quarta-feira, 20 de julho de 2011

Paraguai é o outro finalista

Depois da classificação do Uruguai, ontem, para a decisão da Copa América, restava saber, na noite de hoje, quem seria o seu adversário. Depois de um empate em 0 x 0 no tempo normal de jogo, que persistiu na prorrogação, o Paraguai eliminou a Venezuela nos tiros livres da marca do pênalti e irá decidir a Copa América contra o Uruguai. O que chama a atenção, e deveria servir para que os defensores do formulismo revisassem seus conceitos, é que o Paraguai, em quatro jogos até aqui, só obteve empates. Isso é um rematado absurdo. Como pode uma equipe que ainda não venceu um jogo sequer já ser no mínimo vice-campeã de uma competição? Se ainda faltasse alguma coisa para demonstrar o quanto o formulismo propicia absurdos e injustiças, esse exemplo não deixa mais dúvidas. Já quanto à decisão propriamente dita, o Uruguai é o favorito e, se confirmar tal condição, evitará o vexame de a campeã ser uma equipe sem nenhuma vitória ao longo da competição.

Realidade desalentadora

O Grêmio parece esforçar-se para, a cada dia, desanimar ainda mais o seu torcedor. Sem ganhar um título relevante há dez anos, o clube parece chafurdar na mesmice e na falta de horizonte, com atitudes que, por vezes, caminham na direção do apequenamento de uma instituição grandiosa. O empate do Grêmio com o Figueirense em 0 x 0 na noite de hoje, em Florianópolis, pelo Campeonato Brasileiro, foi de acabar com a paciência do mais fiel dos torcedores. Jogando contra um adversário modesto tecnicamente, ainda que invicto em seu estádio, o Grêmio foi dominado na maior parte do tempo, teve uma série de atuações individuais ruins, contentou-se em atuar pelo empate, e só não perdeu a partida porque seu goleiro, Marcelo Grohe, em magnífica fase, defendeu um pênalti. Os tão propalados benefícios dos 10 dias sem jogos, com muito tempo para realizar treinos, não se fizeram sentir. Ao contrário, parece que, nesse período, o Grêmio ampliou a mediocridade do seu futebol. Se Marcelo Grohe, mais uma vez, foi extraordinário, alguns jogadores estiveram muito mal na partida. Leandro nada fez, preocupando-se mais em simular faltas do que em jogar um bom futebol. André Lima, certamente, foi o pior jogador em campo. Douglas continuou a errar passes numa frequência irritante. Gilberto Silva praticou um erro inaceitável para um jogador de 34 anos que já disputou três Copas do Mundo, ao cometer um pênalti aos 44 minutos do segundo tempo. Não fosse a defesa de Marcelo Grohe e o Grêmio teria amargado mais uma derrota, depois do pênalti infantil de Gilberto Silva. O Grêmio com ou sem reforços, com esse ou aquele técnico, continua o mesmo. O time não dá ao torcedor nenhuma esperança concreta de melhora. O grande Grêmio se encaminha para um futuro imediato de lutar para não cair e, quem sabe, se classificar para a Copa Sul-Americana. O Grêmio só voltará a jogar na próxima quarta-feira, contra o América-MG no Olímpico. Portanto, terá, mais uma vez, um largo período só dedicado aos treinos. Depois do que se viu contra o Figueirense, no entanto, essa é uma vantagem muito discutível.