sábado, 29 de junho de 2013

A queda de Luxemburgo

O inevitável aconteceu. Vanderlei Luxemburgo não é mais o técnico do Grêmio. O que chama a atenção é porque a diretoria do Grêmio levou tanto tempo para tomar uma decisão tão óbvia. Se considerados, apenas, os números, de forma isolada, Luxemburgo até teve um aproveitamento razoável, de 64%, em sua trajetória no Grêmio. No entanto, toda vez que enfrentou jogos decisivos, Luxemburgo fracassou. Já na sua estreia, em fevereiro de 2012, foi eliminado nas semifinais do primeiro turno do Campeonato Gaúcho pelo Caxias. Seguiram-se, no ano passado, outros insucessos em jogos decisivos, como a eliminação, pelo Palmeiras, nas semifinais da Copa do Brasil, a desclassificação nas quartas de final da Copa Sul-Americana,  diante do Millonarios (COL), o empate em 0 x 0 no Gre-Nal da última rodada do Campeonato Brasileiro contra um adversário com nove jogadores em campo, quando uma vitória daria ao Grêmio o vice-campeonato e a classificação direta para a Libertadores. Some-se a isso, os resultados de 2013, com um ridículo 4º lugar no Gauchão, a medíocre participação na Libertadores, sendo eliminado logo nas oitavas de final.e o início insatisfatório nos cinco primeiros jogos do Brasileirão, e constata-se que sobravam motivos para a saída de Luxemburgo, que já devia ter ocorrido anteriormente. Porém, antes tarde do que nunca. A gota d'água teria sido um atrito de Luxemburgo com o assessor de futebol Marcos Chittolina, quando o técnico negou-se a atender o pedido do dirigente para deixar Welliton, que está por ser negociado por seu clube, o Spartak Moscou, de fora do jogo-treino contra o Caxias, na manhã de hoje. Luxemburgo teria dito que só o faria se o pedido viesse do presidente Fábio Koff, e os dois discutiram e trocaram palavrões. Seja, como for, a sensação da torcida do Grêmio, por certo, é de alívio. Ela não suportava mais a presença do técnico no clube, tendo de assistir a um time que jogava cada vez menos e frustrava todas as suas expectativas. Por enquanto, Roger Machado assume como técnico interino. Conforme o presidente do Grêmio, Fábio Koff, não há pressa na contratação de um novo técnico. Talvez seja melhor assim. Roger Machado, há muito tempo, vem dando indícios de que poderá ser um grande técnico. A questão era saber qual seria o melhor momento de testá-lo. Pode ser agora, porque não? O que é indiscutível é que a mudança era indispensável. Se Roger permanecerá ou virá outro técnico nos próximos dias, é algo a se conferir, mas o Grêmio, ao tomar a atitude de dispensar Luxemburgo, recupera a esperança do seu torcedor em dias melhores.