quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Campeão

O que era um objetivo tenazmente perseguido tornou-se realidade. O Grêmio é campeão da Libertadores pela terceira vez. Havia uma certa apreensão pelo fato do segundo jogo da decisão contra o Lanus ser fora de casa
Essa preocupação logo se desfez. Com um primeiro tempo primoroso, o Grêmio abriu 2 x 0 no placar, ontem, no La Fortaleza, com dois golaços, de Fernandinho e Luan. Ficou claro que o título não escaparia mais. Como as conquistas do Grêmio quase sempre tem uma dose de sofrimento, o gol do Lanus causou uma certa aflição nos torcedores, mas o time estava seguro e não permitiu que o adversário iniciasse uma reação. O título ganho pelo Grêmio quebrou paradigmas. Afinal, o Grêmio chegou ao título jogando um belo futebol, contrariando a ideia, amplamente disseminada, de que sua característica histórica como time é ganhar por meio da garra e da força. Contrariando essa visão preconcebida e equivocada, o Grêmio obteve os títulos da Copa do Brasil de 2016 e da Libertadores de 2017 com um futebol técnico e de troca de passes, em nada semelhante ao propalado estilo gaúcho de marcação forte e esquemas defensivos. A Libertadores foi ganha por quem deu prioridade absoluta para a competição. Foram muitos os destaques da campanha vitoriosa do Grêmio. Marcelo Grohe, Geromel, Kannemann, Arthur, Luan. Porém, o grande destaque foi, sem dúvida, o técnico Renato. Depois de ter sido campeão da Libertadores pelo Grêmio como jogador, agora obteve o mesmo título como técnico. No Brasil é o único técnico a realizar essa façanha. Maior jogador da história do clube, já está se tornando, também um de seus maiores técnicos. Renato já faz por merecer, mesmo, por parte do Grêmio, como vem sendo aventado há algum tempo, uma estátua em sua homenagem.