo. Assim foi Fluminense 0 x 1 Grêmio, hoje, no Engenhão, pelo Campeonato Brasileiro. Ao contrário do que se anunciava, Everton não começou o jogo, ficou no banco. O time reserva do Grêmio e o Fluminense fizeram um mau primeiro tempo. No segundo, o Grêmio voltou com maior ímpeto, mas também cedeu mais espaços para o Fluminense, o que tornou o jogo um "lá e cá", e fez com que a partida ganhasse em emoção. Porém, mesmo com esse desempenho dos dois times, o placar parecia que não ia ser movimentado. Foi quando, aos 47,5min, Everton, que havia entrado quando o jogo já se aproximava do final, fez um golaço de calcanhar. A vitória  no último  momento fez o Grêmio ficar em terceiro lugar na classificação, e confirmar que é candidato ao título. Everton, por sua vez, mostrou, novamente, que é um jogador diferenciado, capaz de de decidir uma partida com sua técnica. Atualmente, Everton é o melhor jogador em atividade no futebol brasileiro. Com o resultado, o Grêmio segue vivo nas duas competições que disputa. O final do ano promete ser muito bom para os gremistas.

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Bolsonaro bateu no teto

As últimas pesquisas dos principais institutos mostram que o candidato a presidente pelo PSL, Jair Bolsonaro, estagnou nos índices de intenção de votos. Bolsonaro segue em primeiro lugar, mas Fernando Haddad, do PT, cresce a cada pesquisa e se aproxima de um empate. Tudo indica, portanto, que Bolsonaro bateu no teto, ou seja, chegou no limite do seu crescimento. Esse fato não chega a ser surpreendente. O eleitorado de direita, no Brasil, historicamente, se situa em torno de 30% do contingente total. Obviamente, na radicalização que se formou na política brasileira, Bolsonaro atraiu uma parte do eleitorado flutuante, que não apresenta fidelidade ideológica. No entanto, por sua inconstância, essa fatia do eleitorado é muito sensível a mudanças no panorama das campanhas. As constantes confusões envolvendo a chapa de Bolsonaro, com declarações desastradas do candidato a vice-presidente, general Hamilton Mourão, e do guru econômico, Paulo Guedes, geraram desgastes que comprometem um aumento das intenções de voto. Esse fator está longe de ser episódico ou reversível, pois denúncias sobre a conduta de Bolsonaro que estão sendo divulgadas pela imprensa corroem a imagem do candidato, que baseia grande parte do seu discurso na defesa da moral e dos "bons costumes". Nas projeções feitas para o segundo turno, Bolsonaro já perde para Haddad, Ciro Gomes (PDT), e Geraldo Alckmin  (PSDB). Os defensores de Bolsonaro continuam a atuar fortemente nas redes sociais, mas sua candidatura já dá sinais de esgotamento.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Só não é cômico por ser trágico

Não bastasse tudo o que representa em termos de boçalidade e obscurantismo, a chapa do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) está se caracterizando pela total falta de sintonia entre seus integrantes e auxiliares. O candidato a vice na chapa, general Hamilton Mourão (PRTB), tem dado uma série de declarações  desastradas, todas elas marcadas pelo preconceito racial e de classe e por uma feroz demofobia. Suas falas acabam sendo desautorizadas por Bolsonaro, temeroso de que o boquirroto general ponha tudo a perder com seus excessos verbais. O mesmo acontece com o guru econômico de Bolsonaro, Paulo Guedes. Várias declarações de Guedes foram, também, desautorizadas por Bolsonaro. Na verdade, não há nenhuma afinidade de pensamento entre os dois. Bolsonaro já admitiu nada entender de economia, e buscou em Paulo Guedes, um ultraliberal, um meio de obter apoio junto ao "mercado". A atuação de Bolsonaro como deputado federal mostra que, ao contrário de Guedes, ele é favorável a uma forte presença do Estado na economia. Mourão, por sua vez, depois que suas afirmações geram reações negativas, apela para o surrado expediente de culpar a imprensa, dizendo que elas foram "descontextualizadas". Tudo isso só não é cômico por ser trágico. Esse quadro mostra o descalabro em que se constitui essa chapa, e do caos que seria para o país se ela chegasse ao poder. O eleitor brasileiro não irá permitir isso. A queda de Bolsonaro nas pesquisas é contínua, e nas projeções de segundo turno ele já perde para seus três principais adversários. O Brasil não vai eleger um defensor da violência e do autoritarismo para presidente. A candidatura de Bolsonaro é apenas um pesadelo, mas que irá acabar em breve.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Zebras

A Copa do Brasil será decidida entre Corinthians e Cruzeiro. Será, portanto, uma decisão entre "zebras", já que seus adversários nas semifinais da competição, Flamengo e Palmeiras, respectivamente, possuem times tecnicamente superiores. Corinthians e Cruzeiro souberam encaminhar suas classificações ainda no primeiro jogo. O Corinthians, ao empatar com o Flamengo, no Maracanã, em 0 x 0, e o Cruzeiro ao surpreender o Palmeiras, no Allianz Parque, e vencer por 1 x 0. Nos jogos de hoje, fizeram valer o mando de campo, e classificaram-se para a decisão. No Itaquerão, o Corinthians abriu o placar cedo, mas logo tomou o gol de empate. O gol da vitória por 2 x 1 veio no segundo tempo, evitando que a classificação fosse decidida na loteria dos tiros livres da marca do pênalti. O Cruzeiro, no Mineirão, mostrou-se pragmático na busca do que lhe convinha. Saiu na frente no placar ainda no primeiro tempo. Sofreu o empate logo no início do segundo, mas continuou seguro em campo, e teve sua tarefa facilitada pelo Palmeiras, que mostrou pouco ímpeto ofensivo para quem precisava vencer obrigatoriamente. Assim, o jogo terminou empatado em 1 x 1, resultado que foi suficiente para o Cruzeiro se classificar. O favorito para o título é o Cruzeiro, atual campeão e que possui um time superior ao do Corinthians. Porém, não se deve duvidar da capacidade de superação do Corinthians que, mesmo com times de pouco brilho, é o atual campeão brasileiro e bicampeão paulista.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Povo só nos treinos

O apartheid social brasileiro, cada vez mais cruel e desumano, conseguiu privar as camadas mais pobres da população até mesmo da frequência aos estádios de futebol, um esporte essencialmente popular. Em nome de um maior conforto, e da adaptação ao chamado "padrão Fifa", os estádios brasileiros encolheram. Hoje, nenhum estádio brasileiro é capaz de comportar a presença de 100 mil pessoas ou mais. Os setores populares, por conseguinte, foram eliminados. Nos estádios recentemente construídos, e nos antigos que foram reformados para a Copa do Mundo de 2014, todos os assentos são numerados e, obviamente, o preço do ingresso ficou fora do alcance dos mais pobres. Até mesmo clubes marcadamente populares como Flamengo e Corinthians cobram um valor médio de ingresso que afasta as pessoas de menor poder aquisitivo da possibilidade de irem aos jogos. O Corinthians, como medida paliativa, tem promovido, esporadicamente, a realização de treinos abertos, com acesso franqueado ao torcedor. Hoje, num desses treinos, o Itaquerão recebeu um público de 38 mil pessoas. São torcedores que gostariam de ir aos jogos, mas não conseguem devido ao alto preço dos ingressos. Os estádios, que antes eram um espaço democrático,  abrigando pessoas de diferentes segmentos da população, hoje tornaram-se restritos e elitizados. Povo só nos treinos, parece ser o slogan dos administradores do futebol na atualidade. Ser pobre, no Brasil, não é, apenas, uma condição socioeconômica. Antes de tudo, é um estigma, pois todas as portas são fechadas aos menos aquinhoados financeiramente num país que, a cada dia, se mostra mais envolto pela demofobia.

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

O crescimento de Haddad

A pesquisa do Ibope sobre as intenções de voto para a eleição presidencial, divulgada hoje, mostra um fato de grande destaque. A subida nos índices do candidato do PT, Fernando Haddad, é vertiginosa. O crescimento de Haddad é constante, seus números aumentam a cada nova pesquisa. Porém, no levantamento que veio a público hoje, Haddad alcançou um desempenho fulgurante. Haddad já está com 22% das intenções de voto, contra 28% do primeiro colocado, Jair Bolsonaro (PSL), que estagnou em relação à pesquisa anterior, e o dobro da preferência comparativamente a Ciro Gomes (PDT), que caiu para 11%. Marina Silva (Rede) parece definitivamente fora da disputa, pois seu índice despencou para 5%. Na projeção de segundo turno, Haddad já abriu 9 pontos sobre Bolsonaro, 46% a 37%. A transferência de votos do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva para Haddad está se confirmando. Mais uma vez, a esperança está vencendo o medo. O Brasil não ficará entregue à boçalidade de Bolsonaro. O bom senso acabará prevalecendo. A tendência pró-Haddad aumenta de forma constante. O discurso sereno de Haddad está ganhando terreno contra as declarações exaltadas de Bolsonaro. O eleitor não quer um aventureiro como presidente, mas um administrador experiente e de competência comprovada. Haddad preenche esses requisitos.

domingo, 23 de setembro de 2018

Sócio do apito amigo

Não há jogo em que o Inter não receba um benefício da arbitragem. Os erros de arbitragem em seu favor se sucedem. Contra o Cruzeiro, um gol legítimo do adversário foi anulado. No jogo com a Chapecoense, o pênalti desperdiçado por Leandro Damião não existiu. Hoje, no empate em 1 x 1 com o Corinthians, no Itaquerão, o gol do Inter foi marcado em flagrante impedimento. O Inter é sócio do apito amigo, nenhum outro clube é tão beneficiado por equívocos de arbitragem. Porém, mesmo com tanto auxílio, o Inter já caiu para o terceiro lugar na classificação. Na reta final da competição, o Inter parece ter chegado ao seu limite técnico.

Na rota do título

Para alguns, a derrota do Grêmio no Gre-Nal o havia retirado da disputa pelo título do Campeonato Brasileiro. Para o desconsolo desses analistas, o Grêmio obteve duas vitórias consecutivas após o Gre-Nal, e já está apenas quatro pontos atrás do líder, que é o São Paulo. Portanto, o Grêmio continua na rota do título do Brasileirão. Embora esteja em quinto lugar na classificação, o Grêmio está embolado com os quatro primeiros colocados. Hoje, na Arena, o Grêmio venceu o Ceará por 3 x 2, num jogo emocionante em que esteve duas vezes atrás no placar. A ausência de Everton no jogo contra o Palmeiras, no Allianz Parque, poderá ser decisiva e comprometedora para os interesses do Grêmio, mas o fato é que o título é possível, e não há porque jogar a toalha. No jogo de hoje, o Grêmio, mesmo apresentando defeitos que lhe fizeram sofrer dois gols, mostrou capacidade de reação e soube vencer a partida. O Grêmio é obstinado, não desiste facilmente.

sábado, 22 de setembro de 2018

Duas faces de uma mesma moeda

Se os dados da última pesquisa do Ibope para a eleição de governador do Rio Grande do Sul estiverem corretos, uma situação inédita está por acontecer. Pela primeira vez, desde que foi instituído o segundo turno nas eleições, ele seria disputado por dois candidatos do mesmo campo ideológico, no caso, o da direita. A pesquisa aponta, em primeiro lugar, o governador José Ivo Sartori (MDB), candidato à reeleição, e, em segundo, Eduardo Leite (PSDB). Ambos são duas faces de uma mesma moeda. Defendem a diminuição do tamanho do Estado, a venda de patrimônio público por meio de privatizações, que o governo não "atrapalhe" quem quer "empreender". Seguem a mesma cartilha com ideias que só geram mais desemprego, aumentando o já intolerável fosso social. No que tange à liderança de Sartori, trata-se de algo incompreensível. Sartori é, sem nenhuma dúvida, o pior governador do Rio Grande do Sul em todos os tempos. Atrasou o salário do funcionalismo durante todo o seu governo, extinguiu fundações de grande importância para o Estado, administrou para os poderosos e virou as costas para os mais necessitados. A possibilidade de que seja reeleito só pode ser explicada por um surto de insanidade coletiva. O segundo colocado na pesquisa, Eduardo Leite, é o típico caso de tentar levar o eleitor a comprar gato por lebre. Leite é jovem e tem cara de bom moço, o que impressiona eleitores mais desavisados. Por trás de sua aparência confiável, no entanto, está a mesma sanha neoliberal carregada de demofobia seguida por Sartori. Dois candidatos de direita no segundo turno seria uma tragédia para o futuro do Rio Grande do Sul. Ainda dá tempo para o eleitor cair em si, e evitar esse desfecho desastroso.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

A inexplicável convocação de Everton

O técnico da Seleção Brasileira, Tite, anunciou hoje mãos uma convocação, dessa vez para amistosos contra Arábia Saudita e Argentina. A lista apresenta a manutenção de jogadores da chamada anterior, a volta de alguns que haviam ficado de fora, e algumas novidades incompreensíveis, mas nada foi pior do que a inexplicável convocação de Everton, do Grêmio. Melhor jogador em atividade no Brasil, Everton ficará de fora do jogo contra o Palmeiras, no Allianz Parque, pelo Campeonato Brasileiro, em que o clube paulista e o Grêmio poderão estar disputando as primeiras posições da competição. Tite já havia causado um enorme prejuízo ao Grêmio quando convocou Everton para dois amistosos inexpressivas da Seleção, contra Estados Unidos e El Salvador. Everton jogou poucos minutos nas duas partidas, e desfalcou o Grêmio contra o Santos, na Vila Belmiro, e o Inter, no Beira-Rio, pelo Brasileirão. Privado de Everton, o Grêmio só conquistou um ponto nesses dois jogos. A convocação de Everton fica ainda mais injustificável por ter sido ele o único jogador de um clube brasileiro a ser chamado,  Dessa vez. Gaúcho que é, Tite conhece muito bem a realidade local. Sendo assim, é inexplicável que retire do Grêmio o seu melhor jogador num Gre-Nal para que ele participe de amistosos irrelevantes, e o faça, novamente, agora. Vários cronistas do centro do país condenaram a convocação de Everton, pelos motivos já expostos aqui. O bom mocismo de Tite dessa vez foi deixado de lado, em detrimento do clube que o lançou para a fama.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

A carta de FHC

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem a pretensão, alimentada pela imprensa amiga, de ser um "pai da pátria", uma venerável figura que, do alto dos seus 87 anos, seria um farol para os brasileiros, com seus conselhos e orientações. Dentro dessa linha, lançou uma carta aberta pedindo que haja uma reunião das candidaturas de centro para evitar a polarização dos extremistas na eleição presidencial. A carta de FHC é mais uma tentativa patética do ex-presidente de se atribuir uma importância que não tem no cenário político. Só para recordar, FHC foi o presidente brasileiro que vendeu patrimônio público em troca de moedas podres, criou o instituto da reeleição em proveito próprio, comprando 200 parlamentares, e terminou seu segundo mandato com índices baixíssimos de popularidade. Portanto, o ex-presidente carece de legitimidade para exercer esse papel de grande sábio. Na verdade, a carta é mais um dos artifícios tentados pelas forças conservadoras para evitar a vitória do candidato do PT, Fernando Haddad. Os já referidos baixos índices de popularidade de FHC ao final de seu período como presidente provam que o povo brasileiro já decidiu, há muito tempo, que o seu lugar na história do país deve ser o do mais absoluto esquecimento.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Vergonha

A atual edição da Libertadores está irremediavelmente manchada. Fatos escandalosos mostram sue a competição está sofrendo influências que afetam a sua lisura. O Santos foi punido por ter utilizado o meiocampista uruguaio Carlos Sanchez em condição irregular, o que foi denunciado pelo Independiente, seu adversário nas oitavas de final. Porém, Pisculicci, do River Plate, e Abila, do Boca Juniors, também jogaram em situação irregular, e nada aconteceu com seus clubes. A alegação da Conmebol é de que ninguém protestou contra a utilização de Pisculicci e Abila no prazo regimental de 24 horas, o que foi feito pelo Independiente em relação a Carlos Sanchez. Esse argumento suscita perguntas fundamentais. Então, quer dizer que uma flagrante irregularidade não será punida se ninguém protestar contra ela? Sabedora da irregularidade, não caberia à própria Conmebol punir os clubes infratores, independentemente de qualquer denúncia? Como foi que o Independiente teve acesso à informação de que o jogador do Santos estava irregular? Como se não bastassem esses acontecimentos altamente suspeitos fora de campo, hoje o escândalo se deu dentro dele. O jogo Boca Juniors 2 x 0 Cruzeiro, válido pelas quartas de final, na Bombonera, teve a influência direta da arbitragem no seu andamento. O Boca Juniors vencia por 1 x 0, mas sofrendo forte pressão do Cruzeiro em busca do empate, quando o árbitro expulsou injustamente o zagueiro Dedé, e, o que é pior, tendo recorrido ao auxílio de vídeo. A expulsão de Dedé foi tão absurda que até a imprensa argentina a repudiou. Uma vergonha. Com um jogador a menos, o Cruzeiro sofreu mais um gol, o que torna a tarefa de buscar uma reversão no segundo jogo, no Mineirão, extremamente difícil. O poder dos clubes argentinos nos bastidores do futebol sul-americano não é uma novidade. Porém, imaginava-se que os fatores extracampo já não se fizessem tão presentes, comparativamente com outros tempos. Ledo engano. O futebol, na América do Sul, continua uma atividade pouco confiável fora dos gramados.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Grande vitória

Foi ainda melhor do que a expectativa. O Grêmio venceu o Atlético Tucumán por 2 x 0, hoje, no Monumental José Fierro, e encaminhou sua classificação para as semifinais da Libertadores. Foi uma grande vitória, com imposição. Depois de um início de jogo preocupante, em que se submeteu à pressão do Tucumán, o Grêmio foi se assentando. Alisson, o melhor jogador em campo, marcou o primeiro gol, e cruzou para Everton fazer o segundo. Os gols foram um em cada tempo, mas o Grêmio teve várias outras chances de ampliar o placar. Como na Libertadores ainda existe o saldo qualificado, a vantagem do Grêmio por ter marcado dois gols fora de casa é muito grande. A classificação para as semifinais está praticamente garantida. Caso seja confirmada, o Grêmio irá enfrentar o vencedor do confronto entre River Plate e Independiente. Não será fácil jogar contra qualquer um dos dois, mas o Grêmio não se assusta com nenhum adversário. O quarto título da Libertadores é uma possibilidade concreta para o Grêmio .

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Derrota

O tabu foi mantido. O Inter continua sem ganhar da Chapecoense na Arena Condá, pelo. Campeonato Brasileiro. Hoje, o Inter perdeu para a Chapecoense por 2 x 1, de virada. O gol marcado pelo Inter foi o único, até agora, contra a Chapecoense, como visitante. Em quatro jogos fora de casa nessa condição, o Inter perdeu todos, sofreu nove gols e fez aoenas um. A derrota de hoje custou ao Inter a liderança do Brasileirão. O líder voltou a ser o São Paulo, com um ponto a mais que o Inter. O temor dos torcedores de que o Inter perdesse pontos para clubes menores depois de ter enfrentado bem os candidatos diretos ao título se mostrou justificado. Confirmando uma tendência firmada ao longo dos anos, o Inter desperdiça pontos preciosos contra os clubes pequenos e médios, o que se reflete no fato de que não é campeão brasileiro há quase quarenta anos. A possibilidade do Inter ganhar o título permanece, mas o mau resultado diante de um adversário da parte de baixo da tabela pode abalar a confiança do grupo.

sábado, 15 de setembro de 2018

115 anos de glórias

São poucas as instituições ou empresas que atingem os 100 anos de existência. Menor, ainda, é o número das que superam largamente essa marca. Hoje, o Grêmio completa 115 anos de fundação. São 115 anos de glórias, com muitos títulos conquistados. O Grêmio possui um título mundial, três da Libertadores, dois do Campeonato Brasileiro, cinco da Copa do Brasil, e 37 do Campeonato Gaúcho. No dia do seu aniversário, o Grêmio venceu o Paraná por 2 x 0, na Arena, pelo Campeonato Brasileiro. Depois de um primeiro tempo pouco inspirado, em que não soube superar a retranca do Paraná, o Grêmio se impôs no segundo, e poderia ter vencido por um maior número de gols. Mesmo com o Grêmio jogando com um time inteiramente reserva contra o lanterna da competição, mais de 20 mil pessoas estiveram na Arena, numa prova de que o seu  torcedor continua muito mobilizado. Ganhar era questão de tempo, e a vitória veio, ao natural. Foi um presente, ainda que modesto, para a torcida. O Grêmio segue entre os primeiros colocados do Brasileirão, mesmo jogando várias partidas com o time reserva. Na terça-feira, será a vez de jogar pelas quartas de final da Libertadores, contra o Atlético Tucumán (ARG), fora de casa. Outras glórias poderão ser alcançadas pelo Grêmio ainda em 2018, ampliando o seu rol de conquistas. Um clube como o Grêmio não tem limites no seu horizonte.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Entrevista vergonhosa

Poucas vezes se viu o jornalismo ser tão brutalmente  aviltado e descaracterizado como aconteceu, hoje, no Jornal Nacional, da Rede Globo. William Bonner e Renata Vasconcelos realizaram uma entrevista vergonhosa com o candidato a presidente pelo PT, Fernando Haddad. Desde o início, Bonner e Renata adotaram um tom agressivo e inquisitorial contra Haddad, que não se deixou intimidar e enfrentou os carrascos travestidos de jornalistas. O ponto alto da entrevista foi quando Renata interrompeu Haddad grosseira e abruptamente dizendo: "O Bonner já está satisfeito com a sua resposta, candidato", e ouviu dele: "Mas eu não estou". Bonner e Renata, fiéis servidores de seus patrões, tentaram desestabilizar Haddad durante toda a entrevista. Não conseguiram. Fernando Haddad mostrou-se seguro e convincente em suas colocações, mesmo com as constantes interrupções que sofria. A postura de Bonner e Renata foi incompatível com o bom jornalismo. Eles estavam a serviço de interesses pouco nobres, não da democracia.

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

A voz dos militares

Nos países do Terceiro Mundo, os militares são uma ameaça permanente. Em vez de se limitarem a cumprir o seu papel constitucional, constantemente se sentem tentados a tutelar a sociedade. Costumam propagar a ideia, aceita por muitos incautos, de que só eles podem colocar o país em ordem quando há uma situação de grande instabilidade. O caos gerado no Brasil com o golpe militar de 1964, cujos efeitos nefastos se fazem sentir até hoje, provam o contrário. No momento conturbado que o Brasil vive atualmente, consequência de um golpe parlamentar que destituiu uma presidente legitimamente eleita, a voz dos militares está se fazendo ouvir novamente. Como sempre, de modo desastrado, contribuindo para tensionar e dividir a população. O mais boquirroto de todos é o general Hamilton Mourão, candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro na eleição presidencial. Depois de várias declarações desastradas, em que destilou preconceitos de toda a ordem, Mourão disse que uma constituição não precisa ser feita por representantes eleitos pelo povo. O general considera que muitos dos problemas enfrentados pelo Brasil na atualidade tem origem na Constituição de 1988, elaborada por parlamentares. Sua sugestão é de que uma nova constituição seja elaborada por uma comissão de notáveis, e depois submetida a um plebiscito. Chama a atenção como os setores conservadores da sociedade brasileira cultuam essa ideia. O conceito de "notável", por si só, é altamente discutível. O que faz alguém ser merecedor dessa classificação? Certamente, um conselho desse tipo acabaria sendo integrado na sua quase totalidade por homens brancos de idade avançada e privilegiada posição social, que legariam ao país uma constituição carregada de demofobia. O Brasil não precisa da tutela dos militares. O lugar deles é no quartel, e de boca fechada.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Candidatura abalada

O candidato do PSL a presidente, Jair Bolsonaro, sofreu, hoje, mais uma cirurgia após ter sido esfaqueado num ato de campanha há seis dias. O fato demonstra que a recuperação de Bolsonaro não será tão simples, e deixa sua candidatura abalada. Afinal, Bolsonaro é, agora, um homem com a saúde fragilizada. Como irão reagir potenciais eleitores de Bolsonaro, daqui para a frente, diante das limitações físicas de seu candidato? No momento, mais do que ganhar uma eleição, Bolsonaro tem de buscar a plena restituição de sua saúde. O candidato a vice-presidente na chapa, General Mourão, quer que o Tribunal Superior Eleitoral autorize sua participação em debates e sabatinas, no lugar de Bolsonaro, o que é irregular. Na eleição mais tensa da história do país, a cada dia há um novo fato para tornar o quadro ainda mais instável. As próximas pesquisas deverão mostrar a repercussão do agravamento da saúde de Bolsonaro no humor dos eleitores. A eleição, mais do que nunca, está extremamente indefinida.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Um jogo sem sentido

Não há como encontrar qualquer justificativa para a realização do amistoso Seleção Brasileira x El Salvador, hoje, em Washington. Foi, sem dúvida, um jogo sem sentido, mera partida caça-níquel. A goleada da Seleção Brasileira por 5 x 0 nada significa diante da extrema fragilidade do adversário. Tudo que envolveu essa partida foi lamentável, a começar pela absurda convocação de jogadores que desfalcaram clubes brasileiros em momentos decisivos de competições. A lista de fatos deploráveis prossegue com o péssimo estado do gramado em Washington, e um público que não chegou a 30 mil pessoas, num estádio com capacidade para mais de 80 mil. Nenhum proveito pode ser tirado de um jogo como esse. Ao realizar jogos assim, a Seleção Brasileira acaba atraindo antipatias,  e dificulta ainda mais a recuperação de seu prestígio junto ao torcedor.         

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Aposta frustrada

Os defensores do candidato a presidente Jair Bolsonaro  (PSL) trombeteavam que o atentado sofrido por ele na quinta-feira faria com que ganhasse a eleição no primeiro turno. Entre outros motivos, diziam que o fato geraria uma superexposição midiática que compensaria o seu tempo de apenas sete segundos no horário eleitoral. Porém, as pesquisas de intenção de voto divulgadas hoje revelam que essa é uma aposta frustrada. Elas mostram que Bolsonaro está na frente, com 24% das intenções de voto, mas com quatro candidatos empatados tecnicamente em segundo lugar, e que seria derrotado por cada um deles nas projeções de segundo turno. Não há nenhuma surpresa nesse fato. O eleitorado flutuante, aquele que não possui convicções políticas arraigadas, costuma repelir os discursos situados nas extremidades do espectro ideológico. O índice ostentado por Bolsonaro nas pesquisas está próximo do teto que pode atingir sua proposta de extrema direita, o que explica a projeção de que perderia no segundo turno para qualquer um dos candidatos que vem logo a seguir. O discurso de Bolsonaro só encanta os membros de seu gueto de fanáticos fascistas, mas é rejeitado pelos eleitores mais moderados. O mesmo eleitor que se afasta de um discurso que considere exageradamente esquerdista, também não aprova a postura excessivamente direitista de Bolsonaro. Os arautos do obscurantismo, mais uma vez, terão seus planos contrariados pelos resultados nas urnas.

domingo, 9 de setembro de 2018

Vitória em jogo equilibrado

O estádio estava quase lotado, com tempo bom, num cenário propício ao futebol. Em campo, dois antigos rivais que vivem uma rara boa fase simultânea. Porém, mesmo com tantos fatores favoráveis, o Gre-Nal de hoje, no Beira-Rio, pelo Campeonato Brasileiro, esteve longe de ser empolgante. O Inter venceu por 1 x 0, mas sem demonstrar superioridade. Foi uma vitória em jogo equilibrado, no qual o empate traduziria melhor o que foi a partida. O prejuízo inominável causado ao Grêmio pelas convocações de Kannemann e Everton para seleções, num país que não respeita as datas-Fifa, foi acrescido das ausências de Maicon e Jael, que não puderam jogar por estarem lesionados. Com tantos desfalques, seria natural que o Grêmio fosse inferior ao Inter, que teve a falta de apenas um titular. Não foi o que se viu. Com um zagueiro deficiente como é Bressan, uma dupla de volantes reserva, Cícero e Thaciano, a infindável má fase de Ramiro, e a já conhecida ineficiência de André, o Grêmio não foi inferior ao Inter em momento algum, e obrigou o goleiro Marcelo Lomba a fazer grandes defesas para sustentar o resultado. A exemplo da partida contra o Santos, no Pacaembu, quando jogou com apenas três titulares e obteve um empate, o Grêmio mostrou que, mesmo desfalcado, consegue encarar qualquer adversário. Na medida em que tiver de volta todos os seus titulares, o Grêmio tende a crescer muito de produção. O Inter, pelo que tem se visto, já chegou ao seu limite.

sábado, 8 de setembro de 2018

Um atentado muito nebuloso

O atentado sofrido pelo candidato a presidente pelo PSL, Jair Bolsonaro, em Juiz de Fora (MG), na quinta-feira, suscita muitas interrogações. Sem dúvida, é um atentado muito nebuloso. Até por isso, esse espaço não se ocupou de imediato do assunto. Era preciso esperar que transcorresse algum tempo da ocorrência do episódio para tecer considerações sobre ele. No entanto, a zona de sombras sobre o que aconteceu em Juiz de Fora não parece que irá se dissipar. Se não é possível afirmar que tudo foi apenas uma farsa, os dados envolvendo o ataque a Jair Bolsonaro são pouco convincentes. As notícias imediatamente veiculadas pela imprensa davam conta de danos bastante extensos no intestino de Bolsonaro, e de que até uma artéria teria sido atingida. Porém, nas fotos do atentado não se vê sangue. A primeira foto divulgada com Bolsonaro na mesa de cirurgia mostra médicos sem luvas tratando do paciente. O proveito político que o episódio pode trazer para a candidatura de Bolsonaro é inegável. Odiado por muitos por sua postura agressiva e propagadora da violência, Bolsonaro sai da condição de algoz e ingressa na de vítima. Seja, entretanto, o atentado autêntico ou não, Bolsonaro é um mau candidato, nada justifica que alguém vote nele para presidente.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Recomeço

Depois da frustrante participação na Copa do Mundo, a Seleção Brasileira voltou a entrar em campo, hoje. A vitória por 2 x 0 sobre os Estados Unidos, em Nova Jersey, marcou o recomeço da Seleção Brasileira, iniciando um novo ciclo de preparação, até a Copa do Mundo de 2022, no Catar. A fragilidade do adversário, no entanto, não permitiu que a Seleção fosse muito exigida. Dentre os jogadores que estiveram na Copa, Douglas Costa foi o melhor. O mais interessante foi a entrada dos novos convocados em campo. Dedé, Arthur, Lucas Paquetá, Everton e Richarlison entraram no decorrer do segundo tempo. Dentre eles, Dedé e Everton foram os que mais se destacaram. Porém, no geral, um amistoso como esse traz pouco proveito para observações, e o próximo, contra El Salvador, na terça-feira, em Washington, deverá ser ainda mais fraco. Desfalcar clubes brasileiros de seus melhores jogadores para partidas tão inexpressivas da Seleção é algo inaceitável.

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Poderia ser bem melhor

Um empate fora de casa, contra um adversário de tradição, não é um mau resultado. Porém, às vezes, ele é menos do que seria possível obter. Esse é o caso do jogo Santos 0 x 0 Grêmio, hoje à noite, no Pacaembu, pelo Campeonato Brasileiro. Mesmo jogando com apenas três titulares, o Grêmio não foi inferior ao Santos em nenhum momento da partida. O resultado não foi ruim, mas poderia ser bem melhor. O Grêmio se manteve em quinto lugar no Brasileirão, e não poderá alcançar o Inter no Gre-Nal de domingo, ainda que vença o jogo. No entanto, manteve-se junto dos primeiros colocados, e ainda está no grupo dos pretendentes ao título. No Gre-Nal, com os titulares, exceto Kanneman e Everton que estão em suas respectivas seleções, o Grêmio tem condições de conseguir um bom resultado e continuar entre os primeiros colocados de uma competição que, se fosse priorizada pelo clube, poderia ser ganha sem muita dificuldade.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

A força do fator extracampo

O futebol deveria ser decidido apenas dentro do campo, e ter os seus resultados determinados somente pelos acertos e erros dos jogadores. Lamentavelmente, não é assim. Muitas vezes, a força do fator extracampo se faz sentir, prejudicando alguns clubes e beneficiando outros. Claramente, isso é o que está ocorrendo no Campeonato Brasileiro, e não é fruto do acaso. Desde que o execrável presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Novelleto Neto, tornou-se integrante da diretoria da CBF uma série de "erros" de arbitragem começaram a ocorrer tendo o Inter como beneficiário. Foi assim no Gre-Nal do primeiro turno do Brasileirão, na Arena, que terminou empatado em 0 x 0, quando três pênaltis clamorosos em favor do Grêmio deixaram de ser marcados. Houve, também, os incríveis oito minutos de acréscimos no jogo Inter x Paraná, no Beira-Rio, com uma falta inexistente, frontal ao gol, sendo marcada aos 53 minutos, proporcionando a vitória para o clube da casa. Há várias rodadas, o Inter vinha buscando obter a liderança da competição, que era ocupada pelo São Paulo. Eis que, na rodada do último fim de semana, o São Paulo teve um dos seus melhores jogadores, Diego Souza, expulso injustamente logo no início da partida contra o Fluminense, no Morumbi, na qual já contava com sérios desfalques. Como consequência, o São Paulo empatou um jogo em que era franco favorito. No mesmo dia, o Cruzeiro, jogando contra o Inter, no Mineirão, teve um gol legítimo anulado, e a partida terminou empatada em 0 x 0. O árbitro, por "coincidência", era Wilton Pereira Sampaio (GO), o mesmo do Gre-Nal em que três pênaltis em favor do Grêmio não foram marcados. Para completar, Wilton Pereira Sampaio irá apitar Santos x Grêmio, amanhã, no Pacaembu, jogo que antecede o Gre-Nal do próximo domingo, no Beira-Rio. Hoje, jogando contra o Atlético Mineiro, no Independência, o São Paulo teve um pênalti escandaloso que deixou de ser marcado a seu favor, e acabou perdendo a partida e a liderança do campeonato, já que foi superado pelo Inter, que venceu o Flamengo por 2 x 1, no Beira-Rio, no saldo de gols. O detalhe é que o árbitro do jogo do São Paulo era Anderson Daronco (RS). Um árbitro gaúcho num jogo que interessava diretamente ao Inter. Esses fatos não são aleatórios. Por trás de todos eles está Francisco Novelleto Neto, agora com poderes em esfera nacional.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

O neoliberalismo só gera miséria

A crise que está sendo vivida pela Argentina no governo de Maurício Macri não traz nenhuma novidade. Ela é o resultado da aplicação do receituário econômico de direita, caracterizado pela "austeridade", um eufemismo para cortes de gastos sociais e achatamento salarial das classes trabalhadoras. A justificativa para a adoção de tais medidas é sempre a mesma, ou seja, a existência de uma "crise econômica" que precisa ser debelada. A consequência prática é o agravamento da crise, pelo aumento do desemprego e o empobrecimento da população. O neoliberalismo só gera miséria, nada mais tem a oferecer. Seus métodos buscam favorecer os interesses dos empresários e banqueiros, depauperando os demais segmentos sociais. A imprensa conservadora brasileira saudou efusivamente a eleição de Maurício Macri quando ele tornou-se presidente da Argentina. Macri era visto como o homem que iria sanar os problemas da Argentina causados pelo "kirchnerismo" e suas atitudes "populistas". Em pouco tempo no poder, no entanto, Macri afundou a Argentina. Agora, o país se vê diante da possibilidade de um arrocho ainda maior para tentar reverter a crise, o que só agravará o problema. No momento em que o Brasil se prepara para eleger um novo presidente, é fundamental que o eleitor reflita sobre o que acontece quando se vota na direita. Ela não soluciona nenhum dos problemas que promete resolver. Pelo contrário, só os agrava. Não se obtém crescimento econômico com corte de gastos. Não há nenhuma solução econômica duradoura sem justiça social e distribuição de renda. O resto é falácia neoliberal para enganar desavisados .

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

O incêndio do Museu Nacional

Nunca um acontecimento traduziu com tanta precisão o estágio deprimente em que se encontra o Brasil. Num país governado por um golpista, com a cultura sucateada, mergulhado na corrupção e com um candidato a presidente que propõe o uso da violência como solução administrativa, o incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, é a demonstração de que nada é tão ruim que não possa piorar. Um enorme e qualificado acervo de mais de 20 milhões de itens, vira cinzas em poucas horas, resultado direto da indiferença com que os detentores do poder tratam os bens culturais. O contingenciamento de verbas, que impede a preservação e manutenção dos museus do país, ocorre porque a prioridade do governo é atender os interesses do grande capital, favorecido com toda a sorte de incentivos e isenções. A direita não preza a cultura, nem a educação. Por motivos óbvios, já que o seu projeto de subjugação da sociedade se fortalece com uma população privada do conhecimento. Num país em que as más notícias parecem soterrar a todos, o incêndio de ontem foi o ápice. O Brasil é um barco à deriva. Cabe aos eleitores lembrarem disso na eleição presidencial, para que tamanho descaso com a história e memória do país não volte a acontecer.

domingo, 2 de setembro de 2018

Auxílio precioso

Como se fosse um daqueles filmes de sucesso que se desdobram em várias continuações, o Inter, novamente, contou com a colaboração da arbitragem na obtenção de um resultado. Dessa vez, o auxílio precioso da arbitragem ocorreu, hoje, no empate em 0 x 0 com o Cruzeiro, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro. O Cruzeiro foi melhor durante o jogo inteiro, mas esbarrava nas grandes defesas do goleiro do Inter, Marcelo Lomba, que impedia que abrisse o placar. A insistência do Cruzeiro na busca pelo gol iria ser premiada, quando, de forma absurda, o árbitro Wilton Pereira Sampaio (GO), o mesmo que não viu três pênaltis em favor do Grêmio no Gre-Nal do primeiro turno, marcou uma falta inexistente de Bruno Silva sobre Iago num lance em que Raniel estava abrindo o placar para o Cruzeiro. Tanto naquele Gre-Nal como hoje, a ação da arbitragem resultou em empates, garantindo ao Inter dois pontos que não iria obter. Num campeonato de pontos corridos, isso tem grande influência para a colocação final na classificação. Como já foi destacado muitas vezes nesse espaço, o apito amigo em favor do Inter é algo que está presente em toda a história do clube. Assim, o Inter tem ganho preciosos pontos para quem busca se manter entre os primeiros colocados do Brasileirão. Não se deve subestimar quem tem a arbitragem como força auxiliar. 

sábado, 1 de setembro de 2018

Uma chuva de gols

Um favoritismo confirmado com uma facilidade maior que a esperada. Assim foi a goleada do Grêmio por 4 x 0 sobre o Botafogo, hoje, na Arena, pelo Campeonato Brasileiro. Com um único titular ausente, Marcelo Grohe, o Grêmio colocou em campo um time muito superior ao do Botafogo. O primeiro gol veio numa cobrança de pênalti, mas o Grêmio já havia perdido várias oportunidades claras. O placar não refletia a imensa superioridade do Grêmio, que só marcou o segundo gol no final do primeiro tempo. No segundo tempo, o panorama não se alterou. As chances de gol se acumulavam em favor do Grêmio, que marcou mais dois gols, sendo um deles, novamente, de pênalti. A goleada poderia ter sido muito mais ampla, não fossem as várias chances desperdiçadas pelo Grêmio. Nem mesmo a chuva, que, em dado momento, se tornou torrencial, criando poças d'água no gramado, causou dificuldades ao Grêmio. Foi, também, uma chuva de gols. A atuação do Grêmio mostrou, mais uma vez que, a exemplo do que ocorreu em 2017, ele seria o maior candidato ao título do Brasileirão, desde que priorizasse a competição. Por outro lado, o Botafogo que já está no seu quarto técnico nesse ano, demonstrou muita fragilidade técnica, e deverá ter como principal preocupação, até o final da disputa, a de evitar a possibilidade de rebaixamento.