sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

O grande desejo para 2022

Todo novo ano traz consigo a esperança de dias melhores. Porém, o grande desejo para 2022, que o difere de tantos outros anos, é que as eleições presidenciais, que ocorrerão em outubro, possam trazer perspectivas de reconstrução de um país destruído por um presidente genocida. Não haverá nenhum futuro para o Brasil com a reeleição de Jair Bolsonaro. A chamada "terceira via" também nada fará que possibilite ao país enfrentar seus dramas, a desigualdade social, a pobreza crescente, entre tantos outros. Só um governo comprometido com a cidadania, agindo para dar oportunidades a todos, defensor das minorias, criador de emprego e renda, pode mudar o triste quadro atual do país. A sensatez dos eleitores é o maior presente que 2022 poderá trazer para todos os brasileiros.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

A confissão de Moro

O ex-juiz Sérgio Moro admitiu, ontem, que a Operação Lava-Jato agiu politicamente contra o PT. A confissão de Moro se constitui, sem dúvida, num escândalo, e confirma tudo aquilo que o Supremo Tribunal Federal já havia conceituado ao anular as suas sentenças contra o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, ou seja, que agiu de modo parcial, sem observar o devido processo legal. O mais aterrador é que Moro é pré-candidato a presidente, um dos tantos da chamada "terceira via". Despreparado, inculto, desonesto e sectário, Moro tem o apoio de setores da elite brasileira, que tentam vender a sua imagem como a de um "herói". Na verdade, Moro não é herói de nada, está a serviço dos piores interesses de grupos econónomicos de direita. Como ex-juiz, Moro não goza mais da imunidade dada aos magistrados. Deveria ser processado e julgado por seus crimes, em vez de concorrer a presidente. O lugar de Moro é na cadeia, não num palácio governamental.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

A falsa solução do Cruzeiro

O Cruzeiro foi o primeiro clube do futebol brasileiro a aderir ao modelo da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Na SAF, o clube continua existindo como instituição, mas cede o gerenciamento do seu departamento de futebol para investidores privados, como forma de realizar o seu saneamento financeiro. No caso específico do Cruzeiro, o clube vive uma enorme crise financeira, e a SAF seria a grande saída. Bastaram poucos dias desde a adesão ao novo método de administraçào para que se perceba que ele não trará um melhor rendimento esportivo para o Cruzeiro, que vai disputar o Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão pelo terceiro ano seguido, o que jamais havia acontecido com um grande clube brasileiro. A falsa solução do Cruzeiro vai enxugar uma folha salarial que já era baixa para um clube do seu porte. Com isso, a chance de formar um grupo qualificado e competitivo é, praticamente, inexistente, podendo levar o clube a ter de ficar mais tempo na Segunda Divisão, o que seria devastador para a autoestima do torcedor. Um clube não deve ser administrado como uma empresa. A razão de ser para um clube é conquistar vitórias, não obter superávits, nem se tornar um fornecedor.de jogadores para o mercado. Não será necessário muito tempo para que a SAF frustre os seus apoiadores. No Brasil, o complexo de vira-lata da imprensa esportiva, sempre entusiasta de fórmulas mágicas vindas do exterior, leva a que se comemorem esses embarques em canoas furadas. O tempo deixará claro o equívoco desse modelo.

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

A desfaçatez de Bolsonaro

A capacidade de cometer as mais variadas canalhices, por parte do presidente genocida Jair Bolsonaro, parece inesgotável. Depois de aproveitar o feriadão de Natal em Guarujá (SP), Bolsonaro se encontra em Santa Catarina para mais um período de folga, até o Ano Novo. O ex-capitão se mostra indiferente a tragédia causada pelas chuvas na Bahia, que já ceifou mais de 20 vidas. Não há previsão legal de férias para presidentes, embora seja comum que eles gozem folgas em finais de ano. Ocorre que, diante do que está acontecendo na Bahia, espera-se que o ocupante do principal cargo político do país esteja empenhado em buscar soluções para a aflitiva situação, não em desfrutar momentos de lazer. Como se isso já não bastasse, Bolsonaro prossegue no seu negacionismo em relação à pandemia de coronavírus, e afirmou que sua filha não irá tomar a vacina. A desfaçatez de Bolsonaro no trato desses e de outros assuntos é revoltante, mas isso só faz com que se sinta mais estimulado a continuar se comportando dessa forma. Sádico, Bolsonaro se alimenta do sofrimento alheio. O país precisa se livrar desse verme.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Uma escolha sem convicção

Depois de muitas idas e vindas, o Inter anunciou, hoje, o seu novo técnico, o uruguaio Alexander "Cacique" Medina. O problema é que parece ser uma escolha sem convicção. Medina era parte de uma lista com outros nomes, e quando parecia que tinha se tornado o preferencial, o Inter direcionou o seu foco para o português Paulo Sousa, técnico da seleção da Polônia. O Flamengo também mostrou interesse por Sousa, e o Inter, sem poder competir com o clube carioca, voltou a procurar Medina. Com um bom trabalho no Talleres de Córdoba (ARG), Medina não tem, no entanto, títulos, nem um currículo extenso. Constitui mais uma aposta, como outras que o clube tem feito recentemente. Num clube com um grupo que necessita acrescentar muita qualidade, mas não dispõe de recursos financeiros, as perspectivas para Medina não parecem das mais animadoras.

domingo, 26 de dezembro de 2021

Modismo

Muitos dos grandes clubes do futebol brasileiro seguem priorizando a contratação de técnicos estrangeiros. O grande êxito do português Jorge Jesus no Flamengo, em 2019, fez com que a busca por técnicos de fora virasse uma tendência. Com os títulos conquistados pelo também português Abel Ferreira no Palmeiras, essa preferéncia se intensificou. Porém, nem todos os técnicos estrangeiros foram bem sucedidos no Brasil. Trata-se de um modismo. O argentino fanfarrão Jorge Sampaoli não ganhou nem um título em seus trabalhos no Santos e Atlético Mineiro, chamando mais a atenção por seu histrionismo na área técnica. O português Jesualdo Ferreira e o argentino Ariel Holan tiveram trajetória meteórica no Santos, que só encontrou o seu rumo com Cuca, brasileiro que o levou ao vice-campeonato da Libertadores em 2020. O mesmo Cuca foi campeão brasileiro e da Copa do Brasil pelo Atlético Mineiro, em 2021, dando ao clube os títulos que Sampaoli não obteve. O Flamengo está por fechar a contratação do técnico da seleção da Polônia, o português Paulo Sousa, que também interessou ao Inter. Sem condições de disputar o técnico com o Flamengo, o Inter deverá trazer o uruguaio Alexander "Cacique" Medina, de bom trabalho no Talleres de Córdoba (ARG). Não há nenhuma garantia de que Sousa e Medina possam ter sucesso. O uruguaio, aliás, será o quarto técnico estrangeiro do Inter em pouco mais de dois anos. Antes dele, o argentino Eduardo Coudet, o espanhol Miguel Angel Ramirez, e o também uruguaio Diego Aguirre, trabalharam no clube. Nenhum deixou saudade. Foi o brasileiro Abel Braga, que esteve no Inter depois de Coudet e antes de Ramirez que conseguiu o melhor desempenho, sendo vice-campeão brasileiro em 2020. No Flamengo, se Jorge Jesus teve muito sucesso, o espanhol Domenéc Torrent ficou apenas três meses, por força de um mau trabalho. Nào é a nacionalidade dos técnicos que fará a diferença em termos de resultados. Ainda que óbvia, essa realidade segue sem ser percebida pelos clubes brasileiros.

sábado, 25 de dezembro de 2021

Privatização inaceitável

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou, há dois dias, que a privatização do Banrisul é inevitável, e terá de avançar. A declaração de Leite é uma ignomínia, pois essa é uma privatização inaceitável, por vários aspectos. O maior deles é que o Banrisul é o principal banco do Estado, mesmo concorrendo com gigantes privados. Portanto, o velho argumento da ineficiência de orgãos estatais nào se aplica ao banco. Sua lucratividade é crescente, o que elimina um dis fatores semore argüidos quando se defendem privatizações, ou seja, de que a empresa é improdutiva. Ao assumir o cargo, Leite prometeu não privatizar o Banrisul, mas, agora, mudou o discurso. Disse que não privatizou o banco porque não teve tempo, já que tinha outras prioridades, mas espera eleger um governador que siga as suas ideias. Para a sorte da população, Leite não irá concorrer à reeleição. Cabe ao eleitorado do Rio Grande do Sul levar a esquerda de volta ao poder para impedir que iniqüidades como a venda do Banrisul sejam consumadas.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

O Natal da fome

Pouco há a se comemorar no Natal de 2021 no Brasil. Por força de um governo genocida, insensível às necessidades sociais, esse é o Natal da fome. Milhões de brasileiros estão famintos, vítimas do desemprego e de uma inflação corrosiva. No seu horizonte, só há desesperança. Não será fácil erradicar esse quadro, e isso só poderá começar a ser feito quando o poder mudar de mãos. Países próximos ao Brasil já demonstraram qual é o caminho. A Argentina livrou-se de Maurício Macri e conduziu Alberto Fernandez ao poder. No Chile, Gabriel Boric venceu a extrema direita e trouxe uma promessa de novos tempos. O sinal está dado. Em novembro de 2022, o Brasil terá de acabar com o pesadelo deflagrado em 2018. Só um governo de esquerda poderá trazer perspectivas de se fazer um pais mais justo e menos desigual. O desatino eleitoral da última eleição presidencial não poderá se repetir. Só assim, os próximos natais não serão marcados pela fome e exclusão social.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Primeiros reforços

Depois de várias dispensas, o Grêmio anunciou, hoje, as suas primeiras contratações para 2022. Os primeiris reforços foram o lateral direito Orejuela, e o esquerdo Nícolas. Orejuela já jogara no Gŕêmio em 2020, emprestado pelo Cruzeiro. O Grêmio pretendia contratae o jogador em definitivo, pagando o preço estipulado, mas o Cruzeiro aumentou o valor, e o negócio nào.foi concretizado. Atualmente, Orejuela estava no São Paulo, e volta para o Grêmio, novamente, por empréstimo, de um ano de duração. Nícolas era reserva no Athletico Paranaense e, provavelmente, começará sua trajetória no Grêmio na mesma condição. Um dado favorável nas duas contratações é a idade dos jogadores. Os 26 anos de Orejuela e 24 de Nícolas representam uma quebra na tendência do Grêmio de contratar jogadores veteranos. O Grêmio necessita de muitas contratações, aliando quantidade com qualidade. Aguardam-se muitas novidades ainda antes do final do ano.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Embate revelador

Uma "treta" está agitando o país desde ontem. O que poderia ser apenas mais um fuxico do mundo do espetáculo mostrou-se como um embate revelador das tensões sociais brasileiras. Tudo começou quando o ator Ícaro Silva postou, no Twitter, um desmentido sobre os rumores de que participaria da próxima edição do programa "Big Brother Brasil". Silva declarou que jamais participaria de um programa de "entretenimento medíocre" como o "BBB", e pediu que respeitassem a sua trajetória. Pouco tempo decorrido depois, o ex-apresentador do "BBB", Tiago Leifert, reagiu ao "tuíte" de Silva com uma postagem raivosa. Leifert argumentou que Silva havia sido arrogante e que não fizera uma crítica construtiva, ofendendo aos que participaram do programa. Num assomo de prepotência, Leifert, que exaltara a grande audíência e o enorme faturamento comercial do "BBB", chegou ao ponto de argumentar que o programa é que teria pago o salário de Silva na Globo, e que o ator não deveria permanecer numa empresa que produz conteúdos que ele não aprecia. Hoje, Silva publicou uma tréplica vigorosa contra Leifert, na qual expressa que são o seu talento e esforço que garantem o seu salário, e estranhando que sua manifestação tenha gerado tão virulenta reação do ex-apresentador que, no entanto, não se pronunciou quando casos de racismo e homofobia ocorreram no programa. Dessa vez, Leifert não rebateu Silva, mas excluiu de seu grupo de seguidores todos os que apoiaram o posicionamento do ator, uma lista que inclui, entre outros, ex-participantes do programa, como é o caso de Graziele Massafera e Manu Gavassi, por exemplo. Não é a primeira vez que Leifert adota esse tipo.de postura. Anteriormente, criticara esportistas que fazem manifestações de cunho político. Filho de um poderoso diretor da Globo, branco, heterossexual, e de origem economicamente privilegiada, Leifert é a cara da casa grande brasileira. Porém, Silva, de origem pobre, negro, homossexual e sem padrinho para lbe abrir caminhos, recusa o papel de integrante da senzala. Tomara que outros tantos tenham a coragem de Silva, e não se curvem ao elitismo de figuras como Leifert.

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

70 anos de uma paixão brasileira

Não parece crível, mas, na data de hoje, completam-se sete décadas que foi ao ar o primeiro capitulo de uma novela de tevê no Brasil. São 70 anos de uma paixão brasileira, iniciada com "Sua vida me pertence", da extinta Rede Tupi. Ainda não era uma novela diária, sua exibição se dava duas vezes por semana. Um outro fato, afora o pioneirismo, notabilizou "Sua vida me pertence", que foi o primeiro beijo na boca da teledramaturgia brasileira, trocado entre os atores Válter Forster e Vida Alves. As novelas prosseguiram com exibição irregular por mais de dez anos. Somente em 1963, "2-5499 ocupado", da extinta TV Excelsior, se tornaria a primeira novela diária da televisão brasileira. Nos primeiros tempos, as novelas no Brasil tinham temáticas distantes da realidade do país. Seus enredos remetiam a reinos medievais, histórias rocambolescas, sem conexão com o momento presente. Tudo mudou com "Beto Rockefeller", de 1968, da Rede Tupi. Com uma história contemporânea, retratando um ambiente brasileiro, revolucionou o gênero e tornou-se um enorme sucesso. A partir dos anos 70, as novelas se tornaram, definitivamente, o programa de tevê preferido dos brasileiros. Novelas como "Irmãos Coragem", "Selva de Pedra", "O Bem Amado", "Gabriela", "O Astro", "Dancin Days", todas da Rede Globo, tiveram audiências estrondosas, e consolidaram o gênero. Nas décadas seguintes, vieram outros grandes êxitos, como "Roque Santeiro", "Vale Tudo", "Terra Nostra", "Renascer", "Avenida Brasil". O tempo não para, e as novelas se adaptam às mudanças, mas sem perder o seu vigor. Muitas novelaa brasileiras foram exportadas para diversos países. Aos 70 anos, a novela brasileira segue cheia de vitalidade.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Fornecedores

O futebol brasileiro sempre foi um manancial de bons jogadores. Não é por acaso que a Seleção Brasileira é a única que disputou todas as Copas do Mundo, e a maior vencedora da competição, com cinco titulos. Porém, a globalizaçào econômica fez com que os talentos revelados pelos clubes fossem cada vez mais jovens para o exterior. A partir daí, os clubes brasileiros tornaram-se meros fornecedores de mão-de-obra para outros países. Com o dinheiro obtido vendendo suas revelações, os grandes clubes brasileiros pagam contas e repatriam veteranos que não interessam mais aos futebol de fora do país. Nem mesmo o Flamengo, clube saneado financeiramente, foge desse figurino. Revelações como Vinícius Júnior, Lucas Paquetá e Reinier foram vendidos depois de fazerem poucos jogos pelo clube. Com parte do dinheiro, em 2019, o Flamengo trouxe os rodados Rafinha e Felipe Luís, de longa trajetória na Europa. O Atlético Mineiro, que ganhou o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil em 2021, trouxe nomes como Hulk e Diego Costa, outros experientes jogadores com extensa carreira em clubes estrangeiros. Esse quadro segue imutável. Ainda durante o ano que está por se encerrar, o Flamengo trouxe outro veterano, David Luiz. O Corinthians repatriou Renato Augusto e William. Para o próximo ano, o Fluminense já anunciou as contratações de Felipe Melo e William Bigode. O São Paulo contratou Rafinha, que já havia estado no Grêmio. Enquanto isso, Vanderson, revelação do Grêmio, foi vendido para o Mônaco, mantendo uma prática do clube que, em anos recentes, negociou jovens como Wallace, Tetê, Diego Rosa, Pedro Rocha, Éverton Cebolinha e Pepê. O triste panorama atual do futebol brasileiro é feito de reforços de 33 anos (Renato Augusto), 34 (David Luiz), 35 (William Bigode), 38 (Felipe Melo). Enquanto isso, os clubes que os adquirem vendem as pérolas que revelam em suas categorias inferiores. Um quadro que, lamentavelmente, não tem perspectivas de mudança, pois é determinado pela macroeconomia.

domingo, 19 de dezembro de 2021

Notícia alentadora

Pode-se gostar, ou não, do vice-presidente de futebol do Grêmio, Dênis Abrahão. Porém, é inegável que Abrahão não se presta a ser uma figura decorativa, e exerce seu cargo com ampla autoridade. A reafirmação dessa condição se deu, hoje, com o desmentido sobre uma possível contratação. O goleiro Fernando Miguel, de 35 anos, que jogou o Campeonato Brasileiro pelo Atlético Goianiense, mas pertence ao Vasco, teve sua contratação pelo Grêmio especulada pela imprensa, pois o clube desejaria contar com um jogador experiente para a posição. O jogador teria, também, a simpatia do técnico Vágner Mancini. Ouvido a respeito, Abrahão negou veementemente a informação e disse que o Grêmio não procura goleiros, pois conta com dois jovens estupendos para a posição. Sem dúvida, é uma notícia alentadora. Assim deve agir um vice-presidente de futebol. Cabe ao ocupante do cargo estabelecer a política de futebol do clube. O fato de o técnico indicar um jogador não significa que ele deva, necessariamente, ser contratado. Se Abrahão tivesse ocupado o cargo no tempo em que Renato era o técnico do Grêmio, muitas contratações erradas poderiam não ter ocorrido. A prioridade de Abrahão, por enquanto, é a contratação de centroavantes, no que está certíssimo. Com a devoluçào de Borja ao Palmeiras, e a dispensa de Diego Souza, o Grêmio só conta com o limitadíssimo Churin para a posição. A tarefa de evitar o rebaixamento do Grêmio no Campeonato Brasileiro não foi cumprida por Abrahão, que assumiu quando faltavam, apenas 14 jogos para o final da competição. Agora, iniciando um trabalho de reestruturação do grupo, terá a chance de mostrar sua competência.

sábado, 18 de dezembro de 2021

Falsa solução

O futebol brasileiro foi sacudido fortemente, hoje, com a notícia de que Ronaldo Fenômeno tornou-se o acionista majoritário do Cruzeiro, o primeiro clube brasileiro a se transformar numa emoresa. Na prática, Ronaldo, agora, é o dono do Cruzeiro, dando início a um modelo de administração há muito tempo existente na Europa. Aliás, Ronaldo já é proprietário de um clube europeu, o Valladolid, da Espanha. Os cronistas esportivos alinhados com os " modernos métodos de administração" ficaram em polvorosa com a novidade. Na sua estultice característica, acham que a privatização dos clubes é a grande saída para o futebol brasileiro. Parecem ignorar que o Valladolid, sob o controle de Ronaldo, está na Segunda Divisão da Espanha, ou seja, ter um proprietário não é garantia de sucesso esportivo. Na verdade, a transformação dos clubes em empresas é uma falsa solução. Mais uma vez, o Brasil mimetiza o que acontece no exterior, partindo do pressuposto de que é preciso copiar o modelo de países mais "evoluídos". Com o transcorrer do tempo, se constatará que, para os torcedores, razão de ser dos clubes, haverá pouco efeito prático em termos de resultados. Não tardará para que a nova configuração do futebol brasileiro caia em descrédito. Os problemas dos clubes nada têm a ver com o modelo pelo qual são geridos. Ter dono e vários ocupantes de cargos administrativos bem remunerados não garante o êxito esportivo de um clube, apenas favorece aqueles que tratam o futebol como um meio de obter lucros, sem nenhum compromisso com a paixão dos torcedores.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

A ilha da fantasia

Antes um esporte essencialmente popular, o futebol sofre um processo de acentuada elitização. Os estádios gigantescos foram encolhidos, como, por exemplo o Maracanã, ex-maior do mundo que, agora, tem um terço da sua capacidade original. Os novos estádios já são construídos com capacidade reduzida. Em ambos os casos, os espaços são demarcados, só há cadeiras. O torcedor mais pobre foi excluído dos estádios, só lhe resta assistir os jogos pela tevê e comemorar os títulos no espaço das ruas. Só nessa hora, a das grandes comemorações, é que os jogadores saem de suas bolhas e reverenciam o povão torcedor. No restante do tempo, deslumbrados com seus altos salários e os privilégios que desfrutam, ignoram o sentimento dos torcedores, como foi o caso de Douglas Costa, do Grêmio, que queria fazer uma festa luxuosa de casamento no Copacabana Palace na antevéspera do jogo que decidiria a permanência, ou não, do clube na Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro, o que, é óbvio, não foi autorizado. Censurado pela torcuia por sua postura, Douglas Costa respondeu com palavrões nas redes sociais. Vindos, na maioria, dos extratos menos favorecidos da sociedade, os jogadores obtém uma ascensão econômica extraordinária, e perdem o contato com a realidade das pessoas comuns. A ilha da fantasia em que se transformou o futebol fez dos jogadores meninos mimados e insensíveis ao sentimento dos torcedores. Desconectado da paixão popular, o futebol deixa de ser um esporte, e se torna, tão somente, num negócio.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Braços cruzados

Embora as pesquisas sinalizem uma vitória de Luís Inácio Lula da Silva na eleição presidencial de 2022, talvez no primeiro turno, não há razão para ser leniente com as ações absurdas do atual ocupante do cargo, Jair Bolsonsaro. O genocida não é uma carta fora do baralho, e ficar de braços cruzados diante de seus desmandos é uma atitude inaceitável, seja dos seus opositores ou do Poder Judiciário. Lula parece estar apostando todas as suas fichas em que Bolsonaro concorra na eleição, por isso, nunca apoiou a sua deposição. O Judiciário vê Bolsonaro praticar toda sorte de arbitrariedades e nada faz afora, eventualmente, rosnar com ameaças que não se transformam em medidas efetivas. O ex-capitào já interferiu, e admitiu isso publicamente, no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), simplesmente porque o orgão contrariou os interesses de seu amigo e apoiador Luciano Hang, dono das Lojas Havan, e gabou-se de que, se for reeleito, terá 40% dos ministros do Supremo Tribunal Federal indicados por ele, Sabidamente, Bolsonaro e os tresloucados que lhe chamam de "mito" não terão limites na busca da reeleição. Deixar o barco correr e Bolsonaro concorrer novamente é uma atitude lesa-pátria. O Brasil não pode correr o risco de Bolsonaro ser reeleito. Lula e o PT erram ao preferir que Bolsonaro concorra normalmente, e a Justiça se limita a rosnar ameaças contra o sociopata, sem jamais as cumprir. Ainda há tempo de cessar com os malfeitos de Bolsonaro, depondo-o do cargo.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Confirmação

Depois da goleada de 4 x 0 no primeiro jogo, no Mineirão, ficou evidente que o Atlético Mineiro seria o campeão da Copa do Brasil, pois o Athletico Paranaense não conseguiria reverter o resultado na segunda partida. Assim, com a vitória por 2 x 1, hoje, na Arena da Baixada, o Atlético Mineiro, apenas, fez a confirmação do que se esperava. A diferença técnica em favor do clube mineiro, mais uma vez, ficou evidente, embora o Athletico Paranaense tenha jogado bem melhor do que na primeira partida. Vitória mais do que justa do Atlético Mineiro, que ganhou o Campeonato Brasileiro com sobras e foi, absurdamente, desclassificado de forma invicta da Libertadores, devido ao execrável critério do gol qualificado. Pela segunda vez na história, um clube conquista o Campeonato Brasileiro.e a Copa do Brasil no mesmo ano. O outro foi o Cruzeiro, maior rival do Atlético Mineiro, em 2003. O Atlético Mineiro, assim, encerra um ano inesquecível para o clube e a sua torcida.

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Perspectiva aterradora

Ainda faltam onze meses para a eleição que escolherá o próximo governador do Rio Grande do Sul, o que, em política, é muito tempo. Porém, até agora, o que se vê é uma perspectiva aterradora, em se tratando de prováveis candidaturas. Não há nenhuma cogitação mais consistente de candidatos á esquerda, mas são vários os nomes especulados pela direita. Nomes capazes de causar calafrios, por sinal. O PP acena com Luís Carlos Heinze, o DEM pensa em Onyx Lorenzoni, o MDB divide-se entre José Ivo Sartori, Alceu Moreira e Gabriel Souza, o PSDB deve ir com Ranolfo Vieira Júnior. Cada um desses, se eleito, representaria um desastre para o Estado. Heinze e Onix são bolsonaristas, homofóbicos, misóginos, racistas. Sartori foi, sem dúvida, o pior governador do Rio Grande do Sul em todos os tempos. Moreira é tão reacionário quanto Heinze e Onix, Souza foi líder de Sartori na Assembleia Legislativa. Ranolfo é o vice de Eduardo Leite, outro péssimo governador. Para um Estado que já foi governado por Leonel Brizola, Alceu Collares, Olívio Dutra e Tarso Genro, nomes como os referidos acima soam como um pesadelo. Está mais do que na hora de a esquerda começar a se movimentar para definir possíveis candidatos. O Estado que já foi um bastião da esquerda não pode se transformar num feudo da direita.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Estranha continuidade

O rebaixamento para a Segunda Divisão parece não ter sido devidamente entendido pelo Grêmio. O clube decidiu-se pela permanência do vice-presidente de futebol, Dênis Abrahão, e do técnico Vágner Mancini, optando pela estranha continuidade de um projeto fracassado. A tênue melhora de produção do Grêmio nos últimos jogos do Campeonato Brasileiro não serve de argumento para a manutenção de Abrahão e Mancini em seus cargos. Em primeiro lugar, porque esse melhor rendimento não evitou o rebaixamento. Depois, porque o crescimento se deu diante de adversários descaracterizados, casos do Red Bull Bragantino e Atlético Mineiro, desmotivados, como o Flamengo, e desqualificados, situação da Chapecoense. Uma queda para a Segunda Divisão de um clube do porte do Grêmio exige ampla correção de rumos, pouco deve ser preservado. A soberba tantas vezes percebida durante a administração do presidente Romildo Bolzan Júnior, pelo visto, permanece, mesmo com um acontecimento tão humilhante como o rebaixamento. A impressão que se tem é a de que o Grêmio acha que subirá de divisão facilmente. O presidente e demais dirigentes mostram, assim, que continuam divorciados do sentimento do torcedor. A torcida do Grêmio, na sua esmagadora maioria, deseja a saída de Mancini. O torcedor é, sempre, o principal aliado com que conta um grande clube para superar a traumatizante participação na Segunda Divisão. Começar o planejamento para 2022 contrariando a vontade da torcida não parece nem um pouco recomendável para quem precisa virar uma página tão dolorosa da sua história.

domingo, 12 de dezembro de 2021

A pausa na hegemonia

O que vinha se insinuando em anos anteriores, enfim, tornou-se realidade. Max Verstappen, da Red Bull, é o novo campeão mundial de Fórmula 1. O talento do holandês não era segredo para ninguém, mas o fato de ter como principal adversário o maior piloto da Fórmula 1 em todos os tempos, o inglês Lewis Hamilton, se constituía num obstáculo enorme para suas pretensões de conquistar o título. Hamilton divide com Michael Schumacher a condição de recordista de títulos da categoria, com sete. Foi campeão em 2008, 2014, 2015 e, depois, sequencialmente, de 2017 a 2020. Se fosse campeão em 2021, Hamilton se isolaria como o maior vencedor da Fórmula-1. Tudo se encaminhava para isso, mas um acidente com Nicolas Latiffi, da Williams, mudou o rumo da corrida. Faltavam apenas cinco voltas para o final, e Hamilton liderava a corrida com onze segundos de vantagem sobre Verstappen. Porém, uma tentativa mal sucedida de ultrapassagem de Latiffi sobre Miki Schumacher fez com que o piloto da Williams batesse com o seu carro, o que forçou a entrada do safety car. Verstappen entrou nos boxes para trocar pneus, mas a Mercexes decidiu não fazer o mesmo com Hamilton. Faltando uma volta para a corrida acabar, Verstappen, que estava colado à traseira de Hamilton e com pneus novos, ultrapassou seu rival, que não conseguiu retomar a posição.A sensação que fica é a de que Hamilton foi vítima de uma fatalidade, pois, até o acidente, estava ganhando com tranquilidade o seu oitavo título. Até por isso, a pausa na hegemonia de Hamilton deve ser, mesmo, apenas isso, ou seja, um hiato antes de novos títulos.

sábado, 11 de dezembro de 2021

Monarco

Uma lenda do samba. A morte de Monarco, presidente de honra da Portela, hoje, aos 88 anos, representa a perda de mais uma figura mítica da velha guarda do mais representativo dos gêneros musicais do país. Monarco, assim como Nélson Sargento, Dona Ivone Lara, Carlos Cachaça, todos também falecidos, era um nome da era de ouro das escolas de samba, quando os desfiles ainda não haviam se tornado um megaespetáculo tão fascinante quanto caro, transformado num dos maiores atrativos turísticos do Rio de Janeiro. Hoje colocados em posição periférica nos desfiles, obscurecidos pelas alegorias luxuosas e a criatividade cada mais excèntrica dos carnavalescos das escolas, compositores como Monarco, autor de grandes sambas-enredo, constituem o modelo raiz desse gênero tão envolvente. Com a morte deles, o carnaval vai perdendo o que ainda lhe resta de autenticidade e espontaneidade, de composições tão inspiradas quanto despidas de pretensões arrogantes. Nomes que brilhavam no chão de quadra, nas feijoadas sem hora para acabar, embaladas pelo samba que não parava de tocar. Um Brasil de uma arte pura e genuinamente popular vai, aos poucos, saindo de cena, deixando um rastro de saudade.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

As sentenças

Depois de dez dias, chegou ao fim, hoje, o julgamento dos quatro réus do caso da Boate Kiss, em que 242 pessoas morreram, ocorrido em janeiro de 2013. Os réus foram condenados, e as sentenças estabelecidas foram de 22 dois anos e seis meses para Elissandro Spohr, proprietário da boate, 19 anos e seis meses para Mauro Hoffmann, seu sócio, e 18 anos para Luciano Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos, integrantes do grupo "Gurizada Fandangueira". Houve grande comemoração dos familiares das vítimas, mas a vitória ainda não foi definitiva. Como as penas superaram 15 anos, os condenados deveriam sair presos do tribunal. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, no entanto, concedeu um habeas-corpus que permitirá que os quatro recorram da sentença em liberdade. Foram oito anos e onze meses entre a tragédia e o julgamento, e a justiça ainda não se fez por completo. Lenta e complacente, a Justiça brasileira só é dura com os pobres. Para outros segmentos da sociedade, tudo é mais ameno.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Final melancólico

Apenas um ponto ganho nos últimos 18 que foram disputados. O Inter perdeu por 1 x 0 para o Red Bull Bragantino, hoje, no Nabi Abi Chedid, pelo Campeonato Brasileiro, com um gol aos 48 minutos do segundo tempo, chegando a um final melancólico na competição. Para se ter uma ideia, o seu número de vitórias no Brasileirão, 12, foi o mesmo do Grêmio, que acabou rebaixado. Aliás, a desventura do seu maior rival é o único motivo de satisfação para o Inter e seus torcedores. O clube possui uma base perdedora que joga junto há anos, e que precisa ser profundamente modificada. Porém, não há recursos financeiros para fazer grandes contratações, nem jovens revelações das categorias inferiores que possam elevar substancialmente o nível técnico do grupo. Ao não se classificar para a Libertadores, o clube deixará de receber expressivas quantias, dificultando ainda mais a superação de sua delicada situaçâo financeira. O ano do Inter foi desastroso, com eliminações vexatórias na Libertadores e Copa do Brasil, para Olímpia e Vitória, respectivamente. Embora siga na Primeira Divisão, o Inter terá de fazer um trabalho de reestruturação que será tão árduo quanto o do seu maior rival. A tendência é que o jejum de títulos do Inter não acabe no próximo ano.

Rebaixado

Não pode haver surpresa no rebaixamento de um clube que ficou 37 das 38 rodadas do Campeonato Brasileiro entre os quatro últimos colocados. O Grêmio venceu o Atlêtico Mineiro por 4 x 3, hoje, na Arena, mas foi rebaixado para a Segunda Divisão, pois o Juventude derrotou o Corinthians. Foram muitos os motivos da queda do Grêmio. O clube perdeu 19 jogos durante a competição, o equivalente a um turno inteiro. Foi derrotado nos dois jogos que fez contra o Sport, um adversário direto na zona de rebaixamento. Perdeu para o São Paulo por 2 x 1, no Morumbi, com um gol aos 48 minutos do segundo tempo. Afora tudo isso, foi prejudicsdo seriamente pela arbitragem em jogos contra o Palmeiras, Atlético Mineiro, América Mineiro e Inter. O mais incrível é que, mesmo com tudo isso, o Grêmio terminou o Brasileirão com 12 vitórias, o mesmo número do Inter, e mais do que as obtidas por São Paulo, Cuiabá, Ceará e Juventude, clubes que nào caíram. Se o Grêmio tivesse vencido o Gre-Nal do segundo turno, que perdeu por 1 x 0, teria escapado do rebaixamento, e seu maior rival é que cairia. Um dos problemas do Grêmio foi o seu baixo número de empates ao longo da competição, o que lhe privou de preciosos pontos. Ser rebaixado pela terceira vez em sua história não condiz com a grandeza do Grêmio, mas é o resultado de um acúmulo de erros. Resta ao clube fazer a correta leitura de como e porquê chegou nessa situação, e voltar logo para o lugar que lhe cabe.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

A atitude absurda de Douglas Costa

Decididamente, a contratação de Douglas Costa foi uma das piores da história do Grêmio. O jogador praticamente forçou sua contratação pelo clube. Alegou o seu gremismo, e a vontade de ficar mais perto da família, para deixar a Europa e retornar para o Brasil. Aceitou ganhar menos e cumprir metas de produtividade, já que sempre sofreu com constantes lesões. Empenhado em montar um grupo forte, por acreditar que se classificaria para a fase de grupos da Libertadores e lutaria por grandes títulos no ano, o Grêmio acertou a vinda de Douglas Costa, enquanto sonhava com outros nomes badalados, como Borré. Porém, nada deu certo. O Grêmio foi eliminado na pré-Libertadores, o técnico Renato foi demitido, Douglas Costa custou a estrear e, para a irritação da torcida, foi dispensado por alguns dias para usufruir sua lua de mel na Republica Dominicana, conforme acerto feito entre as partes quando das tratativas da contratação. O Grêmio trouxe Tiago Nunes para o lugar de Renato, conseguiu ser tetracampeão gaúcho, mas foi atingido por um surto de covid-19, obteve apenas dois pontos nos primeiros oito jogos do Campeonato Brasileiro, e chegou na última rodada da competição, a ser jogada amanhã, seriamente ameaçado de rebaixamento. Mesmo assim, Douglas Costa solicitou autorização do Grêmio para realizar a festa de seu casamento, que teve de ser adiada pela pandemia, ontem, no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Obviamente, o Grêmio não autorizou. Logo depois disso, Douglas Costa retirou de suas redes sociais suas fotos relacionadas ao Grêmio. Cabe lembrar, também, que Douglas Costa levou o terceiro cartão amarelo de forma reprovável no jogo contra o São Paulo, ficando fora da partida contra o Corinthians, no último domingo. Amanhã, contra o Atlético Mineiro, o Grêmio decidirá se permanecerá na Primeira Divisão, e terá, ainda de torcer por resultados paralelos. A atitude absurda de Douglas Costa, de querer participar de uma festa na antevéspera de um jogo tão decisivo, torna desaconselhável a sua presença na partida, e o deixa sem clima para continuar no clube.

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

A frase do ministro

A desvalorização da vida por quem deveria zelar por ela. Assim pode ser definida a frase do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que disse: "As vezes é melhor perder a vida do que a liberdade". A declaração de Queiroga foi dada para justificar a não adoção do passaporte vacinal para viajantes que ingressem no país, conforme recomendação da Anvisa. O ministro afirmou, ainda, que não se pode discriminar pessoas, separando-as em vacinadas ou não. As posições de Queiroga são inaceitáveis para quem, pelo cargo que ocupa, tem de cuidar, prioritariamente, da saúde das pessoas e da preservação de vidas. Afora isso, são cientificamente insustentáveis. Como médico, Queiroga desonra sua classe ao privilegiar interesses políticos em detrimento das recomendações científicas. A única preocupação de Queiroga é agradar seu chefe, o presidente genocida Jair Bolsonaro. Sabedor de que dois outros médicos que ocuparam o mesmo cargo, Luiz Henrique Mandetta e Nélson Teich, foram demitidos por Bolsonaro por baterem de frente com suas absurdas posições, Queiroga sujeita-se a tudo para não ver seu período no ministério se encerrar da mesma forma. A população brasileira é a grande vítima dessa postura, pois fica desprotegida por um ministro da Saúde que coloca em risco suas vidas, em vez de as proteger.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Afundou

Em vez de priorizar a conquista da classifição para a Libertadores, o Inter concentrou-se em vencer o Gre-Nal do segundo turno do Campeonato Brasileiro, para empurrar o Grêmio no rumo do rebaixamento. Hoje, o Inter perdeu por 2 x 1 para o Atlético Goianiense, de virada, e mostrou o preço que pagou pela escolha que fez. Nas últimas dez rodadas do Campeonato Brasileiro, o Inter fez a pior campanha dentre todos os participantes, seu desempenho afundou. Com a derrota de hoje, até mesmo a classificação para a pré-Libertadores não deverá ocorrer. Após as vexatórias eliminações na Libertadores e na Copa do Brasil, a classificação para a próxima edição da principal competição do futebol sul-americano, via Brasileirão, aparecia como a tábua de salvação para o Inter em 2021. Em dado momento, o objetivo parecia que seria alcançado, mas não foi. O ano do Inter, foi horroroso, e só o possível rebaixamento do Grêmio encobre o reconhecimento desse fato. Com pouco dinheiro, e tendo de procurar um novo técnico, pois Diego Aguirre não irá ficar, as perspectivas do Inter para 2022 não são nada animadoras.

domingo, 5 de dezembro de 2021

Erros repetidos

Foi uma ducha de água fria. O Grêmio ganhava do Corinthians por 1 x 0, hoje, no Itaquerão, pelo Campeonato Brasileiro, quando, aos 41 minutos do segundo tempo, sofreu o gol de empate. Não foi uma fatalidade. Erros repetidos causaram o desfecho negativo. Como já ocorrera em outras ocasiões, uma bola perdida no meio de campo quando o Grêmio partia para o ataque, proporcionou o nascedouro do gol do Corinthians. Dessa vez, a falha foi de Borja, contra o São Paulo, no primeiro turno, também fora de casa, foi Darlan quem falhou em lance idêntico, que resultou na vitória do clube paulista por 2 x 1, aos 48 minutos do segundo tempo. Outro que repetiu os mesmos erros foi o técnico do Grêmio, Vágner Mancini. Como de costume, Mancini fez substituiçòes muito equivocadas. Pouco depois da metade do segundo tempo, Mancini retirou Diego Souza e Campaz para colocar Borja e Villasanti. A troca de Campaz por Villasanti tinha o intuito de reforçar a parte defensiva, para garantir o resultado. Após, substituiu Jhonata Robert por Ruan, buscando fechar ainda mais a defesa. A consequência foi um recuo exagerado do Grêmio, chamando o Corinthians para o seu campo. Todas as vezes que utilizou um trio de volantes, Mancini colheu maus resultados. Ainda assim, inexplicavelmente, persiste com a medida. A troca de Campaz por Villasanti foi a mais equivocada. Campaz fazia um bom jogo. Com a entrada de Villasanti, o Grêmio trocou um jogador criativo, Campaz, por um volante que não deu a consistência defensiva esperada. A alegação de cansaço não convence, pois Campaz tem apenas 21 anos. Com o resultado, a situação do Grèmio, que era dramática, tornou-se terrível. A fuga do rebaixamento, agora, virou quase um exercício de ficção.

sábado, 4 de dezembro de 2021

A busca de uma nova façanha

Os torcedores do Grêmio esgotaram a carga de 600 ingressos reservada aos visitantes no jogo de amanhã contra o Corinthians, no Itaquerão, pelo Campeonato Brasileiro. A busca de uma nova façanha estimula uma torcida que já viveu a incrível "Batalha dos Aflitos". As possibilidades do Grêmio de escapar do rebaixamento são reduzidas, mas os torcedores não jogam a toalha. Se ganhar do Corinthians, o Grêmio chegará vivo na últims rodada, contra o Atlético Mineiro, na Arena, precisando de uma nova vitória e de uma série de resultados paralelos para se manter na Primeira Divisão. Porém, a goleada e, principalmente, a grande atuação contra o São Paulo, reacenderam a esperança da torcida. Contra todas as probabilidades, o Grêmio aposta em mais um feito épico. Olhando o que o clube já fez, ao longo da sua história, ninguém tem o direito de duvidar.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

O discurso tresloucado de Guedes

O Brasil está em recessão técnica, nome que se dá quando o país apresenta atividade econômica negativa por dois trimestrez seguidos. Ainda assim, o ministro da Economia, Paulo Guedes, diz que o Brasil está "decolando". As falas de Guedes estão sempre em desacordo com a realidade. A permanência do ministro no cargo é uma aberração. Guedes pouco fez do que pretendia, não conseguindo entregar ao "mercado" o que prometera. Mesmo assom, segue prestigiado por boa parte do empresariado brasileiro, que parece temer que um substituto possa aplicar ideias que comprometam o equilíbrio fiscal e o teto de gastos. O discurso tresloucadi de Guedes é mais uma demonstração di desgovsrno a que o país vem sendo submetido. Enquanto o Brasil afunda na miséria e no desemprego, Guedes fala de um país que cresce economicamwnte e que é atraente para os investidores. A eleição presidencial será somente daqui a onze meses. Até lá, a ruína econômica do país só tende a se agravar. Muitos brasileiros seguirão comendo ossos, e a parolagem de Guedes continuará a desenhar um país de ficção.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Campeão

Foram, exatos, 50 anos de espera. Campeão da primeira edição do Campeonato Brasileiro, em 1971, o Atlético Mineiro ganhou, hoje, seu segundo título da competição. A conquista veio de forma memorável, com uma vitória por 3 x 2, de virada, sobre o Bahia, marcando três gols em menos de cinco minutos. Foi um título incontestável, obtido com duas rodadas de antecedência. Com um grupo de jogadores qualificado, e um técnico vencedor, o Atlético fez uma campanha brilhante, deixando para trás os outros dois maiores candidatos ao título, Flamengo e Palmeiras. O grito de campeão, engasgado por meio século, enfim, saiu da garganta do torcedor.

Esperança mantida

Frustrando a vontade de muitos, o rebaixamento matemático do Grêmio não ocorreu hoje. Na Arena, o Grêmio goleou o São Paulo por 3 x 0, pelo Campeonato Brasileiro, e como o Bahia perdeu para o Atlético Mineiro, está com a esperança mantida de evitar a queda, iminente, para a Segunda Divisão. Foi uma grande atuação do Grêmio contra o São Paulo, e a goleada poderia ter sido mais ampla, pois colocou duas bolas na trave, afora perder outras chances claríssimas. Em termos defensivos, o Grêmio, praticamente, não foi incomodado. Se vencer os dois jogos que faltam, contra Corinthians, fora de casa, e Atlético Mineiro, na Arena, e contando com tropeços de outros clubes, o Grêmio ainda poderá evitar a queda. A situação é dramática, mas nada está perdido.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Terrivelmente evangélico

Após vários meses de postergação, André Mendonça, que foi advogado geral da União, por duas vezes, e ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Bolsonaro, foi sabatinado no Senado, e teve seu nome aprovado para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal. Mendonça é o segundo ministro do STF indicado por Bolsonaro, depois de Kaio Marques. Sua aprovação esteve longe de ser uma unanimidade. Foram 18 votos a favor e nove contra na Comissão de Constituição e Justiça. No plenário, foram 47 votos a favor e 32 contra. Com Mendonça, Bolsonaro cumpre sua promessa de colocar um nome "terrivelmente evangélico" no STF. Durante a sabatina, Mendonça garantiu que defenderá a laicidade do Estado, e que considera a democracia a melhor forma de governo. Disse que tem uma convicção, baseada em sua crença, sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas que agirá em relação ao assunto de acordo com a Constituição. Exaltou a liberdade de imprensa. Fez o mesmo em relação á liberdade de expressão, ressalvando que ela não autoriza a divulgação de notícias falsas que atinjam a honra de pessoas. Porém, depois de ter seu nome aprovado, declarou que o fato era um grande passo para a comunidade evangélica. Por ter 48 anos de idade, Mendonça poderá ficar no cargo até 2047. Pelo visto, Bolsonaro conseguiu avançar ainda mais em seu projeto de afundar o país no obscurantismo.