sábado, 11 de agosto de 2012

Derrota inaceitável

A convicção de quase todos, minha inclusive, era a de que, dessa vez, a medalha de ouro olímpica no futebol masculino não escaparia do Brasil. As frustrantes experiências anteriores, em 1984 e 1988, quando fomos derrotados na decisão do ouro, pareciam ser um alerta suficiente para que o fracasso não se repetisse. Afora isso, a equipe brasileira contava com jogadores de qualificação muito superior em relação aos seus adversários, como Thiago Silva, Marcelo, Oscar e Neymar, por exemplo. Pois, mais uma vez, não deu. A Seleção Olímpica Brasileira perdeu, hoje, em Wembley, para o México, por 2 x 1 e ficou apenas com a medalha de prata no futebol masculino na Olimpíada de 2012. Se é verdade que, nos últimos anos, o México tem sido um adversário incômodo para a Seleção Brasileira, tendo nos derrotado nas decisões de uma Copa das Confederações e de um Campeonato Mundial Sub-17 e vencido o mais recente amistoso entre as duas seleções, ainda assim o Brasil era amplo favorito para o jogo de hoje. Os erros de convocação e escalação, contudo, se mostraram fatais, e o futebol brasileiro continuará, por pelo menos mais quatro anos, sem ter uma medalha de ouro olímpica no seu rol de conquistas, o que não condiz com a sua grandeza. A falta de um goleiro confiável, após o corte de Rafael por lesão, a titularidade do outro Rafael, jogador fraco, na lateral direita, a presença do limitadíssimo Juan na zaga, a convocação do desinteressado Paulo Henrique Ganso, a inexplicável condição de reserva de Lucas, foram alguns dos erros graves cometidos pelo técnico Mano Menezes que levaram o Brasil a mais uma frustração na busca do ouro olímpico no futebol. Junte-se a isso tudo o baixo rendimento de Neymar, talvez o pior jogador em campo hoje, e a consequência é o péssimo resultado final. O único país a ter ganho cinco Copas do Mundo, ainda não tem uma medalha de ouro olímpica no futebol, o que seus vizinhos Uruguai e Argentina já possuem. Um fato inaceitável, mas dolorosamente verdadeiro.