segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Naufrágio

O conteúdo do texto "Trapalhadas", que escrevi há apenas dois dias, tornou-se ainda mais pertinente depois do ocorrido hoje no Grêmio. Ao meio-dia, como uma bomba que desaba sobre a cabeça do torcedor, veio a notícia de que Jonas estava fora do Grêmio e que iria jogar no Valência, da Espanha. Em mais uma demonstração de absoluta inépcia, dessa vez conjugando as ações da antiga e da atual diretoria, o clube deixou escapar o goleador do Campeonato Brasileiro de 2010 e que, junto com o craque Neymar, do Santos, foi quem mais marcou gols no país no ano passado, num total de 42. Pior do que isso, Jonas sai do Grêmio com o clube recebendo, em reais, algo em torno de 2 milhões e 800 mil. Uma quantia irrisória para um jogador de tamanha importância. A diretoria anterior, ao prorrogar o contrato de Jonas até o final de 2011, aceitou estipular uma multa rescisória baixíssima. O ex-presidente Duda Kroeff disse que foi uma exigência do jogador e que, caso o Grêmio não aceitasse, ele não estenderia o seu contrato com o clube. Assim, o Grêmio repete, no caso em questão, a mesma atitude quando da saída de jogadores como Renato e Ronaldinho, que deixaram o clube em grande momento das suas carreiras, sem que os cofres da instituição recebessem a devida contrapartida. Em menos de um mês de trabalho efetivo da atual diretoria, é o segundo "mico" que o Grêmio paga, junto com o fracasso da negociação de Ronaldinho. Some-se a tudo isso a confusão envolvendo a vinda de Vinìcius Pacheco, o insucesso na tentativa de trazer Rodolfo e Gilberto Silva e a ausência de grandes contratações. O que se tem, então, é que uma administração que reunia enorme expectativa positiva por parte da torcida, caminha, já no seu início, na direção do naufrágio.